A melhor aluna de Severus Snape

O príncipe mestiço

Professor,
Estou há alguns dias pensando em lhe escrever, mas assim que começo perco a coragem, não em lhe escrever, mas em tornar meu receio em algo real.
Meus avós estão em pânico.
Estão querendo se mudar para Boston, nos Estados Unidos. Pelo menos até Londres não ser mais perigosa. Eles já perderam a filha e o genro, não querem me perder também.
Pessoas estão sumindo...
Eu quero muito que eles fiquem a salvo, mas eu não quero ir junto. Tenho medo de eles quererem ficar uma vez que eu decidir não me mudar.
Eu sei que o senhor já tem muita coisa para resolver e não precisa de uma aluna te atrapalhando ainda mais, mas estou perdida e com medo. Você é a única pessoa em que eu realmente confio para me dar um conselho. O que eu faço?
Aurora Andrews

Andrews,
As coisas estão ficando perigosas. Você deveria ir com eles!
Severus Snape.

Snape,
Você só pode estar brincando? Eu não vou fugir da guerra! Eu não vou abandonar o Potter, nem meus amigos e muito menos você!
A.A.

Andrews,
Eu ficaria mais tranquilo em saber que você está fora de perigo. Você não pode se preocupar comigo, essa é uma ideia absurda!
S.S.

Snape,
Eu me preocupo com você o tempo todo. Sempre me preocupei! Todas as vezes que você parecia mais pálido e cansado, mais triste do que o usual. Eu sempre me preocupo e sempre me preocuparei, independente do que você faça para tentar mudar isso. Rezo por você todas as noites e continuarei rezando.
Agora, o que eu faço em relação aos meus avós?
A.A.

Andrews,
Não perca seu tempo comigo, você só irá se decepcionar.
Obrigado...
Sobre os seus avós, encoraje os a mudarem de país, mas seja sincera com eles, eles merecem isso.
Boa sorte,
S.S.

Snape,
Eles vão partir amanhã, ficarei com os Weasleys.
Estou arrasada e eles também. Parece que meu coração está partindo e deixando meu próprio corpo. Me sinto sozinha e incompleta, é uma sensação horrível. Eu queria que nada disso estivesse acontecendo.
A.A.

Andrews,
Você não é a única. Fique bem!
S.S.

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O ano letivo começara como o mais estranho de todos.
por vir.
O céu estava escuro, todos sabiam o que estava
Ronny agora era um Astro do Quadribol, estava feliz por ele, mas triste por Mione.
Minha amiga amava Ronny, Potter amava Ginna, Ronny estava com Lavander mas não a amava. Eu era a única que não amava ninguém. Me sentia deslocada por isso.
Meus avós estavam longe, eu estava mais sozinha do que nunca.
Tinha o professor Snape, um amigo distante mesmo estando por perto.
Ele parecia mais sobrecarregado, eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas sabia o motivo: Voldemort.

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A aula havia acabado, os alunos estavam arrumando os materiais para se retirarem.
Aurora parecia abatida, Snape sabia que ela estava se sentindo sozinha e perdida, mas ele teria que fazer algo que não a deixaria feliz.
-Andrews, preciso falar com você.
Ela assentiu e esperou o restante da turma sair da classe.
Assim que estavam sozinhos na sala, ela se levantou de sua carteira e sentou na cadeira enfrente a mesa do professor.
-Você está bem, Andrews?
-Na medida do possível.
-Você está precisando de algo?- seu tom era seco e áspero como de costume.
-Não, senhor. Obrigada.
-Preciso dizer algo que não vai te agradar...
Ela respirou fundo e o olhou nos olhos. Ela já estava emocionalmente vulnerável, mas seria firme e enfrentaria o que fosse necessário.
Snape ficou um momento em silêncio, analisando
sua
aluna. Ela estava mais magra e cansada, a preocupação a consumia, as coisas estavam mais difíceis para ela.
-Eu sinto muito Andrews, mas não posso mais continuar corrigindo seus trabalhos e debatendo sobre livros depois da aula. Você continuará tendo acesso total a biblioteca, mas eu não poderei ficar acompanhando seus estudos particularmente.
Severus pode ver os olhos de sua aluna pesar, ela estava chateada, mas não queria mostrar a ele.
-Eu sei que você está passando por um momento complicado, mas eu simplesmente não tenho mais tempo.
Ela o olhou com curiosidade antes de se pronunciar.
-Seja lá o que você está fazendo, o risco que está correndo... Prometa para mim que se cuidará.
-Eu não sei do que está falan...
-Por favor...- Ela fechou os olhos e pegou a mão de seu professor-Só me diz que você ficará bem.
Ele encostou uma mão levemente na da sua aluna.
-Eu ficarei bem, se você também ficar...
Ela colocou a mão livre encima da do professor.
-Eu ficarei!
Eles soltaram as mãos e ela se foi.

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Severus voltou ao castelo após uma reunião com o
Lorde Das Trevas.
Ele estava nervoso, chateado e acabado.
Malfoy não conseguiria completar a missão e ele deveria matar Dumbledore, a única pessoa que sabia quem ele era exatamente, a única pessoa que esteve ao seu lado até então.
Ele tinha Andrews como uma suposta amiga, mas ela não continuaria ao seu lado depois do que ele teria que fazer.
-Snape?
Ela vestia um vestido verde de manga longa e que ia até o joelho. Ele a havia visto na festa de Slughorn quando foi escoltar Malfoy que entrara lá sem ser convidado.
-Andrews...
-O senhor está bem?
-Eu não quero conversar agora, menina.
-Precisa de alguma coisa?
Ele passou a mão no rosto e massageou as têmporas.
-Snape, eu estou ficando preocupada.
-Escuta aqui, garota! -ele falou com raiva até ver os olhos de sua aluna, preocupada e agora desapontada-Andrews...-Falou com mais calma. Olhou para os lados e se certificou que estavam sozinhos. Sussurrou ainda com desprezo- Eu farei algo terrível e no final, toda essa sua preocupação não irá mais existir. Se afaste totalmente de mim enquanto ainda há tempo! Não me procure mais, após cada aula eu quero que você levante e seja a primeira a sair, não seja vista conversando comigo, não olhe pra mim, não dirija a palavra a mim, você me entendeu?
-Não...

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-Aurora!- Ele nunca havia me chamado pelo primeiro nome, aquilo era muito importante e ele estava tentando chamar a minha atenção - Eu preciso que você faça o que eu estou dizendo, eu preciso que você fique segura, eu pre-ci-so saber que você fará exatamente o que eu acabei de dizer.

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Ela o olhou com tristeza, mas assentiu. Pelo tom de seu professor, ela sabia que não teria outra escolha.
-Contanto que me prometa que ficará bem...- Ela disse em um sussurro sem o olhar.
-Já conversamos sobre isso...
-Mas eu quero ouvir você me prometer!
-Prometo que vou tentar...
Eles se olharam por um bom tempo, como se estivessem se despedindo. Ela pegou a mão dele e deu um beijo nas costas dela.
Ele suspirou tristemente e fez o mesmo. Eles se afastaram lentamente e se prepararam para cumprir as promessas feitas.

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Snape matou Dumbledore e confessou ao Harry que ele era o Príncipe Mestiço.
Naquela noite foi velado o corpo do diretor. Potter estava abraçado ao mesmo. Fui até ele e o apoiei junto com Ginna.
Eu, ao contrário de todos lá, chorava não só por Dumbledore, me sentia triste e traída.
Chorava pelo diretor e pelo meu querido professor.