Karine uma simples gandula do Allianz Parque, sua vida sempre foi monótona e sem emoção alguma, até acabar ganhando a atenção de Joaquín Piquerez, o uruguaio camisa 22 do Palmeiras. O que será que o destino reserva para os dois?
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📍CONDOMÍNIO RESIDENCIAL PARQUE MAIA
Enquanto eles decidiam o que iramos fazer, eu apenas acabo com os morangos que ainda tem. Observo eles no maior debate, parece que não vai acabar nunca.
Cansada de ouvir eles falar, falar e não chegar em um acordo, me levanto indo pra cozinha. Me sento no balcão e tiro meu celular do bolso do short, respondo alguns amigos e entro no whatsapp.
whatsapp on
gabi10: gostaram do presente?
me: já estou usando
me: obrigada, gabi
gabi10: precisa agradecer não, Kaka
gabi10: vcs tão devendo uma visita ao maraca [mensagem de áudio 0:04]
me: pode deixar, a gente vai marcar isso
whatsapp off
– Joaco, tá ai a muito tempo? – pergunto ao ver o jogador parado um pouco mais a frente.
– Só cheguei no final da conversa. – se aproximou.
– Ah sim, mas então. – mudo de assunto. – Eles já decidiram onde vamos?
– Hasta ahora no. – bufei. – Parece que vai demorar, quatro indecisos.
– Podíamos ir numa hamburgueria – sugeri.
– Eu acho uma boa. – Joaco e eu nos levantamos voltando pra sala. – Vamos a la hamburguesería
Os quatro ficaram em silêncio apenas nos olhando, até que a minha irmã e o Ricardo se levantaram animados e correram em direção aos quartos. Sim, o Ricardo tem um quarto aqui pra ele também, olho para os três homens que agora tinham suas atenções totalmente voltadas para mim.
– Bom, vou me arrumar. – aviso. – Fiquem a vontade, mas Rapha, não exagera muito no significado A VONTADE.
Vou pro meu quarto e começo a escolher uma roupa, depois tomo banho e faço uma maquiagem leve. Coloco a roupa que escolhi e arrumo meu cabelo, termino de me arrumar e passo meu perfume.
Saio do meu quarto e entro no da Sarah, apenas pra conferir se ela já estava pronta e depois vou no do Ricardo. Eu odeio esperar alguém, e odeio fazer alguém me esperar também.
– Estou pronta. – chego na sala encontrando os três sentados vendo jogo. Quem deixou?
– Agora só falta dois. – Veiga falou, me sento ao lado deles e ficamos lá esperando os dois.
Depois de quase 15min, eles apareceram, os meninos reclamaram horrores e eu também, lógico. Já na portaria, nos dividimos pois tinha 3 carros disponíveis, Sarah e Raphael, Scarpa e Ricardo e eu? Bom, me jogaram pro carro do Piquerez.
Nos sentamos em uma das poucas mesas vazias e começamos a conversar enquanto decidimos o que íamos pedir.
– Scarpinha. – chamo a atenção do ex palmeiras. – Já achou casa em bh?
– Ainda não, por enquanto estou entrando em negociação com um flat, mas vai ser temporário. – explicou.
– Se você tivesse ficado, não ia tá passando por essa luta agora. – Rapha soltou na roda.
– Fica Scarpinha, pelo amor de deus. – Ricardo falou e todos na mesa começamos a rir.
– Não tem leite condensado, não tem trakinas, maluqueiro. – imito o sotaque do Joaco.
– Achei que fosse o Joaco falando. – minha irmã disse.
– Complô contra mim? – o uruguaio perguntou ao meu lado.
– Não falem assim do menino, ele fica sentido. – Ricardo disse passando a mão sobre o peito do Piquerez.
Depois de tanto papo, fizemos nossos pedidos e continuamos na nossa conversa. No final da noite, Scarpa fez a gente prometer que íamos fazer essa programação sempre que ele vier nos visitar.
Nos despedimos na porta da hamburgueria e ele entrou em seu carro, o caminho da volta não foi tão diferente assim. Sarah foi com o Rapha e o Ricardo veio com a gente, ele iria dormir lá em casa hoje.
– Tchau Pique. – meu amigo desceu do carro me deixando a sós com o jogador.
– Obrigada pela carona.
– Não precisa agradecer, eu gostei de hoje. – se ajeitou no banco. – Concorda com o Scarpinha, temos que fazer isso mais vezes.
– Verdade, pena que vocês tem uma dieta rígida. – comento.
– Podemos marcar de novo, eu e você. – sugeriu.
– Só nós dois? – perguntei vendo ele assistir.
– Tienes un problema?
– Não, não. – neguei apreensiva achando que ele poderia pensar errado. – Agora eu preciso ir, até mais, Joaco.
– Até mais, Kaka. – saio do carro.
Dou boa noite ao porteiro e entro no elevador, procuro as chaves da porta e vejo os dois sentados na sacada conversando, melhor, fingindo que estão conversando.
– Não precisem fingir, vou contar tudo pra vocês. – eles correm em minha direção e me puxam para o sofá.
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