15 - Benjamim

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Não consigo raciocinar direito, e não consigo ouvir outra coisa além da respiração forte dela enquanto olha para meu sêmen descendo por sua coxa. Os cabelos da madame estão molhados e grudados por sua pele, e a parte de cima do biquini quase deixa escapar um dos seios, mostrando a marca do bronze, o que me deixa doido para ver o resto. Ela me olha estreitando os olhos, e eu a acho perfeita desse jeito.

Ela é a imagem impressa do que é por dentro; uma mulher fogosa, quente e intensa, que parte pra cima e toma a porra do controle.

— A madame fica linda assim — sussurro.

A fome por mais cresce e me controla. E tudo o que eu quero agora é ter ela pra mim, de novo. Caramba, como eu quero isso.

Me levanto subindo a sunga, e me aproximo dela. A madame me observa imóvel, eu desço meus lábios no seu e roubo mais um beijo, mas quando minha mão desce até sua bunda ela me empurra arregalando os olhos.

— Não, não...

— Madame?

Ela apenas faz que não com a cabeça, vira as costas e começa a se distanciar, me deixando confuso pra porra. Vou atrás dela pelo gramado, determinado a não aceitar sua falta de respostas depois de uma transa surreal como essa.

— O que eu fiz agora? — pergunto, entredentes.

— Meu Deus, como eu pude? — Ela para de andar, e leva as mãos à cabeça. — O que nós fizemos?

— Dá pra falar o que se passa na sua cabeça?

Mas ela parece não me ouvir. Ela parece envolvida demais em seus próprios pensamentos para dar ouvidos a qualquer outra coisa agora.

— Ferrei tudo — ela murmura. E continua falando consigo mesma, até eu não aguentar mais.

— Madame! — Respiro fundo e a agarro pelos ombros. — Lídia!

Ela finalmente me encara com pânico no rosto.

— Fala comigo — peço, soltando-a.

— Não era para termos feito isso, Benjamim — diz, abraçando a barriga.

Eu olho para seu corpo e entendo o que ela quer dizer. Não usamos proteção, não pensamos em nada quando tudo o que queríamos era estar um no outro. Aliso seus braços, franzindo a testa.

com medo de ficar grávida?

— O quê? Não, eu uso DIU.

Fico confuso sobre qual outro motivo a deixaria assim, à beira de uma crise. Porque ela não pareceu se importar com aquele papo de funcionário e Chefe enquanto eu estava fundo dentro dela.

— Então...

— Ora, existem outras coisas que o preservativo faz além de evitar bebês indesejados.

Ela me olha de cima à baixo, e segundos depois a ficha cai. Sinto minha nuca formigar.

— Você acha que eu... que eu posso ter passado alguma coisa pra senhora? É isso?

— Não... sim, não sei. Pode? — Arregalo os olhos com sua pergunta. — Não me olhe assim, Benjamim. É um assunto sério e você...

— E eu o quê, madame? Saí da prisão? Então por isso devo ser um reservatório de DST? — Sorrio com acidez. — Eu acho que a senhora esqueceu que eu estava na prisão e não num puteiro — debocho.

— Eu procuro não julgar — devolve, cruzando os braços.

Sua resposta me acerta como um soco no nariz e eu cambaleio para trás.

Lover Beach - Um Verão de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora