Pós guerra

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A guerra havia acabado. A escola estava em ruínas.
Harry havia jogado a Varinha Das Varinhas e agora poderíamos ser adolescentes normais, sem guerra e sem
Voldemort.
Voltamos ao salão comunal.
Estavam retirando os corpos. Levando os feridos para enfermaria ou St Mungus.
Estavam removendo o corpo de Fred a minha frente.
-Espera!
Os Weasleys me olharam com tristeza. Me aproximei para ter certeza de que estava certa. Eu havia lido sobre aquilo muitas e muitas vezes.
-Senhora Weasley... Seu filho não está morto.
Ela se aproximou de mim com Arthur.
Abri um sorriso.
-Ou o filho de vocês quis se proteger de alguma forma ou algum comensal quis fazer com que ele fosse enterrado vivo, o que é bem mais provável.
-Aurora, ele se foi, querida.- Lamentou Senhor Weasley.
-Não, senhor. Ele está apenas sob efeito da Poção Morto-Vivo.
Eles se olharam com esperança.
-Você tem certeza?- Perguntou Ronny.
-Sim! Uma Poção Wiggenweld resolverá isso!
Eles correram com Fred até a enfermaria.
Harry reuniu o máximo de pessoas que conseguiu e explicou o papel de Snape na guerra.
-... E assim ele morreu bravamente, salvando a todos nós.
Todos estavam chocados e emocionados.
-Com licença, Harry. Eu não quero estragar seu discurso, mas... Snape não está morto!
-Que?
-Eu o salvei e ele está na sala precisa, temos que levá-lo até St Mungus o mais rápido possível.
Corri acompanhada dos professores até o sétimo andar.
A porta se formou e eu a abri. Corri até o centro da sala onde Snape se encontrava na mesma posição, ainda desacordado.
Sua cor havia voltado e ele respirava em paz.
Dei um sorriso e acariciei seus cabelos bagunçados.
-Ô meu querido, eu sinto tanto- Falou Minerva do outro lado da maca. -Você sempre soube não é?
Demorei um pouco para perceber que a professora estava fazendo a pergunta para mim.
-Sim, senhora.
-Ele te contou?
-Ele nunca precisou...
A professora ficou envergonhada.
-A culpa não é sua, Minerva- Foi estranho chamá-la pelo primeiro nome.
Demos as mãos por cima de Snape e recebi um sorriso triste como resposta.
Harry chegou e caminhou até o meu lado, encostando uma mão no ombro do professor.
-Não podemos levá-lo ao St. Mungus. -Falou
Minerva, agora atrás de mim.-Ele ainda é visto com um comensal apenas e não como um agente duplo.
Devemos mantê-lo com Madame Pomfrey.
-Eu prepararei todas as poções necessárias.
-Ó querida, você terá muitas poções para fazer.
-Não decepcionarei a senhora, professora.
Recebi um abraço dela antes da mesma se retirar.
Levamos Severus para a enfermaria. Explicamos tudo a Madame Pomfrey e a todos que la estavam.
Na ala ao lado, estava Fred meio grogue e todos os
Weasleys a sua volta.
-Aurora!- Senhora Weasley me abraçou e fui
cumprimentada por cada um deles.
Hagrid entrou na enfermaria.
-Soube que você também se saiu muito bem, Aurora.
-Hagrid!- Abracei o grandalhão.- É bom saber que está bem.
-Na verdade eu vim aqui para te fazer uma surpresa.
-Uma surpresa?
Ele saiu da minha frente revelando meus avós na porta dubla da enfermaria.
-Por Merlin! -Deu uma gargalhada e corri abraçá-los. Lágrimas escorriam pelo meu rosto.
-Viemos assim que soubemos do fim da guerra. -
Disse minha avó.
-Como está, criança?
-Agora eu estou bem, vovô!
Os abracei novamente.
