Capitulo 35

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Olá amores, passando para avisar que estamos chegando na reta final, acho que temos mais uns 5 capítulos.  Boa leitura!! 

***

Portas em manual. O avião pousou no aeroporto de Congonhas, em São Paulo por volta de 9:15 da manhã.

Maraisa e Fernando só foram se encontrar nas esteiras de bagagem, por conta do tumulto e da quantidade de passageiros. Ele preferiu não mencionar a música e nem o efeito que ela havia causado. Queria falar disso em um outro momento, quando houvesse clima e local adequado.

Pegaram um táxi na porta do aeroporto e seguiram até o hotel. No caminho, Fernando observava Maraisa. Ela fitava encantada cada canto da cidade.

- Onde você morava aqui?

- Higienópolis.

- Hum.. Ai!! Como eu amo essa cidade!

Fernando sorriu. Era lindo assisti-la com os olhos brilhando ao olhar para os prédios e avenidas abarrotadas de carros e pessoas.

O tempo estava nublado, ligeiramente frio.

Ficariam hospedados no Renaissance. O coquetel e a premiação seriam lá também.

Aquele friozinho e o clima chuvoso fizeram com que Maraisa desejasse desesperadamente uma cama. Andava com um sono desmedido, mas sabia muito bem o motivo. Além disso, precisava estar descansada para o evento a noite. A suíte dela ficava exatamente ao lado da de Fernando.

Ela entrou em seu quarto, abandonou sua mala numa mesinha de canto e tirou a roupa. Ficou de lingerie e deitou-se na cama imensa, confortável e quentinha.

Desejou o corpo de Fernando encostado no seu, fazendo com que o calor dele esquentasse-a. Com o edredom cobrindo-a até a altura das orelhas, se perguntou o que ele estaria pensando e se desejava estar com ela.

Maraisa fechou os olhos. Acariciou a barriga. Sonolenta, sentiu seu corpo apagando lentamente. Dormiu pensando em Fernando.

***

Sete da noite. No saguão do hotel, várias pessoas elegantes em seus trajes de gala passavam por Fernando, animados e extasiados.

Ele vestia um smoking preto, de corte justo. A camisa era branca e a gravata borboleta também era preta. Torceu para que Maraisa não demorasse muito. Eles não haviam se visto desde que chegaram no hotel.

Dormir no quarto ao lado do dela remetia-o a uma lembrança que ele amava trazer à tona. Mordeu na boca só de pensar. Palavras não eram suficientes pra expressar o tamanho da felicidade e empolgação que ele estava sentindo de estar com ela naquele evento. Sentiu Maraisa mais próxima, mais acessível e mais leve.

Desde o dia que ela fez o convite a ele, ele notou um olhar diferente da parte dela. Voltou a se agarrar na esperança de que as coisas voltassem a ser como antes, só que agora, despido de qualquer omissão ou segredo e sem nenhuma necessidade de esconder o relacionamento de ninguém, por medo que isso afetasse o trabalho.

De alguma forma e por algum motivo, Fernando sentia que as coisas estavam tomando um outro rumo, muito melhor do que os caminhos já traçados anteriormente.

Maraisa saiu do elevador e parou assim que entrou no saguão. Correu os olhos ao redor.
Viu que estava bem movimentado. Procurou por Fernando, mas não demorou a encontrar.

Ele estava de costas, com as mãos no bolso, encarando um televisor na parede, que passava um telejornal qualquer. Maraisa se aproximou, marchando em cima de seu Loubotin salto 15.
Parou atrás dele. Fernando se virou rapidamente.
Arregalou os olhos e fitou Maraisa de cima a baixo. Ela usava um vestido vermelho inteiramente bordado. No peito, um decote ovalado deixava os seios dela arredondados e empinados. Embaixo, uma fenda subia em sua coxa esquerda, até alcançar um pouco abaixo da virilha. O cabelo estava solto, levemente cacheado nas pontas. E na boca, um batom vermelho carmim.

A Aposta - Adapt. MacóOnde histórias criam vida. Descubra agora