Capítulo 8 - Humilhação.

207 20 0
                                    

Alisson Delyon...

Um brinde a sua covardia, Alisson Delyon.

Você simplesmente é demais.

Primeiramente termina com o cara, se deixa ser manipulada pela avó dele, e agora está fugindo dele.

Serei uma eterna covarde.

Primeiro porquê não lutei por quem eu era apaixonada.

E segundo porquê deixei uma mulher sem nojenta me ameaçar.

E até tento me convencer que foi por causa de Abner, que abdiquei tudo, mas foi medo, medo de tudo dar errado, e agora estou pagando o preço.

O olhar de raiva que Ares, me lançou lá fora, foi como uma bala no meu peito.

Talvez seja por isso que estou escondida nesse escritório minúsculo. Talvez o medo que ele me olhe novamente daquela forma, acabe comigo.

Me encosto na cadeira, e rodo a mesma para o vidro que dá a vista do centro de Florença.

Ao menos a vista é bonita.

Suspiro cansada e fecho os olhos, absolutamente cada frustrado que me tomou nos últimos dias.

Além da volta de Ares, ainda tem a dívida do meu irmão que está me tirando de rota.

Faz sete anos que Abner, não vê o pai e nem fala com ele.

Não sei como vou fazer para juntar os dois.

- Pensando em como vai arranjar outro emprego?

Dou um pulo da cadeira e levo a mão ao peito, sentindo meu coração bater acelerado.

Ares, estava sentado na poltrona no canto da porta e me encarava com raiva.

- Você quer me matar?

Faço uma leve massagem no meu peito para acalmar o meu coração, e vejo o olhar de Ares, descer para o decote da minha blusa.

Vejo desejo no seu olhar, mas também tinha aquela raiva muito evidente.

- Não seria nada mau tentar matar você!_Ares, mais uma vez desce o olhar por meu corpo e eu me recomponho, ficando de forma ereta.

- O que você quer aqui, Ares?

Caminho até a frente dele, e o mesmo para o olhar nos meus seios.

Por que será que eu me sentia nua sobre o olhar dele?

- Quero que saia da agência!

O quê?

- Isso não vai acontecer!_Digo seria e Ares, se levanta, ficando com o seu corpo praticamente colado no meu.

- E o que o seu noivo vai dizer quando descobrir que você anda me beijando pela agência!

- Não vai dizer nada, eu não beijei você!

Ares, fixou seu olhar no meu e deslizou a mão pela minha bunda.

Ele apertou a minha nádega direita e eu fiz cara feia.

- Ares, você está passando dos limites!

- É? Vamos ver quem vai passar dos limites!_Ares, bateu seus lábios nos meus e me beijou com brutalidade.

Sua outra mão desceu para a minha bunda, apertando e fazendo eu arfar em excitação.

Sua língua enroscou na minha fazendo um luta de espadas, quando o meu corpo tombou para trás e Ares, me jogar sentada na mesa.

Ares, beijou o meu pescoço, causando um arrepio gostoso, e logo sua língua deslizou para o vale entre os meus seios, quando senti a minha saia sendo levantada e a minha calcinha ser colocada para o lado e logo em seguida eu senti o contado dos dedos de Ares, entrarem em contato com o meu núcleo pulsante que implorava por atenção.

- Haaa Ares!_Puxei o rosto de Ares, para beijá-lo novamente enquanto, ele socava dois dedos dentro de mim com rapidez. Eu gemia cada vez mais alto implorando por mais, até que Ares, retirou seus dedos de dentro de mim e se afastou.

Fiquei olhando para ele, confusa e excitada.

Não estava raciocinando bem, vendo ele com a roupa toda amassada e com os cabelos que haviam crescido, bagunçados.

Ares, estava o pecado em pessoa. Porém, após a minha avaliação, a fixa caiu quando ele andou para perto de uma planta que ficava ao lado da minha escrivaninha e de lá retirou uma câmera ligada.

Ver aquilo foi como se tivessem jogando um balde de água fria em mim.

Ares, virou a câmera para mim, e pegou a minha imagem comprometedora.

Eu estava com os cabelos baguncados, de pernas abertas e com a calcinha para o lado.

Aquilo era humilhante.

- Ela me beijou, posso ver que ela está pingando de tão excita que está, e outra...!_Ele sorriu debochado. - Ela gemeu igual uma puta quando eu socava os meus dedos dentro dela, seu corno de merda!

A indignação tomou conta do meu corpo e eu segurei uma lágrima que engasgava na minha garganta.

Desci da mesa, ainda sobre a câmera que Ares, apontava para mim, me arrumei e depois me aproximei de Ares.

Ele me olhava com deboche, com o ar de quem levou a vitoria.

Mal sabe ele que acabou de perder a coisa mais valiosa que alguém poderia ter.

"Respeito".

- Você é nojento!_E ele continuou com aquele olhar de deboche. - Entre você e a sua avó, não há nenhuma diferença, os dois são imundos, e esse vídeo, só faz aumentar o meu ódio por você!

Ares, me olha de sobrancelha franzida, e eu ando até a porta, saindo daquela sala deixando toda a minha dignidade alí.

Corro até o banheiro, me predo dentro de uma das cabines e desmorono no chão daquele banheiro.

Choro.

Choro, tudo o quê não pude chorar nos últimos anos.

Choro todas as dificuldades, toda humilhação que passei.

Hoje Ares, me ajudou a dar um passo a diante.

Ele me ajudou a querer tirá-lo da minha vida.

Legados
Livro II

Um Brinde a Sua Covardia{Legados - Livro II}Onde histórias criam vida. Descubra agora