Cap.33

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Marília Mendonça Point of view

01 de janeiro de 2025

Sexta feira - 10:00 AM

Então fui completamente surpreendida...

- Eu Noum tendia oque tava cunteceno! - Ela não tocava em ninguém mantinha sua atenção e seus dedinhos branquelos - Ainda noum intendo, Almila noum tinha ido me buca na faculdade e as vezes eu ia sozinha pá casa cando ninguém apalecia.

De relance virou babaca do advogado rindo do modo que minha pequena palavra, mas só dava ele ninguém mais ria, aproveitei que ela não estava prestando atenção aqui eu fiz um movimento para indicar o juízo merdinha, em movimentos ele também pediu a Harry que retirasse e o advogado da sala e assim foi feito (tudo bem que eu queria socar o idiota mas às vezes temos que deixar nossas vontades de lado).

- Ele quelia que eu tilase minha caça Maisi eu Noum quelia, a Isa sempli disse que Noum pode tila a caça na flente dos outlos puque e elado! - Posso dá para todo mundo o quão to orgulhosa dela? - A maih tava cum medo e quelia toda hola cole pá bem loge dele, Maisi noum conseguia, ela apaitava tanto o baçinho e bateu tanto na Maih que acho q ia moe ( morrer) - Ouvi essas coisas da boquinha dela é terrível - Aí o celulai dele tocou e Maih coleu, noum coli mutu puque tava tudo duendo até o motolista da Almila levo Maih pá casa - Depois disso ela ficou quietinha.

- Tem algo a mais pra falar? - O juiz que até então estava o tempo todo calado pergunta recebendo o balanço de cabeça negativo - Jo pode tirar ela! - Ele falava o mais calmo para não deixá-la com mais medo ainda, temos um protocolo a seguir quando temos crianças ou no caso da Maih infantilistas no meio do julgamento.

Quero a mãozinha da minha branquela e levo de volta até minha mãe que parecia uma cachoeira de tanto chorar.

- Agora você fica quietinha que só vamos acabar aqui tá? Depois podemos ir na cafeteria da Helen - Digo baixinho.

- Tá - Beijo sua testa rápido tendo certeza que ninguém reparou e volto para o meu lugar.

- Tem algo a mais para falar antes que eu jure se retire?

- Não senhor - Respondo tranquilamente.

- Todos de pé por favor, o júri vai se retirar para que a decisão possa ser tomada.

Ufa, por mais simples que eu caso seja isso foi cansativo!

Assim que todos saíram alguns postiços começaram e eu me virei para trás vendo minha bebê finalmente dormindo no colo do meu pai, só não sei onde Dona Ruth está.

- Eu vou estar livre, não vou? - Olho imediatamente para Maraísa que mantém o semblante preocupado em seu rosto.

- Você acredita que porco podem ter asas e voar? - Pergunto recebendo um olhar engraçado e esquisito de Maraísa.

- Que? Lógico que não -

- E a mesma coisa que acreditar que você vai continuar presa.

- Não entendi sua linha de raciocínio - Dou uma risadinha.

- Não é para me gabar Não mas eu nunca perdi um caso até hoje e isso não vai acontecer tão cedo se eu não permitir, eu confio no que faço e tenho a mais absoluta certeza de que já ganhamos e que você não vai voltar para lá!

- Valeu Marília, fazer por tudo que está fazendo!

- Não preciso agradecer baixinha! - Ela solta uma risadinha mas logo para ao ver a movimentação.

- Atenção! Todos de pé por favor! - E novamente o júri volta para sua sentença.

Por mais que eu tenha garantido a Vitória Maraísa não parava de balançar a perna, é nítido o nervosismo que está passando e o medo de ter que voltar para a célula o pior ir para um presídio.

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