"Livro 3 da Série Barcelona"
Vivendo a frase "quem implica, ama", Nick e Sol vivem em um mundo de provocações desde que se conhecem por gente. Sempre provocando um ao outro, é a forma de demonstrar que se gostam e se amam...
O que tinha tudo para vi...
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Acho que em todos os anos que eu conheço o Nicholas, nunca o vi tão descontrolado como hoje. Não só ele, mas toda a família Azevedo Martinez... Pela primeira vez, eu entendi o que a Manu quis me dizer quando disse:
"Meus irmãos são calmos, mas não os tirem de sério... Eles podem ser piores que todos os monstros juntos."
Na época, achei exagero da Manu, mas vendo hoje... O olhar da Maya e do Matteo me davam medo, e o Nick, preciso nem falar. Peguei apenas metade da confusão, mas do jeito que todos estavam, certamente, algo a mais aconteceu antes de chegarmos.
Não era minha intenção me intrometer na discussão deles, mas eu vi como estava a Manu e ela não merecia passar por aquilo, nem o Gavi... Eu sei que se ele pudesse, voltaria no tempo para que nada do que aconteceu tivesse acontecido... Eu também faria isso se pudesse.
Mudar o que eu disse para o Nick, com certeza, ia ser o top1 da minha lista de coisas que eu gostaria de mudar.
Ao jogá-los os dois na piscina, eu mesma me assustei com a minha reação. As crianças ali vendo aquela confusão e os dois prestes a se matarem... Foi a única coisa que veio na minha mente.
Quando as coisas se acalmaram em comparação ao que estavam antes, cada um foi para um canto. Maya e Brad subiram com as crianças, Matteo foi se desculpar com a família do Pedri junto com a Manu, Mia e Pedri foram para a sala junto com o Fer e os dois brigões foram tomar banho depois do banho de piscina que dei neles.
Eu estava um pouco perdida...
Queria ver como a Manu estava, mas provavelmente, ela gostaria de ficar com o Gavi, então decidi por não ir vê-la, deixaria isso para amanhã. Como já estava na parte de fora da casa, fui até a cozinha, pegando um pouco da torta de limão que a dona Rosy tinha feito. Acendi as luzes da área onde ficava a churrasqueira e as mesas, puxando uma cadeira.
Tenerife era calma, o que me surpreendeu. Pensei que, por ser uma ilha da Espanha, ela seria cheia nessa época do ano igual a Ibiza, mas não... Nessas semanas que estamos aqui, vi poucos turistas, a maioria de quem está na ilha nesse verão são moradores e espanhóis que possuem casa de veraneio aqui.
— Não está azeda?
Quase tive um infarto quando ouvi a voz da Maya atrás de mim. Olhei para ela assustada, enquanto ela ria e puxava uma cadeira ao meu lado.
— Meu Deus, Maya, que susto. — Limpei minha boca.
— Tem mais dessa torta?
— Na geladeira. — Apontei. — Não me assusta mais assim.
Maya riu antes de se afastar e voltar logo depois com um potinho cheio de torta de limão. Ela sentou ao meu lado, e na hora que pegou a colher em mãos, percebi que ela estava tremendo, e não era pouco, era muito.
— Maya... — Minha voz falhou. — Você está tremendo.
Provavelmente, ela não tinha percebido antes de eu ter dito. Ela me olhou um pouco sem graça, abrindo e fechando a mão em seguida.
