Amores Texanos 01 - Grant & Melanie

Capítulo 17 | MELANIE

― Meu nome é Melanie Carter.

Nem mesmo eu acreditava que aquelas palavras saíram da minha boca. Eu encarava o peito de Grant, desenhava pequenos círculos nele enquanto sua mão acariciava a minha nuca.

― E eu não estou sob proteção policial ― disse, desta vez levantando os olhos para ele. ― Eu estou fugindo, do meu passado, de pessoas perigosas e até de mim mesma.

Seus olhos fixaram-se nos meus, ele parecia medir com cuidado cada uma das suas palavras. Embora o toque na minha nuca tenha descido sutilmente para as minhas costas nuas, onde sua mão repousa pesadamente.

― Hoje foi incrível ― falo, lembrando do nosso almoço juntos e depois do cinema da história texana no museu, do banho juntos apenas poucos minutos antes que o fogo finalmente vencesse nossa resistência em nos tocarmos. ― Por isso eu preciso ser sincera com você.

Ele assente.

― Eu estou louca por você, de uma maneira realmente insana, e de verdade já faz muito tempo que eu não me sinto tão atraída por alguém assim. Mas acontece que isso é muito perigoso... pra você, Grant.

― Melanie...

― Para a sua cidade, para os seus amigos e para a sua família ― digo, inevitavelmente sentindo as primeiras lágrimas rolarem. ― Eu não quero causar problemas pra você e com isso eu quero dizer que assim que a gente voltar para Coleman, eu vou embora.

― Melanie...

Eu levei minha mão até a boca dele, cobrindo seus lábios com os meus. Estar com ele se tornara um vício, uma sensação que não conseguia ignorar. Nós éramos bons juntos, realmente bons. A química entre nós era inegável, e cada toque despertava uma alegria que eu não sabia que precisava. Era como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, e tudo que existisse fosse nós dois, mergulhados naquele momento.

Suas mãos agarram minha cintura. E seus olhos se agarram nos meus. Meus movimentos se tornam mais rápidos, desordenados, irrefreáveis. Nós gememos juntos, nos movemos como duas peças complementares num jogo que está muito além de nós dois.

Ele é poderoso em seus movimentos e eu sou sedenta nos meus, nada do que oferecemos ao outro é suficiente, nós queremos mais, nós precisamos de mais. Suas unhas se cravam na minha pele e aos minhas no seu peito.

Seus olhos e os meus não podem se separar, há um fio invisível atando nós dois em um nó que não pode ser desatado. Grant Marshall é meu e eu sou dele. Pelo menos por hoje.

Nossos corpos suados não se desgrudam, seus braços envolvem minha cintura, mantendo-me sobre ele. eu mergulho meus dedos em seus cabelos bagunçados e pressiono minha boca com a sua.

As suas mãos saem na minha cintura para afastar os cabelos da minha pele suada. Quando o faz, ele mantém cada uma de um lado do meu rosto, me olhando de um jeito tão profundo que doía em algum lugar dentro de mim.

― Você não vai embora ― disse firmemente. Eu mordo o meu lábio, pronta para negar. ― Eu não vou permitir.

― Grant...

― Ouça, você não vai fugir de mim. ― Obviamente eu vou ter que fazer do jeito difícil, fugir na calada da noite. ― Melanie Carter, você é minha. E eu protejo o que é meu.

Nosso retorno pra casa foi silencioso. Depois de passar a noite acordados, tudo agora parecia quieto e monótono. Grant estava pensativo, eu quase podia ver as engrenagens dentro do seu cérebro trabalhando.

Eu estava angustiada. Tudo havia mudado muito mais rápido do que eu esperava. Nossos desejos e sentimentos estavam expostas, como cartas na mesa esperando para o próximo movimento. Acontece que eu não estava nem mesmo um pouco ansiosa para encontrar o outro jogador na mesa.