Amores Texanos 01 - Grant & Melanie

CAPÍTULO 25|MELANIE

"Eu te amo, Melanie."

Grant não saiu dos meus pensamentos um só minuto durante o resto da tarde. Depois que tomamos banho juntos, ele almoçou com a gente e voltou ao trabalho, claro, depois que sua mãe insistiu e fez com que ele levasse brownies para toda a delegacia. A companhia de Laura e Jake me confortou durante todo esse tempo.

No final da tarde, Jéssica apareceu para levá-los de volta ao rancho. Eu os acompanhei até o portão, e enquanto Laura e Jake se acomodavam no carro, Jess veio até mim com um sorriso gentil.

— E aí, como você está? — perguntou, olhando em meus olhos.

— Estou bem, só processando tudo, sabe?

— Isso é normal. Você sabe que estamos todos aqui para ajudar, né? — disse, segurando minha mão por um momento.

— Eu sei. Agradeço por isso, de verdade.

— Vamos nos ver logo mais. E não hesite em me ligar se precisar de algo, tá?

Eu assenti, tentando absorver suas palavras de apoio enquanto Jéssica se virava para sair. Assim que entrei na sala o som do meu celular cortou o silêncio. Olhei para a tela e vi que era um número desconhecido. Uma sensação de inquietação subiu pela minha espinha, mas, por algum motivo, atendi.

— Alô? — minha voz soou hesitante.

— Melanie, que bom que você atendeu — a voz do outro lado era familiar, mas a certeza dela fazia meu estômago revirar. Era Oliver.

— Oliver — tentei soar mais firme do que realmente me sentia. ― O que você quer?

— Ah, você sabe que eu quero — ele disse, um tom de desdém na voz. — Somente o que é meu. Eu sei onde você está.

Meu coração disparou, e eu me senti vulnerável. A lembrança do seu olhar frio, das suas ameaças e da violência me atingiu como um soco no estômago.

— Você tem que me deixar em paz! — eu gritei, a raiva misturada ao medo. — Eu não sou mais sua.

— Você realmente acha que pode se livrar de mim assim? — a risada dele era baixa e ameaçadora. — Só está conseguindo me deixar ainda mais irritado. E você sabe o que acontece quando eu fico irritado.

Senti um frio na barriga, uma lembrança vívida de como ele sempre fez o que quisesse, sem se importar com as consequências.

— Oliver, por favor, não... — comecei, mas ele não me deixou continuar.

— Você pertence a mim, Melanie. Sempre pertenceu. E logo, você vai finalmente entender que não pode escapar.

Desliguei a chamada, porque eu não era mais capaz de ouvir sua voz, meu corpo tremendo enquanto tentava processar suas palavras.

Eu estava tentando manter as mãos firmes enquanto arrumava a mesa para o jantar, mas o medo insistia em me trair. Cada som parecia alto demais, como se o próprio Oliver pudesse estar atrás de mim, a qualquer momento, com aquele sorriso ameaçador que ainda assombrava minhas lembranças. Quando ouvi o som da porta se abrindo, quase dei um pulo, mas era apenas Grant, entrando depois de um longo dia de trabalho.

Ele deixou o chapéu de lado e veio direto para a cozinha, dando um sorriso de leve ao ver a mesa pronta.

— Tudo bem? — ele perguntou, notando minha expressão ao me dar um beijo rápido na testa.

— Sim, claro — menti, tentando sorrir. — Já ia servir o jantar.

Durante a refeição, o silêncio parecia aumentar o peso do dia. Eu mal consegui focar na comida, e Grant ver. Quando terminamos, ele me olhou com aquela expressão firme e direta, os olhos azuis investigando cada detalhe do meu rosto.