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O quarto girava enquanto Gustavo, com cuidado, tirava as sandálias de Angel. Ela estava visivelmente embriagada, as palavras saindo de forma desconexa. O cheiro do álcool impregnava o ambiente, misturado com o leve aroma da fumaça de cigarro que ainda pairava em suas roupas. Gustavo, com paciência, começou a desfazer as peças de roupa dela, uma a uma. A saída de praia e o biquíni foram delicadamente retirados, deixando-a apenas com a pele exposta. Angel parecia alheia ao que acontecia ao seu redor, seus olhos semiabertos refletindo um estado de torpor.

__ O que está fazendo? __ Ela perguntou baixo. __ Minhas roupas...

__ Tu necessitas de un banho. Y no há ninguém além de mim aqui.

Gustavo, então, preparou um banho, ajustando a temperatura da água para que fosse reconfortante. Ele retirou a camisa que vestia para poder auxiliar melhor e então Com gentileza, carregou Angel até o banheiro, apoiando-a contra a parede enquanto ajustava o chuveiro. A água morna começou a cair sobre ela, e Gustavo, com as mãos firmes, começou a massagear seu couro cabeludo, tentando trazer alguma lucidez aos pensamentos confusos de Angel.

Angel, entre momentos de consciência e lapsos de embriaguez, sentiu a água relaxante contra sua pele. Gustavo, com um olhar atento, começou a ensaboar suavemente cada parte do corpo dela, removendo vestígios da festa tumultuada. O toque era carinhoso, como se ele estivesse envolvendo-a em um cuidado protetor.O silêncio permeava o ambiente, apenas quebrado pelo som suave da água. Gustavo, comprometido em cuidar -lá, esfregava gentilmente suas costas e ombros, removendo não apenas a sujeira física, mas também as marcas emocionais da noite conturbada.

Depois do banho, Gustavo envolveu Angel em uma toalha macia, secando-a com carinho. Ele a levou de volta para a cama, cuidadosamente acomodando-a sob os lençóis. O rosto de Angel mostrava uma mistura de confusão e gratidão, enquanto Gustavo, sentado ao seu lado, acariciava delicadamente seus cabelos úmidos.

__ Desculpa por tudo isso, Gustavo. __ Angel murmurou, os olhos encontrando os dele. __ Eu só... queria que... Eu sinto muito.

__ Shii, tu no necesitas decir nada ahora. descansa, voy a pedir algo leve para tu comer, descansas.

No silêncio reconfortante, Angel se entregou ao cansaço e à ternura de Gustavo, permitindo-se fechar os olhos e adormecer. As ondas de embriaguez começaram a ceder ao suave abraço do sono.

(...)

PENSAMENTOS POR GUSTAVO GOMEZ:

Enquanto Angel repousava na cama, deixei ela sob os lençóis, garantindo que estivesse confortável. Decidi pedir algo em um dos restaurantes do navio, algo leve para ela comer, sabendo que assim que ela acordasse seria de extrema importância repor as energias após uma noite de drogas e álcool.

Enquanto esperava a sopa e frutas frescas chegar até nossa cabine a preocupação ainda pairava em meus pensamentos, assim que ela acordasse e se sentisse melhor nós precisaríamos ter uma conversa séria. Assim que o pedido chegou, com cuidado, coloquei a comida na mesinha ao lado da cama, escolhendo esperar que ela acordasse naturalmente. Sentei me em uma poltrona próxima, mantendo um olhar atento sobre ela enquanto aguardava o momento certo, ela parecia vulnerável, sua expressão cansada me fazia sentir pena, eu estava furioso com ela mas sabia que não ia conseguir me expressar com ela de forma correta quando ela acordasse. Angel me irritava muito, e eu sabia ser cruel com ela quando era necessário mas dessa vez teria que ser diferente, o assunto abordado seria muito delicado e era nítido que ela estava destruída.

Após algum tempo, Angel começou a despertar, seus olhos piscando lentamente enquanto se ajustava à luz suave do quarto.

__ Oi... O que aconteceu? __ Angel murmurou, sua voz ainda carregada de sono. Ela se arrumou um pouco no colchão e percebeu que  estava nua e então se arrumou entre os lençóis.

Amor contratado - Gustavo GómezOnde histórias criam vida. Descubra agora