Capítulo 2 - Odiar.

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Alisson Delyon...

- Senhor? Achei que já havíamos passado das formalidades!_Ares, coloca uma mecha solta de cabelo para trás da minha orelha e eu me afasto.

- O que você quer?_Pergunto grossa.

- Estou com saudade de você, o que acha de nós irmos ao nosso lugar?

Ares, se aproxima novamente e eu me afasto, mantendo os olhos na senhora Lagona, que já havia notado o neto próximo de mim.

- Estou trabalhando Ares, é já conversamos sobre esse assunto!

Ares, franze a sobrancelha não gostando do que eu disse...

- Eu disse que irei esperar por você, no horário de sempre!

Ares, diz e se vai da mesma forma que chegou...

...

Um tempo já havia passado e estava quase chegando a hora de ir me encontrar com Ares, mas eu ainda estava decidindo se ia ou não.

Talvez eu devesse ir.

Eu iria colocar tudo em risco e viver a vida que nunca me deixaram viver.

Mas por outro lado, tinha...

- Alisson, para o meu escritório!_A senhora Lagona, passa por mim e vai subindo a escada até o seu escritório.

Ela estava estranha, mas talvez eu já saiba o motivo do seu assunto...

- Deseja algo senhora!_Cruzo as mãos em frente o meu corpo e olho diretamente para a senhora Lagona.

Era um das coisa que ela odiava em mim. Ela odeia a capacidade que tenho de enfrentá-la nos olhos.

Lagona, vira o seu computador na minha direção e logo tenho a visão de Ares, andando ansioso pela cabana abandonada no meio da floresta.

Ela colocou câmeras no nosso lugar.

Olho novamente para Lagona, e ela ergue a sobrancelha em questionamento.

- Ele está lhe esperando!

Engoli a seco, mas não tirei o olhar dos seus olhos.

- Eu disse que não iria!_Mas eu estava pensando em ir.

- Ares, acha que você vai aparecer, e você irá!

Olhei em surpresa para ela, e a mesma não esboçou nenhuma reação.

- Você vai acabar de uma vez por todas com esse casinho sem cabimentos!

- Para quê você quer fazer isso? Eu já fiz tudo o que mandou, afastei Ares, mesmo  com a insistência dele, o que mais você quer Lagona!_Me altero e Lagona, se levanta de sua cadeira.

- Quero que mulheres como você fique longe do meu neto, você não é digna de ser a nora desta família!

"Mulheres como eu?"

- Eu não sou digna?_Seguro a lágrima que ameaça cair. - Se eu não sou digna, então o que é digno para você? Um casamento arranjado em prol de ameaças?

- Olhe a sua boca!_Lagona, avisa.

- E é alguma mentira, Lagona? A quantos anos eu trabalho para você? Quantos anos eu deixei a minha vida passar diante dos meus olhos para atender as suas necessidades?

Lagona, ficou calada e eu engoli o bolo que se instalou na minha garganta.

- Posso aceitar você me fazer trabalhar feito uma escrava, mas não aceito que você passe por cima do meu orgulho!

Um Brinde a Sua Covardia{Legados - Livro II}Onde histórias criam vida. Descubra agora