UNFORGETTABLE | JUDE BELLINGHAM

𝔁𝔁𝓿. moda

( capítulo não revisado - pode conter erros )

capítulo vinte cinco
❛ moda ❜
ponto de vista, IRIS GOLDING
𖥔  ݁ ˖

Quando abri o meu Instagram e dei liberdade para as pessoas verem o que eu fazia, principalmente ligado ao meu estilo pessoal, já esperava uma grande proporção, mas não tão grande a ponto de conseguir coisas na primeira semana como uma figura de moda.

Eu não sou uma completa idiota. Sei que a influência do meu pai e os boatos com Jude - que não são mais boatos - incentivaram a isso. Sinceramente, sou completamente grata, mas o que falam sobre os nepo babys é que: não basta só ter a chance, tem que fazer valer a pena. E eu estou fazendo.

Não sou modelo, mas produzir conteúdo de moda já me rendeu milhões de seguidores nessa semana e seria loucura não pensar no futuro dessa marca. E com marca, quero dizer meu próprio nome e as oportunidades que ele pode me gerar.

Minhas aulas de moda permanecem as mesmas, e não falto por nada. A não ser que uma marca gigante de me chame, eu não vou faltar. Mas agora tenho uma certa agenda a cumprir pra divulgar empresas. Eu não sou modelo, não é exatamente o que eu quero ser, mas confesso que infla meu ego ser chamada de fotogênica em todas as campanhas que faço agora, como modelo.

Tenho medo de que meu Instagram tenha virado de uma influenciadora de moda, mas já não posso negar isso.

Neste momento, uma marca chamada Pretty Ballerinas me chamou para tirar algumas fotos com sua nova coleção, e então gravar um vídeo para o meu Instagram e o da própria marca. Estou posando para a foto, cercada por diversas pessoas diferentes e meu pai, sentadinho em um canto observando como uma pessoa orgulhosa.

O mais interessante sobre esse momento é que todas pessoas do estúdio não estão nem aí com o fato de que meu pai é um renomado ex jogador de futebol, então não me sinto como uma personagem secundária da história. Aqui sou eu.

Eles me dão uma pausa de 5 minutos para beber água, então me direciono até meu pai, que segurava uma garrafinha.

— Está feliz? — É a primeira coisa que me pergunta, de cara. Sou pega desprevenida, meus olhos arregalam com um sorriso.

— Que pergunta é essa, papi?

— Eu só quero saber se está feliz, mi hija.

Tem muito tempo que meu pai não me chama assim. Era mais comum quando minha mãe estava viva, e todos nós conversávamos em espanhol em casa. Meu pai aprendeu a língua daqui pela minha mãe, então era comum. Mas deixou de ser uma prática depois que ela se foi.

E daí eu começo a entender o motivo dele me fazer essa pergunta. Sempre foi o sonho da minha mãe, mas ela não estava feliz com o tipo de exposição que ganhavam. As inúmeras supostas traições, que sempre vem com o símbolo de jogador do meu pai, as ameaças a família, e foi se tornando um sonho guardado pra ela.

— Eu estou feliz. Muito feliz.

— Eu só quero isso. — Ele sorri mais uma vez.

— Entendo o que essa exposição pode fazer comigo, papi. E a minha relação com Jude. Mas eu sou forte, você sabe disso. — Pisquei pra ele, pra descontrair o momento. Ele concorda, sorrindo.

Acredito que parte dele ainda esteja inseguro, mas ele não quer passar isso pra mim. Provavelmente por isso que está aqui hoje.

— Eles não estão preparados para você e sua língua afiada.

— Dios mio, papi. — Dou risada do que diz, bebendo mais alguns goles d'água. Mas era verdade. — Eu prometo tentar segurar minha língua.

— Jude é um garoto maduro, vai saber puxar sua orelha.