"Livro 3 da Série Barcelona"
Vivendo a frase "quem implica, ama", Nick e Sol vivem em um mundo de provocações desde que se conhecem por gente. Sempre provocando um ao outro, é a forma de demonstrar que se gostam e se amam...
O que tinha tudo para vi...
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Não fazia ideia de onde eu estava... A única coisa que eu sabia era que estava na praia devido ao som das ondas e o cheiro da maresia, de resto... Não fazia ideia mesmo.
Abri os olhos devagar quando o sol invadiu a janela. Qual é... Somos xarás, o mínimo de empatia que ele poderia ter, era pedir licença antes de me cegar. Engoli em seco, sentindo minha garganta arder e minha cabeça rapidamente começou a rodar e doer. Me forcei a abrir os olhos e me arrependi no mesmo instante.
Eu conhecia aquele quarto... Já estive ali antes algumas vezes. Era o quarto do Nicholas.
Não, não, não!
Sentei na cama, com a respiração acelerada e já pensando na bobagem que eu poderia ter feito. Tudo piorou quando eu olhei para o lado e me deparei com o Nicholas, dormindo igual um bebê, sem camiseta. Bom, eu pelo menos ainda estava com o vestido de ontem fedendo a bebida.
Meu Deus, o que eu fiz?
Indo contra todos os meus instintos, ergui meu braço e o cutuquei. Nick resmungou algumas vezes até abrir os olhos, e quando o fez, deu um sorrisinho sacana.
— Bom dia. — Sua voz estava rouca. — Está com muita dor de cabeça?
— Nicholas... O que nós fizemos?
— Nem um bom dia antes?
Nick disse rindo e sentou na cama, arrumando o cabelo. Respirei fundo, tentando não olhar para o lindo tanquinho dele e nem para os seus braços. Quando foi que ele começou a fazer academia, gente? De verdade...
— Me responde.
— Você não se lembra?
— Nicholas... — Murmurei.
Ele se levantou, piscando pra mim e indo na direção do banheiro, colocando uma camiseta que estava na cadeira do quarto. Me estressei com aquilo. Odiava perguntar as coisas para as pessoas e elas não responderem. Em um movimento rápido, me levantei e o puxei pelo braço, o encostando na parede.
— Me responde, porra!
— O que você quer ouvir, Solzinha? Que não transamos? Se é isso, okay, nós não transamos. — Deu de ombros.
— Eu não acredito em você.
— Então você está triste por conta disso?
Estávamos perto demais — pra ser sincera, isso vem acontecendo bastante ultimamente, e eu não gosto disso —. Nick me encarava sem piscar, fazendo com que eu me perdesse nos meus pensamentos. De relance, vi a pulseira que ele havia me dado, a culpada por eu ter enchido a cara.
Quando Nick se afastou após ter me dado a pulseira, minha vontade era gritar e colocá-lo sobre a parede e perguntar o porquê disso, o porquê de deixarmos chegar a esse ponto... Onde foi que erramos?
