A melhor aluna de Severus Snape

Hogsmeade, almoço de domindo e Hogsmeade

Caminhava com minhas vestes negras de Professor
Snape pelas carteiras enquanto eles faziam suas poções.
-Vocês terão mais dez minutos.
A maioria não iria conseguir terminar a tempo.
Estranhei porque no meu primeiro ano eu terminara, mas então lembrei que eu e Hermione havíamos sido as únicas.
-Darei um acréscimo de dez minutos, somando vinte minutos a partir de agora.
Pude senti-los aliviados.
Eu nunca poderia imaginar que gostaria tanto de ensinar.
-Diminua o fogo ao mínimo, senhor Edward.
-Muito bem, senhorita Watson! 10 Pontos para a
Sonserina.
A próxima aula seria com Ginna e Luna. Estava preocupada, teria de ser profissional e esperava que elas entendessem.
Felizmente, elas entendiam e respeitavam.
Passaram a aula inteira tentando ser o mais prestativas possíveis, e foi até divertido dar aula na presença delas.
Mas a melhor parte do dia foi quando deu oito da noite e eu ouvi batidas na minha porta.

Semanas depois......
Penteava meus cabelos molhados. Severus estava de pijama deitado na minha cama, lendo um livro.
-Amanhã vamos a Hogsmeade.- Ele revirou os olhos.- Vai ser divertido! Podemos ir ao três vassouras a noite e no domingo fomos convidados a almoçar na toca dos Weasleys e nós vamos, mas no sábado vai ser divertido ir no três vassouras, Minerva também vai, podemos ouvir um pouco de música, vai ser divertido, você vai gostar!
Ele gargalhou.
-Engraçado, eu acho que to tão cansado desses alunos infernais que podia jurar que ouvi você falando que iríamos almoçar com os Weasleys. Que engraçado...
-Que engraçado-Ri nervosa - Eu não disse "com os
Weasleys", eu disse "na toca dos Weasleys "
-Ah...Mas nem morto! -Falou se exaltando enquanto fechava o livro.
-Por favor, amor!
-Não, Aurora. Aí já é demais!
-Amor, uma vez que você come a comida da Senhora Weasley, você pensa em se casar com ela. Essa mulher cozinha muito bem!
-Você tá tentando me convencer pela comida?
-O que mais eu poderia fazer?

-Faz assim, você vai e me trás uma marmita depois.
-Severus. Prince. Snape.
-Eu não vou!
-Severus!
-Eu não vou, Aurora! Minha decisão já está tomada!
Eu não vou, não vou e não vou. Você tem que respeitar a minha decisão. Eu não quero passar uma tarde inteira com o idiota do Ronny Weasley e seus irmãos infernais.
Se você não entendeu na primeira vez, por favor entenda agora de uma vez por todas: Eu não vou!
ーー
Severus Snape
Era domingo, perto do horário de almoço. Eu e
Aurora aparatamos na frente da toca dos Weasleys.
-Pelo amor de Merlin, sorria!-Falou baixo entre os dentes.
-Aurora! Que felicidade ter você aqui!- Molly falou enquanto a abraçava.
-Que felicidade!- Resmunguei sarcasticamente.

-Molly, eu trouxe um amigo.- Vi Aurora piscar para a mais velha enquanto falava "Amigo" . Molly se virou e me encarou com os olhos amáveis

-Severus, é muito bom tê-lo aqui conosco. Não repare, somos todos muito simples, mas nossos almoços são todos muito divertidos.
Aquilo me desarmou. Sorri enquanto apertava sua
mão.
Estava lá por Aurora, claro. Mas ver o cuidado que Molly tinha com todos, me fez sentir uma pontada de inveja, pois eu nunca havia tido aquilo. Mas ao mesmo tempo, o amor dela transbordava tanto que eu me sentia afetado por aquilo, como se eu estivesse em um mundo paralelo onde fosse realmente amado por uma família.
Estando com Aurora, meu futuro era mais promissor, mas nunca conseguiria apagar meu passado.
Agora que a guerra havia terminado e que
Voldemort estava morto, eu pude pela primeira vez aproveitar a presença de Molly e Arthur. Sempre nos encontrávamos nas reuniões da Ordem, mas agora era diferente.
Parecia uma festa, mas na verdade era apenas um almoço de família. Estavam lá o casal Weasley, seus filhos e respectivos cônjuges, Neville e Luna, eu e
Aurora.
Olhava todos conversarem entre si, sorriam e riam um para o outro enquanto passavam as vasilhas de comida de um lado ao outro.
Eu nunca estivera em um lugar onde o clima estivesse tão bom e agradável, eles eram uma definição de família extremamente diferente da que eu conhecia.

