Grant Marshall sempre consegue aquilo que deseja. Ele nunca passa mais de uma noite com uma mulher. Sedutor. Irresistível. Um pedaço de mau caminho que levaria qualquer uma do céu ao inferno. Quem poderia resistir?!
Melanie Carter não é qualquer mu...
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Puta que me pariu!
Onde eu estava com a minha cabeça?
Por que caralhos eu havia acabado de enfrentar e irritar o Xerife? Porra, Melanie! Bati com os punhos contra o volante do jeep e, irritada comigo e com o desgraçado "Senhor no rigor da lei", dirigi direto para o Budget Motel.
Peguei as minhas roupas no armário e comecei a enfiá-las dentro da bolsa maior. Minha cabeça doía pra cacete e eu só conseguia pensar em como aquela situação era fodida. Minhas palavras voltaram a minha mente e eu fiquei envergonhada.
Ou você quer transar comigo.
Porra, eu estou tonta. Minha bolsa está aberta, com algumas roupas pra fora. Honestamente, eu estou irritada, estou puta comigo por ter deixado meu temperamento fugir do controle.
Estou prestes a começar a chorar quando ouço batidas na porta. Estou disposta a não atender, pegar minhas coisas e fugir pela janela na parte de trás correndo o risco de sair com uma perna ou as duas quebradas. Mas ouço a voz de Dallas.
― Mel, tudo bem? ― sua voz é baixa atrás da porta de madeira. ― Abre a porta, por favor. Não adianta fingir que não está, eu vi o seu carro lá fora.
Eu me levantei, caminhei até a porta e a abri. A primeira coisa que ela fez foi olhar para o interior do quarto e, quando entrou, para a minha bolsa na cama.
― O que ele falou pra você?
― Nada demais ― respondo com nada além de mentiras.
― Tem que ter sido alguma coisa para você pensar em ir embora ― disse, apontando para a cama. ― Vamos, o que ele disse? Me fala pra eu ir lá e quebrar as pernas dele.
Eu ri um pouco sem graça. Dallas tinha essa característica brilhante e perigosa. Ela sempre me fazia querer ficar aqui.
― Ele só quer que eu saiba que está de olho em mim ― digo, rolando os olhos.
― E é por isso que você está pronta para dar o fora de Coleman?
― Não, é que... ― eu nem chego a responder, ela já está acenando em reprovação.
― O Xerife está te assediando ― decreta firmemente.
Bem, é o que parece. Mas obviamente eu não iria corroborar com essa afirmativa, pois, eu, no auge da burrice, revelei minhas garras para o Xerife. Foda-se, eu vou embora.
― Ele só está fazendo o trabalho dele, cuidando da cidade ― falo, recebendo um aceno da minha colega de trabalho. ― Relaxa.
― O Jay vai chutar as bolas dele ― ela diz, parecendo feliz em saber disso. ― De qualquer forma, por que ele está no seu pé desse jeito? Todo dia passa gente nova nessa cidade.
