Capítulo 18 - Louca.

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Alisson Delyon...

Louca...

Totalmente louca...

Como pude aceitar um pedido de casamento em um momento que não sei se estava no meu mais perfeito juízo?

Porém o mais louco de tudo isso, é que eu quero me casar. Como quero, mas não pensei que fosse tudo resolvido de última hora.

- Tudo bem, já agendei tudo no cartório, quando terminar vamos direto para a igreja!_Ares, fala ao telefone sabe lá com quem e eu fico observando ele usando apenas uma toalha ao pé do meu fogão.

Ele disse que iria preparar o nosso café da manhã, mas até agora não saiu do celular.

Já vi que se eu não for fazer o café, ninguém nessa casa come.

Reviro os olhos e vou até onde Ares, está. Empurro ele gentilmente para o lado, e o mesmo apenas me olha sem entender nada.

Ele fica no lugar que o coloquei e eu começo a colocar a água do café no fogo.

Sei oque vão falar. A mais café coado não é cappuccino.

Dane-se. Por mais que eu tenha vivido na Itália por mais de dez anos, não consigo larga a criação Sul América que tive.

Meu pai era de Nova York, mas minha mãe era brasileira, então acabei pegando os costumes de sua criação, e lá no Brasil o café é assim.

Ares, olha para o café que faço no fogão, e sem nenhuma surpresa ele dar de ombros. Ele já teve a chance de provar do meu café, e não achou ruim.

Ares, fala por mais dez minutos ao telefone, quando finalmente desliga, entrego a xícara de café na sua mão.

Ele suspira cansado, mas logo abre um sorriso.

- Temos que está no cartório as duas!

Levo a xícara ao lábios, e depois de um gole gêneroso, resolvo dar a minha humilde opinião sobre o assunto do casamento.

- Não acha que tudo isso está indo rápido demais? Quer dizer, não precisamos ter pressa!

Ares, franze o cenho, e pousa a xícara em cima do balcão, ele se aproxima de mim, e circula os braços envolta da minha cintura.

- Meu bem, tenho toda pressa do mundo para colocar meu sobrenome do seu nome!

Espalmo as mãos no peito de Ares, e abro um sorriso...

- Temos que arranjar um lugar para morar antes!_Olho ao redor. - Quero dizer, podemos ficar aqui por enquanto, mas não quero ter que morar nessa casa, e você como mora com a sua avó então...

- Meu amor!_Ele segura o meu rosto e me faz olhá-lo nos olhos... - Aquela casa pertence ao Francesco de qualquer modo, meu avô deu ao pai dele por ser o filho mais velho, então isso passou a ser de direito do meu primo, aquela casa não pertence a minha avó!

Fecho os olhos e suspiro pesadamente.

Não quero ter que enfrentar Lagona Roveretta, nesse momento.

Sei que ela vai ser contra a minha união com Ares.

- Eu sei, mas vamos atrás de uma casa, vou usar o dinheiro que Algustus, me deu!

Ares, nega...

- Esse dinheiro é seu, deixe que eu cuido de tudo, você só precisa casar comigo e ser muito feliz ao meu lado!

Ares, abre um sorriso bobo e isso me faz segurar o seu rosto e beijá-lo...

"Nossa, como senti falta disso".

Um mero toque dele faz as borboletas do meu estômago entrarem numa luta de box e causar um momento sangrendo.

" É eu sei, nada romântico".

Mas é assim que me sinto.

E outra, Ares, sabe que não sou tão delicada assim.

O celular de Ares, toca novamente e ele o pega, sem solta o meu corpo.

- Sim?...

A pessoa do outro lado da linha fala, e vejo o canto da boca de Ares, repuxar.

- Perfeito, estou esperando!

Ares, desliga o celular e me encara.

- Seu vestido e o meu smoking estão sendo entregues!

Anro um sorriso animado e saio correndo até a porta, com Ares, ao meu encalço. Tenho certeza que o vestido vai ser perfeito, afinal Ares, sabe do que gosto e tem um olho incrível para o que visto.

Legados
Livro II

Um Brinde a Sua Covardia{Legados - Livro II}Onde histórias criam vida. Descubra agora