Capítulo 5

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Depois de um dia totalmente cheio e atarefado, Fernando finalmente pôde dar "olá" para sua cama.
Nunca pensou que um dia sua cama seria um lugar totalmente sagrado ou especial para ele. Estava definitivamente cansado.

Assim que se cobriu com seu confortável e quente cobertor, ficou pensando sobre a viagem que faria para Petrópolis. Segundo Silvia, a casa ficava afastada da cidade, mas ainda estava em território metropolitano. Ele sentia pontadas quando pensava nisso. 

Não queria pensar que Maraisa também estaria presente.

- Argh!! Pensei de novo!!! – Brigou consigo mesmo colocando um travesseiro na sua cara em uma tentativa inútil de esquecer daquilo. Mas ele sabia que não iria funcionar.

E quando abafou os pensamentos sobre a viagem, a imagem de Maraisa apenas de sutiã invadiu sua mente.

Céus! Que mulher perfeita. Levaria qualquer homem à loucura. Principalmente ele. – Pensou ele.

- Pelo amor de Deus... – Dizia ele tirando seu travesseiro da cara. – Eu não posso desejar a minha maior inimiga!!

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- Que droga! O Fernando sempre encontra uma maneira de me atingir ! Agora deu pra me comer com os olhos?! – Maraisa andava de um lado para o outro do quarto de camisola.

Eram 23:27 da noite. Maraisa não conseguia dormir devido a um homem chamado Fernando Mocó.

A imagem do homem havia grudado como chiclete no cérebro da morena, e toda vez que pensava na cena em que ele a segurava, começava a dar um calor estranho no seu corpo.

Seria medo ou desejo?

- Não, não!!! Eu não posso admitir que isso aconteça. Eu não posso desejar o meu maior inimigo!!!

A morena tomou um remédio para dormir, deitou-se na cama de casal e esperou o feito do remédio.

Mas antes, sua cabeça a torturou com a cena do café . Poderia muito bem ter evitado aquilo! Bastaria ter tomado café na sua casa.
Faria aquilo apenas por precaução no dia seguinte.

E a viagem? Partiria dali três dias! Sim, porque já havia dado meia noite e passaria um mês isolada do mundo com um cara que definitivamente faria de tudo para irrita-la.

Porque tinha de ser tão complicado?!
Estava começando a detestar Silvia.
O efeito do remédio chegou e Maraisa dormiu.

Bom, antes certificou-se de que o despertador estava alto para não perder a hora no dia seguinte.

- Deixa eu ver...seu notebook está aqui, o carregador, as suas roupas, produtos de higiene pessoal, biquínis, lingeries...

- Larissa, eu não vou passar férias em Malibu, eu vou viajar a trabalho!

- Um trabalho que vai definir se está apta ou não para assumir a chefia! Você não pode se esquecer de nada.

- Acontece que, você já repassou o que tem na mala umas dez vezes. Quando eu te chamei aqui para me ajudar a arrumar as coisas, eu não pensei que seria literalmente! – Maraisa levantou-se da cama e começou a procurar seu celular.

- Vai ligar pra quem?

- Pra ninguém, apenas vou levar ele pra carregar.
Maraisa achou seu celular e carregador, pegou e colocou na tomada. Sentou-se novamente na cama e disse:

- Esse três dias passaram rápido.

- Agora só falta as quatro semanas passarem feito igual uma tartaruga no deserto. – Comentou Larissa.

- Tomara que Deus não te ouça. – Maraisa queria muito o cargo, mas não estava muito contente por passar um mês convivendo com a pessoa que ela julga ser asquerosa, idiota, convencido, mandão e insolente.

E a lista de xingamentos ainda nem acabou.

- Eu vou dormir. Amanhã tenho que acordar cedo para enfrentar a estrada.

- Tudo bem, eu já vou. Tchau e boa sorte.

Larissa despediu-se dela e foi embora para sua casa.
Maraisa deitou-se na sua cama e não demorou muito para que dormisse, já que estava sonolenta.

A Aposta - Adapt. MacóOnde histórias criam vida. Descubra agora