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– Droga! – Esbravejei após bater meu dedo mindinho no pé do sofá

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– Droga! – Esbravejei após bater meu dedo mindinho no pé do sofá.

Eu estava atrasada pra faculdade e um dilúvio caia em São Paulo, enquanto entro no elevador. Peço um carro de aplicativo e rezo pra alguém motorista de boa alma aceite, demorou, mas finalmente um aceitou.

Obrigada meu Deus!

Enquanto espero o moço chegar, respondo as mensagens que Joaquín havia me mandado enquanto eu arrumava tudo na pressa. Aviso a ele que estou indo pra facul, essa semana foi correria total, muitos trabalhos para entregar e ele focado nos treinos.

Tem jogo pela libertadores em altitude, jogo pelo brasileirão e etc... Abel tá tirando o couro dos meninos, coitados, o Endrick tá sempre indo na minha sala falar que o psicológico dele não aguenta mais o Abel falando " ANDA ENDRICK, SEDE DE BOLA, TÁ CANSADO? COMPRA UMA CADEIRA MASSAGEADORA "

Assim que chego na campus da faculdade, pago o motorista e saio correndo pelos corredores até a minha sala. Hoje é aula com um professor que não vai tanto com a minha cara, se ele implicar por um atraso de cinco minutos, eu vou me jogar da ponte!

Mas por sorte a minha, ele ainda não tinha entrado na sala. Suspiro aliviada e me sento em uma das cadeiras vazias do canto.

– Boa tarde. – Mari falou assim que me sentei ao seu lado.

– Boa tarde Mari. – A loira sorriu educadamente. – Sentiu minha falta?

– Não, por mim poderia ter ficado mais tempo lá. – Rimos, mas rapidamente nos calamos assim que o professor chegou na sala.

Arrumo minha postura na cadeira e tiro meu ipad começando a anotar mais um trabalho que ele passo. A aula foi tranquila, depois de três tempos com ele, eu finalmente pude descansar um pouco e comer alguma coisa.

Mas como tudo que é bom, dura pouco, novamente estou eu na sala prestando ou pelo menos tentando prestar atenção no que a professora fala.

– Vai querer carona? – Mari se ofereceu assim que saímos da sala.

– Eu preciso ir no Joaco, esqueci meu carregador lá.

– Tudo bem, é caminho. – Andamos juntas até o estacionamento do campus e entramos no seu carro. – O que vai fazer final de semana?

– Ainda não sei, provavelmente vou pro allianz acompanhar o jogo contra o flamengo. – Ela fez cara de nojo e eu ri. – Quer ir?

– AI. – Me assustei com seu grito. – Eu amo ter amiga que vive devendo e luxando.

Rimos juntas, passamos o restante do caminho conversando e quando chegamos no prédio do Joaco. Agradeci pela carona e entrei no prédio cumprimentando o porteiro, Joaquín tinha dito que estava na casa do Veiga e que já estava voltando pra casa, mas isso tem dez minutos.

Subo até o sétimo andar que é onde fica seu apartamento e pego a chave na minha bolsa. Estranhei o fato de ter um salto no canto da sala e uma bolsa em cima do sofá, a princípio, eu pensei que fosse a Cami.

Mas quem me derá se fosse ela!

– Já voltou amor? – Ela estava lá, usando uma camisa dele e com o cabelo bagunçado. – Tá fazendo o que aqui?

– Eu que te pergunto, o que você tá fazendo na casa do MEU namorado. – Key sorriu de um jeito cínico.

E como se tudo não pudesse piorar, Joaquín passa pela porta da sala e se depara com nós duas na cozinha.

– O que tá acontecendo aqui? – Me olhou e eu sustentei o olhar enquanto tento segurar a vontade de chorar. – Kaka, eu juro que não é nada disso que você tá pensando.

– É o que então? Eu chego aqui e me deparo com essa ai. – Aponto para a individua.

– Eu tenho nome.

– Se mata, meu amor. – Ignorei ela, eu não ia desperdiçar meu tempo discutindo com ela. Independente do que possa ter acontecido aqui, o errado é ele, ele que é comprometido, então quem me deve fidelidade é ele e não ela!

Confía en mí, eu estava na casa do Rapha. – Tentou se aproximar, mas eu não deixei. – Eu nem sei como essa louca conseguiu entrar aqui.

– Aqui queridinha. – Me entregou seu celular e me
mostrou a foto deles deitados juntos com a data de hoje.

Sem que eu quisesse, lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.

– Acabou Joaquín. – Lhe entreguei nossa aliança, saio daquele apartamento ouvindo ele me gritar e solto um suspiro quando fico sozinha no elevador.

– Tá tudo bem com a senhorita? – O porteiro perguntou assim que passei por ele.

Não quis falar nada, apenas assenti e sai daquele prédio sentindo o vento gelado soprar contra meu rosto, enquanto eu sentia um aperto no peito. Entrei em um táxi disponível e desliguei meu celular ignorando as ligações dele.

Assim que chego em casa, subo direto pro meu apartamento. E como se meu quarto fosse meu maior refúgio naquele momento, eu desabo assim que entro nele, sinto como se alguém estivesse arrancando meu peito comigo ainda viva.

Lembranças de tudo que vivemos esses meses veio á  tona como uma enxurrada. Todas as promessas feitas, sonhos, eu te amo, tudo, tudo era falso, tudo não passou apenas de uma pura ilusão, eu não conseguia acreditar que o homem que eu confiei fez isso comigo.

Eu não quero acreditar!

Love on the field •Joaquín Piquerez Onde histórias criam vida. Descubra agora