Recolhi minhas coisas do laboratório improvisado no Cabeça de Javali e fiz um outro na enfermaria.
-Minerva, a senhora poderia me dar acesso ao laboratório pessoal do Professor Snape? Lá devem ter algumas poções já prontas para nos ajudar.
-É claro, venha comigo.
Aquela era a primeira vez que eu entrava nos aposentos do professor. Era um pouco escuro e aconchegante. Prateleiras com livros amontoados cobriam as paredes. Era tudo muito bonito e organizado.
Minerva abriu uma porta que dava a um segundo cômodo cheio de poções. Era o estoque dele, não da escola, dele.
-Uau!
-Acredito que esses não foram alterados pelos irmãos Carrows, ao contrário do estoque da escola.
Senti um arrepio quando ela mencionou os meus torturadores.
-Eu sinto muito, Aurora. Você está bem?
-Acho que sim...
-Que bom, porque agora precisamos ser fortes mais uma vez. Temos muito trabalho a fazer.
-Eu sei, mas enquanto a senhora estiver aqui,
Hogwarts estará em boas mãos.
-Obrigada Aurora... Pegue o que precisar e saia, não demore muito.
-Sim, senhora.
Ela saiu.
Em uma caixa com feitiço de extensão, coloquei as inúmeras poções que eram nomeadas em ordem alfabética.
Quando estava saindo, desviei de uma gaveta grande que chamou minha atenção.
Coloquei a caixa encima da mesa de centro e fui até a gaveta que parecia amarrotada de papéis.
Abri com cuidado, Snape não iria gostar que eu estivesse mexendo em suas coisas.
Uma vez aberta, pude ver vários pergaminhos com a minha letra. Ele guardara todas as minha cartas, todos os meus trabalhos particulares, todos os resumos e gráficos. Todos desde o meu primeiro ano em Hogwarts.
Peguei na mão a última carta que escrevera a ele, eu falava dos meus avós e de como eu estava com medo.
Levei a carta ao meu peito e chorei.
-Ah professor...- Sorria e chorava ao mesmo tempo.
Levei alguns minutos para me recompor. Olhei em volta apreciando todo aquele lugar, a cor, a decoração, a iluminação e o cheiro.
Guardei a carta e fechei a gaveta.
Passei o indicador por algumas capas de livros como se eu pudesse senti-lo por perto, sentir seu olhar em mim. Suspirei. Será que ele ficaria bem? E se não ficasse? O que eu faria?
Voltei a enfermaria. Montamos um laboratório em um ponto estratégico onde eu conseguia ver Snape.
Estava tudo pronto.
Algumas poções estavam fervendo.
Sai detrás do balcão e fui até o professor ainda desacordado.
Sentei na maca ao seu lado e segurei sua mão, fazendo leves movimentos circulares.
-Desde quando?
Era a voz de Minerva. Enxuguei uma lágrima e a
olhei.
Estava atrás de mim.
-Desde quando o que?
-Desde quando o ama?
Abri a boca para responder, mas Harry apareceu.
-Aurora, podemos conversar?
-Claro...
Olhei mais uma vez para o professor dormindo calmamente.
Passei por Minerva que me olhava com carinho.
-O que foi, Harry?
-Precisamos inocenta-lo.
-Certamente. Você tem alguma ideia?
Sentei na maca ao seu lado e segurei sua mão , fazendo leves movimentos circulares.
-Desde quando?
Era a voz de Minerva. Enxuguei uma lágrima e a olhei.
Estava atrás de mim.
-Desde quando o que?
-Desde quando o ama?
Abri a boca para responder, mas Harry apareceu.
-Aurora, podemos conversar?
-Claro...
Olhei mais uma vez para o professor dormindo calmamente.
Passei por Minerva que me olhava com carinho.
-O que foi, Harry?
-Precisamos inocenta-lo.
-Certamente. Você tem alguma ideia?
-Eu tenho várias!

A melhor aluna de Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora