Os dois homens se entreolharam por um momento, mas eu tinha certeza que não resistiriam à minha proposta.
— E então? — insisti chamando a atenção deles para mim — O que vai ser?
— Qual é o seu preço? — o mais velho perguntou erguendo o queixo.
— Ah, espere, vamos com calma! — dei mais um passo à frente com um sorriso de lado — Primeiro eu gostaria de saber se são só vocês ou se tem mais alguém na cidade à procura dela.
Permaneci neutro diante de seu olhar desconfiado.
— Por que precisa saber disso?
— Bem, não costumo fazer negócios com pessoas em quem não posso confiar, ou nesse caso... — cruzei os braços e olhei para eles com o rosto sério — ...Que não confiam em mim.
Mais uma vez eles trocaram olhares e por fim, pareceram concordar.
— Somos só nós dois — disse voltando a me encarar.
— Isso facilita as coisas — sorri para eles — Me desculpem, meus caros, mas o acordo está cancelado.
— Como assim, cancelado?! — o outro homem indagou com olhos fulminantes.
— Eu menti para vocês — expliquei calmamente, me divertindo com a mudança de expressão dos dois, de surpresos para irados — Só queria saber em quantos idiotas eu tenho que dar uma surra...
— Ora, seu miserável! Acha que pode tentar nos enganar e sair impune?! Pois é você quem levará uma surra da qual nunca esquecerá!
— Muito bem — empunhei minha espada, me preparando para o que viria a seguir — Espero que vocês tornem essa luta no mínimo interessante, está bem?
— Está zombando de nós, seu traiçoeiro de uma figa?!
Eles também sacaram suas espadas e vieram para cima de mim. Apesar de serem dois, consegui facilmente me esquivar de seus ataques, graças à minha famosa habilidade com espadas.
Poucos minutos depois, os dois já estavam ofegantes, enquanto eu continuava firme em meu lugar apenas me defendendo.
— Pare de esquivar e... lute... como... um homem! — exclamou o mais velho entre longos resfolgos.
Eles recuaram alguns passos de distância, com o suor escorrendo de suas faces e com a respiração irregular por conta do grande esforço.
— Ah não, vocês já cansaram? — provoquei com um suspiro dramático — Então acho que é minha vez agora.
Com uma rápida velocidade, corri na direção deles e os ataquei, mal dando tempo de escaparem. Em um acesso de adrenalina, manejei minha espada em uma série de golpes até desarmá-los completamente e fazê-los se esgueirarem até a parede mais próxima.
— Pare, por favor! — o jovem exclamou levantando as mãos em rendição e olhando para seu companheiro — Nós nos rendemos, não é mesmo?
— S-sim — o velho concordou assentindo fervorosamente com a cabeça — Seja lá o que você quer, nós daremos! Só não nos machuque, por favor!
Me aproximei dos dois, que se encolheram ainda mais na parede e protegeram a cabeça com as mãos.
— Q-quem é você? — o jovem perguntou em meio ao desespero.
— Eu? Sou apenas um pirata fantasma que vocês tiveram o azar de cruzar o caminho — apontei a espada para o pescoço dele — Vocês vão parar de procurar por essa mulher e vão simplesmente esquecer dela, entenderam?
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Flora Harper E O Navio Pirata - Amor Em Alto-Mar
Любовные романыSinopse: Flora Harper, uma garota cristã e gentil, vive em uma cidade portuária com o pai, dono de uma pequena e singela sapataria. Até que um dia, após a repentina morte de seu pai, ela se vê obrigada a se casar com um homem cruel a quem não ama e...