"Livro 3 da Série Barcelona"
Vivendo a frase "quem implica, ama", Nick e Sol vivem em um mundo de provocações desde que se conhecem por gente. Sempre provocando um ao outro, é a forma de demonstrar que se gostam e se amam...
O que tinha tudo para vi...
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Que eu não sou uma pessoa muito paciente, isso já é de conhecimento geral, mas parece que a minha família pede para que eu tenha um surto nível Maya quando está mais puta do que tudo.
Sinceramente, se tivessem me ouvido, essas horas já estaríamos em Dubai sem esse estresse todo.
Era a Maya e Matteo competindo pra ver quem gritava mais, as crianças ficando entediadas, o Pedri assustado e o Gavi com cara de paisagem. Não surpreendendo ninguém, eu e a Sol estávamos quase nos matando como sempre...
Não passei com a rodinha da minha mala por cima do pé dele por querer. Não tenho culpa que ela é baixa e as mil e uma malas da Maya estavam atrapalhando a minha visão.
— Você não vai ter que amputar seu pé, Sol. Uma rodinha não faz isso.
— Ah não? — Ela me encarou. Estava sentada na calçada parecendo uma moradora de rua. — Deixa eu passar por cima do seu pezão, então.
— Obrigado. — Forcei um sorriso. — Você poderia se levantar, né? Está passando vergonha.
— Vai se foder. — Murmurou, chutando minha canela. — Babaca.
— Ridícula.
— Arrombado.
— Filha da...
— Ei! — Brad me interrompeu, dando um tapa na minha nuca. — Vou ter que fazer vocês dois comerem quantos sabonetes? Se eu ver vocês falando esses palavrões perto dos meus filhos, arranco as línguas dos dois. Tenho certeza que todos ficariam gratos por não terem mais que ouvir vocês com o mesmo show de sempre. — Disse sério.
Revirei os olhos quando Brad se virou, voltando a colocar as coisas no carro onde Pedri estava encostado. Gavi estava tentando fazer com que os gêmeos não destruíssem os canteiros de plantas dos vizinhos, e Mia e Matteo estavam terminando de verificar as portas e janelas de casa.
O dia já começou estressante porque Mia quase perdeu seu passaporte que, segundo ela, não era culpa dela ter que viajar tanto com o time, e Matteo não estava achando seu carregador e deu um grande show por conta disso, sendo que ele poderia comprar um novo no aeroporto ou qualquer um de nós emprestaria a ele.
Eu não emprestaria, mas certeza que alguém faria isso. A Manu, por exemplo, ela é boazinha e nem usa muito o celular. O Gavi também... Ele é viciado, não sai do celular um minuto sequer, com certeza tinha mais de um carregador.
Além disso, minhas irmãs já haviam quase surtado quando não estavam achando os remédios controlados da Manu que ela tem que tomar todos os dias. Manu sempre os deixava em um lugar fácil para que ela pudesse ver, mas as últimas semanas foram corridas e ela acabou os perdendo de vista. Maya estava quase matando ela por isso.
Quando todos já estávamos prontos para entrarmos nos carros, senti vontade de ir no banheiro. Me afastei da Sol, a empurrando de propósito, ouvindo seu xingo enquanto puxava a Manu junto comigo. Não é possível que eles iriam largar nós dois aqui.
