Ministério

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-Harry?
Eu estava no meio do jardim ainda destruído, procurando por todos os lados.
-Harry Potter?
-O que foi, Aurora? -Perguntou Luna calmamente.
-Luna!- Eu estava histérica -Cadê o Harry?
-No momento, está atrás de você.
-Harry!- Me virei rapidamente- Precisamos agir!
Quando chegamos a frente da entrada para visitantes do Ministério, todos os Weasleys já estavam lá, junto de meus avós, Minerva, Hagrid, todos os funcionários e professores de Hogwarts, Hermione, Aberforth, Cho, McLaggen, Seamus, Luna, Neville e o restante dos alunos. A única que não estava era Madame Pomfrey. Ela havia me prometido que não sairia de perto de Snape nem por decreto.
Entramos de dois em dois pela cabine telefônica e logo estávamos cercados pelas grandes paredes do
Ministério.
Funcionários andavam de um lado para o outro.
Parecíamos em uma excursão. Andávamos juntos e atraiamos os olhares de todos, principalmente Harry.
Chegamos a nova sala de Shacklebolt. Ele estava sério, sentado em sua mesa com pilhas de pergaminhos sobre ela.
-Recebeu nossa carta?
-Recebi-Ele se mexeu na cadeira- Vocês estão prontos?
Nos dirigimos até o andar da sala de julgamento.
Esperamos por duas horas até permitirem nossa entrada.
Todo o ministério estava lá.
Estávamos nervosos e apreensivos.
-Atenção- Shacklebolt se pronunciou pela primeira vez enquanto todos faziam silêncio. - Estamos aqui para discutir o caso de Severus Prince Snape. Seus alunos, colegas de trabalho e amigos estão hoje aqui para depor a favor do professor. Como todos sabem, Severus Prince Snape era um Comensal Da Morte e ele assassinou o Diretor de Hogwarts Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore, na presença de Harry Potter e outros
Comensais incluindo Draco Malfoy.
O Ministro olhou para um canto na platéia, eu segui seu olhar e encontrei um Draco mais pálido e magro.
-Malfoy está aqui-Sussurrou Ronny no meu ouvido.
-O que ele faz aqui?-Era a voz de Hermione.
Não respondi a nenhum dos dois. Eu o havia chamado. Não diretamente, claro. Pedi ao Ministro que o convocasse e como eu suspeitava, ele havia aceitado de bom grado.
-Snape se encontra nesse momento- Continuou o
Ministro- em coma na ala hospitalar da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sendo cuidado pela Madame Pomfrey, a qual me forneceu um testemunho por escrito-ele levantou um pedaço de papel e mostrou a todos- e Aurora Andrews que se encontra presente. -Não conseguia parar meus dedos, estava explodindo de ansiedade.- Ele fora atacado por Naguini, a cobra de Lord Voldemort a mando do mesmo.
Senhoras e senhores, temos várias testemunhas que afirmam que o Professor de Poções e ex diretor de Hogwarts, Severus Snape, seja na verdade inocente e herói de guerra.
Ouviu-se conversas e burburinhos pela grande
sala.
-Silêncio!- todos obedeceram- Vamos chamar
primeiramente
senhor Arthur
Weasley para
testemunhar.
Fora uma longa audiência. Tivemos quatro intervalos e ela durou cerca de sete horas.
Cada testemunha contou suas experiências com Severus Snape e em como viram ele tentar salvá-los e salvar a quem estivesse ao seu alcance, mesmo indiretamente. Os alunos contaram como Severus os mandavam a floresta proibida, os deixando longe das torturas dos irmãos Carrow.
O que sobrara da Ordem da Phoenix, que resumia quase a família Weasley inteira, contou como Dumbledore confiava em Snape, como o diretor era extremamente inteligente e perspicaz, reportaram todas as ações e presença que Snape teve em relação a
Ordem.
Os funcionários relataram como Snape era de confiança de Dumbledore e que um "Agente Duplo" era o único nome possível para referir as ações do professor.
Draco Malfoy por sua vez, revelou toda a pressão que passara com seus pais, havia se tornado um comensal por causa deles e confessou que a tarefa de matar Dumbledore era dele e não de Snape.
Narcissa Malfoy foi trazida algemada, ela esperava em prisão provisória por seu julgamento, ao contrário do marido que já estava em Azkaban.
