É o fim - Gabigol

51° Episódio

Gabriel

Eu poderia interferir em toda aquela briga? Com certeza, mas sei que a Luana conseguiria muito bem resolver sozinha. E ver que as duas estão em paz agora, me deixa mais tranquilo e feliz.

Minha mãe decidiu ir embora hoje, e meu pai foi junto. E agora estamos no nosso ritmo e com tudo funcionando perfeitamente do nosso jeito. Com a mesma rotina de sempre. Mas de certa forma, a Luana tá se esforçando ainda mais, por conta de ter que levar e buscar nossos filhos na escola, cuidar do meu tornozelo, e ainda cuidar dela e da gravidez.

Percebi todo seu cansaço, e por conta disso, pedi para o Fabinho ficar aqui para me ajudar com as crianças, e marquei um horário em um SPA para ela. E também em um salão de beleza, já que ela estava se sentindo feia. Mesmo que seja impossível né?

Agora estou com o Fabinho, esperando ela voltar da escola com as crianças, enquanto conversamos sobre algumas coisas da Gabigolstore.

- Você acha que se a gente começar a vender material escolar, vai dar certo? - Pergunto para ele, sobre a ideia de vender cadernos.

- Com certeza. - ele diz sorrindo. - Quem não quer ter um caderno com a cara do Gabigol né?

- Porra. Até eu teria um caderno com a minha cara. - Digo sorrindo. - Então já vamos organizar tudo para começar a fabricação e as vendas. - olho para ele.

- Pode deixar que o pai vai fazer tudo do melhor jeito. - ele diz sorrindo para mim.

- Em falar nisso. Nada de filhos ainda né? - olho para ele sorrindo. - Já tô indo para os meus 4° e você ainda paradão.

- Aproveitar a vida, Gabi. Tô novo ainda. - ele diz sorrindo. - Melhor jeito é ficar com várias e não ter responsabilidade com ninguém.

Enquanto ele fala, ouço passos se aproximando da porta, e por saber que é a Luana com as crianças, penso em brincar com a vida. Tô tão em paz, é bom brincar com o perigo as vezes.

- Porra, saudades dessa vida. - Sorrio para ele. - Melhor jeito era pegar várias na mesma noite, e não se preocupar com nada no dia seguinte.

- Ah, é Gabriel? - Luana entra no quarto, e eu tento segurar a risada. - Então por que você não aproveita, e já sai hoje. - sorri em deboche. - Ai você não precisa se preocupar nem em voltar para a casa.

- Uma ideia tentadora. - Digo sorrindo. - Fábio, tem alguma festa para hoje? - Pergunto para ele.

- Tem alguma na Vitrinni muito boa. - ele diz sorrindo. - Inclusive vai ter uma after na casa de um parceiro, que não erra em nenhuma mulher.

- Por que vocês dois não vão tomar no cu? - ela pergunta sorrindo e mostrando o dedo do meio para nós dois. Indo até o banheiro.

Solto uma risada da reação dela, e me levanto com cuidado, andando lentamente até o banheiro, esperando ela sair.

Ao abrir a porta, ela sai rapidamente, me ignorando totalmente, eu apenas a seguro pela cintura, a puxando para mim.

- Era brincadeira, você sabe né? - dou um beijo em seu pescoço, e tenta se soltar de mim.

- Brincadeira sem graça né? - olha para mim. - Sério, tô estressada hoje, me irrita mais não. - Diz se soltando de mim, e voltando para o quarto.