Epílogo - Flora

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— Vamos, amor, os outros já devem estar nos esperando! — Jack chamou pela segunda vez.

— Já estou indo! — dando uma última olhada no espelho e fazendo uma breve oração para que tudo ocorresse bem para a surpresa de hoje, saí do quarto e fui em direção à sala onde ele me esperava — E então? Como estou?

Jack me encarou de cima a baixo e com um sorriso satisfeito se aproximou de mim, me puxando para seus braços.

— Está deslumbrante como sempre — em um movimento rápido, ele se inclinou na minha direção e depositou um beijo em meus lábios — Deus, como sou abençoado por ter uma esposa tão linda, em todos os sentidos!

— Como você é exagerado... — revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir pelos elogios — Você estava com pressa, então é melhor irmos logo.

— Sabe, eu não me importaria de demorar só um pouquinho mais... — com um sorriso de canto, ele tentou me abraçar de novo, mas me afastei bem a tempo.

— Não podemos deixar os outros esperando desse jeito, querido.

— Tudo bem... — lamentou com um suspiro dramático e surpreendendo-o, dei-lhe um beijo na bochecha, o que o fez sorrir novamente — Agora estou mais contente.

— Vamos logo! — enlaçando meu braço em volta do dele, o puxei em direção à porta para finalmente sairmos de casa.

A cidade inteira comemorava mais um festival da colheita e nessa noite, estávamos indo até o centro, onde as festividades já estavam em seu ápice.

— Lá estão eles! — apontei para a entrada do lugar, onde nossos companheiros nos aguardavam.

— Agora estão todos aqui — Anne sorriu quando já estávamos próximos o bastante.

— Espero que não tenhamos chegado muito tarde — falei ainda de longe.

— Nós acabamos de chegar também — Anne disse para o meu alívio.

— Olha só quem está chegando, filho — Harold acenou com a cabeça para nós e o pequeno menino de dois anos em seus braços se virou em nossa direção.

— Titio! Titia! — com um sorriso encantador no rosto, ele desceu dos braços do pai e veio correndo com passos desengonçados até nós.

— Olá, Symon! — recebendo-o de braços abertos, dei-lhe um breve abraço e depositei um beijo no topo de sua cabeça.

Depois foi a vez de Jack, que o ergueu para cima e o segurou em seus braços.

— Olha só pra você, garotão! Está ficando tão forte e bonito quanto o tio! — brincou levando todos a rirem de sua confiança.

— Espero que não fique tão convencido quanto o tio também... — Grace provocou.

— Imagina quando for o filho dele! — Bernard também aproveitou a deixa para brincar com o amigo — Vai ser o pai mais exibido e grudento que vamos ver.

— É claro que sim — Jack não se importou com a brincadeira e olhou para mim com um sorriso — Ainda mais se for tão belo e bondoso quanto à mãe...

Minhas bochechas coraram no mesmo instante e um sorriso bobo se abriu em meu rosto. Mesmo que já estivéssemos casados há dois anos, Jack ainda causava esse tipo de efeito em mim me fazendo parecer uma adolescente apaixonada.

— Me pergunto se seremos tão melosos assim quando estivermos casados... — Grace encarou Bernard, que agora era seu noivo, parecendo realmente estar curiosa sobre isso.

— Pode apostar que vai. Não é mesmo, Bernard? — foi a vez de Jack provocá-los, deixando o atual capitão do navio envergonhado e com o rosto vermelho — Ah, minha cara Grace, você não faz idéia do quanto meu amigo aqui pode ser romântico...

Flora Harper E O Navio Pirata - Amor Em Alto-Mar Onde histórias criam vida. Descubra agora