"Livro 3 da Série Barcelona"
Vivendo a frase "quem implica, ama", Nick e Sol vivem em um mundo de provocações desde que se conhecem por gente. Sempre provocando um ao outro, é a forma de demonstrar que se gostam e se amam...
O que tinha tudo para vi...
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— Sol, filha, está na hora de acordar.
Choraminguei com a cara contra o meu travesseiro. Estava com sono. Graças ao Thiago e o drama com a sua conversante número não sei qual, fomos dormir tarde. Eu não era muito boa com conselhos amorosos, mas me esforçava o máximo que podia.
— Mãe, está cedo. — Reclamei.
— Verdade, tia, fecha isso, pelo amor. — Thiago colocou o travesseiro sobre o rosto.
— Eu estou indo para Hungria, queria me despedir de vocês, mal agradecidos. — Minha mãe puxou nosso cobertor. — Vocês me odeiam, é isso? Eu vou ficar lá pra sempre, tá?
Levantei meu rosto, olhando para a minha mãe, que tinha cara de cachorro abandonado, que acabou de cair da mudança ou que foi chutado. Dona Júlia é o drama em pessoa.
— Tia, por favor. — Thiago se sentou na cama. — A gente ama você, dona Júlia.
Thiago, encapetado do jeito que era, puxou minha mãe pela cintura, e ela caiu de costas na cama, quase por cima de mim. A abracei pelo ombro, e minha mãe virou o rosto.
— Mãeee! — Choraminguei.
— Eu ia trazer presente para vocês dois, mas não estão merecendo.
— Tia, que mentira. Eu sou um amor, a Sol eu até entendo, chata que dói.
— Mãe, leva ele com você, pelo amor de Deus. — O chutei.
— Aí, sua bruta! — Levou a mão até o estômago.
— Vocês são impossíveis. — Minha mãe levantou, arrumando sua saia. — Nós voltamos em três dias, okay? Não se matem, por favor. E Thiago, é para você continuar aqui.
— Sim senhora!
— Qualquer coisa, me liguem, nós voltamos correndo. — Me abraçou.
— Relaxa, mãe, eu cuido do Thiago.
— Sabemos que é ao contrário. — Thiago piscou, fazendo com que eu revirasse os olhos. — Solzinha está em boas mãos.
— Com certeza. — Murmurei.
Minha mãe nos deu mais um abraço rápido e desceu. Ouvi seus gritos pela escada chamando meu pai, que passou pelo meu quarto se despedindo rapidamente também. Me joguei na cama, olhando para o teto.
— Está pensando o mesmo que eu?
— O que?
— Dar uma festa!
Gargalhei. E gargalhei alto! Não sei o que Thiago tinha na cabeça, mas considerando que ele é um homem, certamente existe um oco no lugar do cérebro.
— Claro, Thiago, vamos sim. Aí você fica chapado de novo, e eu gravo outro vídeo seu. — Pisquei.
— Você é insuportável! — Ele jogou o travesseiro em mim. — Chata, chata, chata!
