Capítulo 7

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Maraisa ficou por mais alguns minutos em silêncio. Estava chocada. Pensava que aquilo era lenda urbana. Fernando não podia estar sentindo atração por ela.

Não sabia se sentia medo ou felicidade. Mas o medo estava predominando. Conhecia bem a fama de mulherengo do "colega".

- Socorro...- Murmurou ela antes de suspirar e entrar na casa.

Ela viu Fernando organizar seu notebook em cima de uma mesa. Seus olhares se encontraram. Ela desviou rapidamente e seguiu para um dos quatros onde escolheu um que tinha uma porta de vidro de correr e dava para a lateral do jardim.
Era lindo.

Depositou sua mala em cima da cama e pegou sua frasqueira onde tinha maquiagem e coisas de higiene pessoal.
Organizou tudo no banheiro e seguiu de volta para o quarto onde arrumou suas roupas e sapatos no closet.

Colocou a mala em um canto escondido do local onde tinha guardado suas roupas e voltou para o quarto, onde pegou seu notebook e o colocou em cima de uma mesa.

Maraisa suspirou mais uma vez e tomou coragem. Não seria fácil conviver com um homem daquele jeito. Ele praticamente a comia com os olhos, isso lhe dava arrepios.

De repente veio uma ideia em sua cabeça. Ela poderia usar sua sedução como uma arma, uma arma contra o seu maior inimigo.

Sabia já o que fazer, mas o que faltava era o momento certo. Colocou uma roupa mais confortável e seguiu para a parte de trás da casa, onde uma grande piscina com água pura e cristalina aguardava ansiosamente por um mergulho. Maraisa ficou tentada, mas resolveu apenas sentar-se em uma parte coberta.

-Apreciando a vista? – A morena ouviu uma voz sarcástica atrás de si, mas nem virou a cabeça para olhá-lo.

- E o que isso te interessa? – Perguntou ela em um tom seco.

- Nossa, você não é das pessoas mais agradáveis de se falar.

- E você não é uma das pessoas mais agradáveis de se conviver. – Rebateu ela.

Fernando olhou feio para ela.

- Olha, acho que é melhor para de fazer essa cara, a não ser que você queira assustar alguém. – Zombou ela.

Fernando sentiu sua raiva crescer, estava definitivamente irritado. Pegou Maraisa no colo, esta assustou-se com a atitude dele. Carregou-a para uma direção.

- Ei, o que pensa que está fazendo? – Perguntou ela.

- Apenas te ajudando...a refrescar a cabeça. – Fernando soltou um sorriso maroto.

E dizendo isso, ele a jogou na piscina. Ela bateu com violência contra a água. Ainda bem que a morena sabia nadar, pois teria se afogado naquele piscina tão funda. Ela saiu da piscina com ódio. Se Fernando quisesse a irritar, conseguiu. Pois estava com uma vontade e uma raiva doentia de matá-lo.

- Agora eu acho que você esfriou a cabeça. HAHAHAHAHA – Mocó ria.

- SEU DESGRAÇADO, FILHO DA MÃE! – Esbravejou ela indo em direção à ele.

- Calma, Maraisa! – Ele disse ainda rindo. – Eu apenas te ajudei.

- AJUDOU EM QUÊ, SEU IDIOTA?! VOCÊ ME JOGOU EM UMA PISCINA! EU PODIA MUITO BEM TER ME AFOGADO UMA VEZ QUE VOCÊ NEM SABIA SE EU SEI NADAR OU NÃO!

Ok, 1x0 pra ela.

- Olha... – Começou ele, mas de repente ele olhou para sua blusa.

A blusa que a morena vestia e que se encontrava naquele momento molhada, estava toda transparente, deixando visível o sutiã preto que ela usava. A dama pareceu não ter notado isso. Avançou na sua direção e começou a socar cada canto do corpo do homem.

- EU...TE...ODEIOOOO!!! – Vociferou ela enquanto batia nele com força.

- Calma... – Pedia ele rindo um pouco.

- QUE SE DANE A CALMA!! – Gritou ela. – VOCÊ ACABOU DE ASSINAR A SUA SENTENÇA DE MORTE, FERNANDO!

- O que quer dizer com isso? – Perguntou ele.
Ela pareceu pensar por breves segundos.

- Proponho uma aposta. Quem ganhar o cargo vai ter direito a dar uma ordem para o outro que no caso é o perdedor! E ele vai ter que obedecer. Sem chiar.

Fernando surpreendeu-se com as palavras da morena. Pensou nos benefícios que a aposta poderia trazer e decidiu.

- Ok. Fechado. Prepare-se para perder, querida.

- Eu confio no meu taco. – Disse ela com uma voz incrivelmente rouca e...sexy?

Ela afastou-se dele. Provavelmente com muita raiva por tê-la jogado na piscina sem aviso prévio. Iria mata-lo. Mas agora ela tinha um motivo maior para deixá-lo vivo.

A necessidade de ganhar aquela aposta.

A Aposta - Adapt. MacóOnde histórias criam vida. Descubra agora