𝔁𝓲𝓲. camisa da prada

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capítulo doze
❛ camisa da prada ❜
ponto de vista, iris golding





Tenho quase certeza que no momento que Jude põe os olhos em mim essa manhã, tem uma mistura de confusão e adoração em seu olhar. Estou há quase uma semana negando o jogador, e no momento em que ele volta da sua viagem para jogar pela Inglaterra, estou vestida com a camisa da Prada que eu levei para casa depois da nossa noite em Mykonos.

Estou um pouco mais arrumada do que o normal, mas não é de se impressionar porque sempre estou arrumada. Não haveria nenhum evento importante e nem algo para gravar, apenas o habitual treino diário com vídeos.

Mas aparecer com tal camisa tem instabilizado o jogador.

— O que tem de errado com Jude? — Sydney senta ao meu lado da arquibancada improvisada do campo de treinamento. — Quer dizer... Está sempre olhando para cá.

— Estou usando uma camisa dele. Isso que tem de errado. — Estou rindo, comendo uma barrinha proteica que trouxe.

— Por que você tem uma camisa dele?

— Eu levei para casa depois de Mykonos.

Sydney está rindo de diversão, na verdade agora está olhando para o jogador porque o ver constantemente ser reclamado por Camavinga é hilário. Falando sobre ele, temos que conversar com ele hoje. Em "temos" quero dizer eu e Jude.

— Você gosta de brincar com a cabeça dele.

— É engraçado.

— Está recusando ele desde quando?

Há esse ponto parece que estamos assistindo um filme. Sentadas, comendo e sem muita coisa para fazer. Na verdade hoje era um dos dias menos agitados por aqui, e acredito que seja pela sequência de jogos pela frente. A comissão técnica prefere focar nos treinos, e a comissão de publicidade nos futuros jogos.

— Desde... Sei lá, duas ou três semanas. — Dou uma risadinha ao perceber o tempo.

— Isso é crueldade. Vocês se beijaram no chá revelação da sua irmã!

— Foi só um beijo, Syd. — Olho para ela, sei que ela ama a ideia de ficarmos juntos. — E ele é jogador de futebol. Acho que isso já diz o suficiente.

— É, mas vocês continuam transando pelo olhar constantemente. É constrangedor até estar por perto.

— Não vai acontecer.

Não sei como tenho tanta certeza ao dizer, porque não tenho certeza quando penso. Acho que só é questão de tempo e insistência até que eu aceite. Mas obviamente não iria ser fácil, Jude precisa entender isso também. Não sou qualquer uma que ele chama pra sair e aceita desesperadamente.

— Por que não?

— Ja disse. Jogadores de futebol acham que tem tudo fácil na mão, não é assim. São todos galinhas e imaturos. Sinceramente, ele tem cara de problema e eu evito problema.

Mas ele tinha mesmo. Toda vez que Jude precisava beber água e chegava mais perto de onde estávamos, ele dava um sorrisinho malandro para mim. Não sei como, mas parecia que estava mais atraente todos os dias. Acho que é a abstinência falando.

— Mas é um problema tão bom... — Sydney fala, e tenho impressão que tem experiência no seu tom de voz.

— Alguma coisa pra me contar?

— É uma história tão antiga. Eu já fiquei com o Vini algumas vezes no passado, casualmente. — Ela respira fundo. — Não queria misturar as coisas com o trabalho, então paramos.

UNFORGETTABLE   |   JUDE BELLINGHAMOnde histórias criam vida. Descubra agora