VINTE E UM

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PENSAMENTOS POR ANGEL:

Tentei manter a convicção de que continuar naquela situação naquele momento era errado, mas foi em vão. Seus dedos, que não me enforcavam, entrelaçaram-se em meu cabelo e puxaram minha cabeça para trás, enquanto a outra mão ainda decidia se permitiria minha respiração.

__  Muestra tu verdadeira cara quando estás bêbada, Angel. Yo se como és, no precisas fingir. Se que eres una puta faminta.

Minha boca abriu e fechou abismada com suas palavras. Era desrespeitoso, e eu queria não ter gostado, mas gostei. Fingi me chatear e, então, dei-lhe um pequeno tapa no rosto com minha mão direita. Aquilo estava mais selvagem do que eu imaginava.

__ Vá se foder, Gustavo. Você é um cretino, e esse teu espanhol barato... Você me irrita e me desrespeita... __ Era difícil formular uma frase, tanto pelo álcool quanto por ele estar na minha frente, me segurando de forma dominante, com a maior cara de tesão do mundo, céus, que maldição. __ Me solta... __ Pedi, mas obviamente ele não o fez.

__ No voy a hacer algo que no queiras... Se quiseres, voy a provar te em todos os lugares. __ Disse de modo sombrio, e Deus me ajude, eu queria que ele o fizesse. Minhas mãos foram para os ombros dele. Mas ele continuou. __ Voy te machucar y te ver suplicando por mi mas só se quiseres...

__ Gustavo... __ Tentei parar as provocações, mas meus quadris se ergueram quando sua outra mão passou pelos meus seios e deslizou para a barra da minha camisola. __ Gustavo, por favor... __ Sua mão deslizou por baixo da barra e mergulhou na minha calcinha.

__ Por favor, o quê? __ Perguntou, seu toque tão sutil que mal conseguia senti-lo misturado com todas as outras sensações que tentava processar. __ Por favor, para, ou por favor, no pares? Diga-me, Angel.

Mordi os lábios sem resposta, apenas com a sensação de que seus dedos enormes estavam ali, entre minha fenda.

__ No hagas esa cara de puta, quiero que me digas...

Ele me encontrou começando a ficar úmida e carente, então gememos em uníssono. Eu queria morrer, queria gritar para que ele nunca parasse os movimentos que fazia ali. Seus dedos usavam uma força absurda para me manter ali, para me machucar enquanto me dava prazer. Queria pedir para ele parar, mas não conseguia.

Com mãos ágeis e impacientes, eu procuro por mais dele, começando a desabotoar seu casaco e deslizando-o pelos ombros com urgência, revelando camadas de suéteres e cachecóis. Cada movimento é cheio de desejo e determinação; ele estava coberto demais, e eu queria ver aquele abdômen só para mim... Estava ansiosa para sentir sua pele contra a minha. Gustavo tinha razão: uma vez só não tinha sido suficiente, mas talvez hoje, talvez o que estava prestes a acontecer seria suficiente desta vez.

Quando ele finalmente fica desnudo em minha frente o movimento de seus dedos em mim para e a frustração toma conta do meu corpo.

__ Gustavo... por favor... __ Suplico por ele mas ele dá uma risadinha maliciosa antes de negar a minha súplica.

__ Chega Angel, aquí soy yo quien da las órdenes, já fue extremo bondoso contigo.

__ O que quer que eu faça então? __Perguntei desesperada quando ele se afastou de mim, mas foi apenas para apagar as luzes do ambiente, agora estávamos em um breu aconchegante.

__ Ahora te voy a ensinar a ser una buena menina, alguém que no foges de mí. __ Ele sussurrou se aproximando de volta. Eu não enxergo nada, mais sinto quando seus braços pega meu corpo por inteiro e joga na cama de casal do meu quarto, dou um gritinho ainda sendo manipulada por ele, que me deixa de bruços.

Amor contratado - Gustavo GómezOnde histórias criam vida. Descubra agora