Amor contratado - Gustavo Gómez

QUINZE

PENSAMENTOS POR ANGEL:

Durante nosso beijo, não demorou muito para eu sentir algo duro vindo de seu shorts. Isso fazia eu me sentir sedenta, ainda com mais vontade. Era quase delirante sentir que ele estava assim por mim, que eu causava aquela sensação. Parei o beijo suspirando pesado, como se me faltasse fôlego. Na verdade, todos os nossos beijos, toques e nossa única foda fazia eu perder o fôlego, não tinha nada calmo entre nós. Nem mesmo o beijo.

__ Combinamos em esquecer o que se passou não foi? Em minha defesa não sou eu que estou te provocando agora. __ Sussurrei olhando no fundo de seus olhos. Queria ter a certeza de ele estava ciente do que estava fazendo. Seus dedos se emaranharam nos meus fios de cabelo enquanto a outra me prendeu ainda com mais firmeza contra a bancada que eu estava.

__ Olha pra mim. __ Ele sussurra de volta e aquela frase não soa como um pedido. E eu obedeço. Ele quer falar algo mais não consegue.

Nossos olhares pareciam se cruzar interminavelmente.

Como se estivéssemos presos em um momento eterno, onde apenas nós dois existíamos. Seu olhar penetrante me envolvia, fazendo-me sentir como se estivesse completamente exposta diante dele, sem máscaras, sem defesas.

__ Angel... __ Ele murmura, sua voz rouca carregada de desejo reprimido. Sua expressão era intensa, seus olhos ardendo com uma paixão avassaladora que me deixava sem fôlego. Ele estava se controlando e eu podia sentir.

Eu me perdi naquele olhar, incapaz de resistir à atração magnética que existia entre nós. Cada parte do meu corpo ansiava por ele, clamando por sua proximidade, pelo toque de suas mãos, pela situação de prazer que só ele podia oferecer, eu juro que, se ele me mandasse fazer qualquer coisa eu faria com obediência.

__ Gustavo... __ Sussurrei seu nome, deixando-o escapar como um suspiro de desejo. Minhas mãos buscaram seu corpo, deslizando sobre sua pele quente enquanto eu o puxava para mais perto, incapaz de resistir à tentação que ele representava. Minha mão era preenchida com os braços fortes dele, ele era enorme e estava em minha volta só pra mim.
Nossos lábios se encontraram novamente em um beijo ardente, cheio de urgência. Na verdade aquilo não era um beijo. Era um pecado em sua forma mais real, algo perverso. Sua mão desliza até minha bunda enquanto seus dedos da outra mão apertam um pouco mais meus fios de cabelo. Ele quase me faz choramingar quando puxou o meu lábio inferior com os dentes, me fazendo gemer e mergulhar minha língua na sua boca novamente.

Cada movimento, cada toque, era carregado com a eletricidade da nossa atração mútua, alimentando o fogo que ardia entre nós.

__ No podemos... __ Ele sussurra entre os beijos, sua voz rouca com a luta interna que travava consigo mesmo. Mas suas mãos continuavam a explorar meu corpo, seus lábios encontrando os meus com uma fome voraz.

__ Não faça isso... Não me provoque e depois simplesmente fuja. __ Respondo, minha voz um sussurro contra sua pele enquanto me entrego ao calor do momento. Apesar das palavras de negação, nossos corpos pareciam estar em sintonia, dançando ao ritmo de um desejo incontrolável.

Nosso contato era proibido, cheio de complicações e desafios, mas naquele momento, tudo o que importava era a conexão intensa que compartilhávamos. Cada instante ao seu lado era uma fuga da realidade, uma aventura perigosa e emocionante que eu não podia resistir. Estar com ele ali, naquele momento quase me fazia esquecer a situação que passei a alguns minutos atrás com Matteo.

__ Angel... __ Ele sussurra meu nome com reverência, seus olhos ardendo com uma intensidade que me deixava sem fôlego. E naquele momento, eu soube que apesar de tentarmos, não tínhamos controle de nada. Estávamos juntos porque um contrato nos unia e não tinha nada além disso, na verdade eu desconfiava que Gustavo me odiasse, mas nosso tesão um pelo outro era inegável, isso nos fazia nos tornar imaturos.