📍Condomínio Residencial Parque Maia
– Sarah? – grito pela minha irmã, mas não obtive resposta.
Me levanto devagar ouvindo a campainha tocar, passo pelo quarto Sarah, a porta estava trancada e o som super alto. Daqui a pouco essa maluca vai ficar surda, caminho até a sala e fico surpresa ao abrir a porta.
– Joaco, o que faz aqui? – pergunto ao ver o jogador parado na porta da minha casa.
– Vine a ver como estabas . – coçou a nuca, aparentemente nervoso. – Aqui, trouxe para ti.
Me entregou uma caixa de ferrero rocher.
– Obrigada, entra. – dou espaço e ele entra. – Não liga pro som alto, a Sarah tá em casa.
– Todo bien, fica tranquila.
– Você quer uma aguá? Um suco? – pergunto ao jogador.
– Um suco, por favor. – fomos pra cozinha e eu lhe entrego o copo com suco. – Então, tá melhor?
– Sim, foi apenas uma queda de pressão por não ter me alimentado. – explicou. – Obrigada por ter me levado pra enfermaria.
– Não precisa agradecer.
Ficamos nos encarando em silêncio por um tempo, até eu tomar a iniciativa de iniciar a conversa novamente.
– Então, ansioso para o jogo? – me sentei ao seu lado.
– Ansioso es poco, mal consigo dormir. – confessou.
– Isso não é bom, pode te afetar daqui alguns dias e não queremos isso né. – olhei pra ele.
– Tienes razón.
– Pode esperar um pouquinho? Preciso lhe entregar algo. – saio da cozinha e corro para o meu quarto.
Começo a procurar pelo moletom que ele tinha deixado ontem comigo antes de sair da enfermaria. E depois de tanto procurar, encontrei dentro da gaveta junto com meus outros moletons.
O cheiro dele estava impregnado na sua roupa e foi
impossível não cheirar, seu perfume amadeirado era perfeito. Dobro seu casaco e saio do quarto.– Rapha? – encontro o jogador parado no meio do corredor. – Tá fazendo o que aqui?
– Kaka, pelo amor de deus. – veio até mim. – Finge que não me viu aqui, sou apenas uma alucinação, certo?
– Tá bom né, eu não vi nada. – passo por ele e volto pra cozinha encontrando minha irmã e o Joaco conversando. – Aqui.
Lhe entrego o moletom a ele, que agradeceu.
– Nossa, um caminhão passou por cima de você foi? – perguntei vendo o estado que a minha irmã se encontrava.
– Vai se fuder, Kaka. – passou por mim e voltou pro meu quarto.
A casa tinha o cheiro dela e o da Sarah também, obviamente e por falar nela...– Jorge? Errou de casa foi? – apareceu na minha frente.
– Pareces un zombi. – Sarah estava toda arrumada, como quem acabará de se produzir para uma festa, mas acontece que é apenas 15h da tarde, ou seja, ela chegou hoje de manhã.
– Ressaca, conhece? – perguntou e eu assenti. – Mas e você? O que tá fazendo na minha casa?
– Vim saber como a Karine estar.
– Foi bom você ter falado isso. – se sentou na minha frente. – Por que você se interessou em saber se minha irmã tem alguém ou não?
Perguntou e eu me engasguei com o suco.
– Eita porra. – correu e começou a bater em minhas costas.
– Curiosidade, apenas. – menti.
– Aham. – me olhou com uma cara de quem
diz " me conta outra, eu não caio nessa " – Então faz o seguinte, mata a sua curiosidade e chama a Kaka pro jogo de domingo.– Aqui. – Karine apareceu novamente na cozinha com o meu moletom. – Nossa, um caminhão passou por cima de você foi?
Perguntou pra Sarah.
– Vai se fuder, Kaka. – saiu da cozinha
– Tenho algo pra te contar, mas não sei posso. – contou roendo as unhas.
– Prometo mantenerlo en secreto. – estiquei meu mindinho pra ela que sorriu e cruzou nossos dedos.
– O Rapha tá lá no quarto da Sarah. – contou e eu a olhei incrédulo. – Trombei com ele no corredor e me pediu pra eu não contar pra ninguém, mas você é amigo dele, então é a mesma coisa.
– Não acredito que o bobão tá aqui.
– Pois é, imagina eu que dei de cara com ele no
corredor. – nos olhamos e começamos a rir. – Isso porque a Sarah disse que eles iam ser apenas amigos.– Loucura.
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Love on the field •Joaquín Piquerez
FanficKarine uma simples gandula do Allianz Parque, sua vida sempre foi monótona e sem emoção alguma, até acabar ganhando a atenção de Joaquín Piquerez, o uruguaio camisa 22 do Palmeiras. O que será que o destino reserva para os dois?