Coragem - Hilda & Orlando

11. Planos em ação

Naquela mesma tarde, Hilda bateu algumas vezes na porta do quarto de Amanda, mas não obteve resposta. Ela se sentiu rejeitada e angustiada, decidiu procurar consolo na voz de Orlando. Ela foi ao seu quarto, pegou o telefone e ligou para a sua "Lua".

— Oi, meu amor. — Orlando atendeu prontamente, como sempre.

— Oi, meu bem. Eu precisava tanto ouvir sua voz agora.

— Estou aqui para o que você precisar. O que houve?

Hilda contou a Orlando sobre a reação de Amanda em ignorá-la. Orlando ouviu atentamente, deixando Hilda desabafar.

— Minha querida, eu sinto muito. Não queria te ver nessa situação, mas saiba que eu estou ao seu lado, sempre e juntos enfrentaremos tudo.

Hilda suspirou, se sentiu amparada pelas palavras reconfortantes de Orlando.

— Obrigada, meu amor. Eu realmente não sei como lidar com tudo isso.

— Você é forte, garota. Talvez seja melhor dar um tempo antes de tentar conversar novamente com a Amanda.

— Você acha?

— Sim, meu amor. Às vezes, o tempo e a paciência são nossos melhores aliados. Dê a ela um tempo para processar as coisas.

— Você sempre tem razão. Obrigada por estar ao meu lado, Orlando. Eu te amo tanto.

— Eu também te amo, Hilda. Estamos juntos nisso.

No domingo de manhã, Hilda decidiu tentar novamente falar com Amanda. Ela bateu suavemente na porta do quarto, e para sua surpresa, a porta estava entreaberta.

— Oi, minha filha. Posso entrar?

Amanda olhou para Hilda com um olhar sério, mas concordou com a cabeça e voltou a olhar pela janela, ficando de costas para a mãe. Hilda entrou no quarto, percebendo a tensão no ar.

— Como você está se sentindo?

— Não é óbvio? Estou péssima com toda essa situação.

— Eu entendo, Amanda. Eu sei que você está magoada, e eu sinto muito por isso. Eu só queria que você entendesse que eu não queria te machucar.

Amanda permaneceu em silêncio por um momento, parecendo considerar as palavras de Hilda.

— Eu não sei se consigo entender, mãe. Isso é tão... tão errado.

Hilda suspirou, sentindo o peso da situação.

— Eu sei que é difícil, filha. Eu só quero que você saiba que eu te amo muito, independentemente das escolhas que eu fiz, sempre vou estar aqui para você.

Amanda não respondeu, mas seu semblante parecia um pouco menos hostil.

— Você contou para o seu pai sobre o que aconteceu, não contou?

Amanda hesitou por um momento e mentiu.

— Não, eu não contei. Não ainda.

Hilda sentiu um alívio temporário ao ouvir isso, mas ainda sabia que o confronto com Tinoco estava apenas adiado.

— Tudo bem, Amanda. Quando você se sentir pronta para conversar, estarei aqui. Eu só quero que você saiba que eu te amo.

Amanda concordou com a cabeça, mas não fez nenhum comentário e Hilda saiu.

Durante o resto do domingo, ela evitou Hilda e Lígia, ficou isolada em seu quarto. Hilda tentou respeitar o espaço da filha, mas a preocupação e a tristeza ainda pairavam sobre a casa.