Eu nunca estivera em um lugar onde o clima estivesse tão bom e agradável, eles eram uma definição de família extremamente diferente da que eu conhecia.
Pela primeira vez em toda minha vida, me senti confortável na presença de várias pessoas. Eu queria desesperadamente fazer parte daquilo ou de algo parecido.
Olhei para o lado e Aurora conversava com Hermione e Ronny que estavam a sua frente na mesa.
Seus olhos, suas expressões, seu sorriso, ela me levara lá, sabendo o tanto que me faria bem. Ela sabia como me curar, ela sabia o que eu precisava.
Ela me olhou e sorriu ainda mais. Tão linda.
Por baixo da mesa, ela pegou em minha mão e apoiou a cabeça em meu ombro.
Definitivamente, naquele momento, eu senti parte daquilo e mais, eu me senti completamente amado.
Na semana seguinte, estávamos indo a Hogsmeade novamente.
Monitorei o grupo dos meninos pela vila, enquanto
Aurora monitorava o grupo das meninas.

O dia fora estressante. Alguns meninos brigaram, tivemos que sair de onde estávamos pois todos faziam muito barulho. Crianças insolentes e mal-educadas.
Esperava que Aurora estivesse tendo um dia
melhor do que o meu.
No fim da tarde, aquilo tudo estava
• quase
acabando. O monitor chefe da Sonserina cuidaria das crianças enquanto voltavam a Hogwarts com Minerva.
Veria minha amada e alguns outros professores no Três
Vassouras.
Me encontrei com o Monitor e deixei-os cabeças-ocas com ele.
Estava tão animado para encontrar Aurora que sai o mais rápido possível para ir ao local de encontro. Estava com tantas saudades!
Chegando lá, Minerva me esperava com uma expressão séria no rosto.
Aquilo não era nada bom, será que ela havia descoberto tudo?
-Minerva, está tudo bem?
Tive então uma visão mais ampla e vi que o grupo de meninas da Sonserina estava lá com ela.
-Por que elas estão aqui? O monitor está esperando.

-Severus...-Seu tom não era bravo, ela estava preocupada. -As meninas perderam Aurora de vista enquanto estavam na Dedos De Mel.
-Como assim perderam Aurora de vista?-Eu estava ficando assustado.
-A Senhorita Watson a viu saindo da loja com alguém de capa preta e depois ninguém mais a viu.
-Quanto tempo faz isso?
-Três horas.
-TRÊS HORAS?
-Elas só chegaram aqui agora, não acharam que era algo para se preocupar.
Comecei a correr.
-Severus, onde vai?
-Dedos De Mel- Falei e logo senti Minerva atrás de
mim.
Entramos na loja e fomos direto ao balcão.
-Viu uma moça ruiva aqui há umas três horas atrás?- Perguntei sem nenhuma formalidade. 0
atendente parecia confuso.
-Desculpa senhor, mas eu acabei de chegar para o meu turno- falou lentamente.
-QUEM ESTAVA AQUI ANTES DE VOCÊ?

-Calma senhor. O senhor não precisa gritar, os clientes gritam com os funcionários dessa loja como se nós fôssemos lixos.
Minerva me impediu de ir para cima dele.
-Me desculpe, meu jovem. É que estamos em uma situação um pouco delicada. Quem estava trabalhando aqui há três horas atrás?
-Ahh... Era o Pedro!
-Pedro! Certo! E onde está o Pedro?
-Eu acho que ele já foi. Não! Espera!- Ele foi até um corredor atrás do balcão e olhando para dentro gritou-
PEDRO?- Silêncio.- Ô PEDRÔ!
Ouvimos passos.
Um homem um pouco mais velho apareceu.
-Eles querem falar com você!
O homem nos olhou.
-Posso ajudar?
-Pedro, você viu por aqui, mais ou menos três horas atrás, uma moça ruiva com algumas crianças.
-Aquela esquisita?
-Como?- Deixei escapar
-Não, não que ela não seja bonita, mas...
Minerva
• colocou a mão no meu ombro discretamente antes que eu azarasse o atendente

-Mas o que, Meu jovem? - A bruxa falou.
-É que foi estranho, ela pagou por uns doces de abóbora, mas ela não comprou eles e quando eu ia dizer isso, ela saiu da loja com um homem.
-Homem? Que homem?Voce viu o homem?- Eu estava a beira de um colapso mental.
-Ele era alto e vestia uma capa preta, foi tudo o que eu consegui ver.
-Você disse que ela pagou por algo que não comprou?- Perguntou Minerva.
-Sim, ela disse que iria pagar pelos doces de abóbora que havia comido, mas eu a vi chegar e ela não comeu nenhum doce enquanto estava na loja.
-Onde ficam esses doces?- perguntei impaciente
-Ali!- ele apontou com seu dedo fino- na terceira prateleira. Tem vários deles lá.
Corri até a prateleira e mexi em alguns pacotes de doces. Não tinha nada de diferente.
Analisei pacote por pacote dos doces de Abóbora, mas la também não tinha nada. Levantei o primeiro pacote e fiquei tonto.
-Minerva, vem aqui- Falei com a voz trêmula.
Embaixo do pacote de Doces de Abóboras, na fina falsa madeira da prateleira tinha uma palavra riscada, provavelmente feito com a unha. Estava escrito "Carrows"