Na sua vez, ela contou sobre o voto perpétuo.
Explicou que Snape havia matado Dumbledore para proteger a alma de Draco e também provar lealdade ao
Lorde das Trevas.
-Vamos ouvir agora o senhor Harry James Potter.
Harry apertou minha mão e me olhou com um olhar confiante. Sorri fraco.
Harry falou. Ele falou tudo. Até mais do que eu pensava que ele falaria.

Contou sobre o envolvimento de Snape com sua mãe, de como foi maltratado pelos marotos, contando brevemente a mesma coisa que Minerva já havia dito, mesmo assim ele falou. Falou sobra a
• infância do
protessor, de seu arrependimento em se tornar um comensal, de sua promessa a Lily em seu túmulo. Falou sobre todas as memórias que viu e todas as vezes que foi salvo por ele.
Novamente todos emocionados e estavam chocados
-Por último ouviremos Aurora Jones Andrews, uma de suas alunas. Ela o salvou e o manteve em segurança durante a guerra.
Sentei na cadeira de madeira e fiz o juramento.
-Eu sempre soube que ele era inocente. Quando meus amigos ficaram presos na caçada a pedra filosofal, foi Snape quem os socorreu junto de Dumbledore. Snape fez as poções para salvar os alunos petrificados quando a Câmara Secreta se abriu. Snape literalmente pulou em frente de seus alunos para os protegerem de um Lobisomem sem pensar duas vezes. Ele ensinou Oclumencia a Harry Potter quando soube que Voldemort tinha acesso a sua mente. Ele nos protegeu de Dolores Umbridge, escondendo todas as poções de Veritaserum do castelo. Ele matou seu único amigo, Albus Dumbledore, para salvar a alma de um aluno e para proteger a vida de outro. Snape me socorreu -Lágrimas começaram a escorres pelo meu rosto- quando eu estava prestes a morrer depois de ser torturada covardemente pelos irmãos Carrows- Meus avós e amigos ficaram em choque. Apenas Minerva e Ginna sabiam. - Ele sabia que eu estava fazendo poções para amenizar os efeitos dos feitiços Cruciatus e Imperius. Ele tanto sabia que foi o que me deu para salvar a minha vida naquele dia. Snape estava entre os comensais no dia em que Harry se mudou da casa de seus tios para a casa dos Weasleys. Ele me defendeu, se colocou a minha frente e defendeu George, como ele mesmo já explicou -Apontei para o ruivo- naquela noite. Eu devo estar esquecendo de muita coisa, mais a verdade é que nós não estaríamos aqui, livremente se não fosse por ele. Todos vocês, todos nós e toda a comunidade bruxa e trouxa têm um grande débito com Severus Snape. E como se tudo isso não bastasse, Dumbledore deixou para mim um envelope, endereçado a mim, no Livro de Poções de Zygmunt Budge. -Eu abri o envelope e tirei uma carta, essa flutuou e se abriu revelando um selo autenticado de Hogwarts e a assinatura do ex diretor.
-Senhoras e senhores, - O Ministro falou atrás de mim- cada um de vocês está recebendo nesse exato momento uma cópia dessa carta onde Dumbledore confessa que tudo o que Severus Snape fez foi a mando seu e responsabilidade da Ordem Da Phoenix e que seu papel como Agente Duplo foi genialmente e bravamente concluído com sucesso. Nessa carta ele explica ato por ato, nos dando uma visão totalmente diferente da que achávamos que tinha. A corte vai fazer um intervalo e retornamos em trinta minutos.
Saímos mais uma vez da sala. Parecia que aquilo nunca mais ia acabar. Mandara uma carta a Madame Pomfrey e ela havia me respondido que estava tudo bem, sem nenhuma mudança.
Exatamente trinta minutos depois, o Ministro chamou a todos de volta a sala.
Nos sentamos apreensivos.
-Gostaria de agradecer a presença e a paciência de todos. Foi decidido depois desse julgamento que Severus Snape responderá em liberdade até o mesmo ter condições físicas e emocionais para comparecer a essa corte e confirmar cada acontecimento aqui discutido.
Assim como os que aqui testemunharam... Severus Snape será declarado como Herói de Guerra, por causa da visão de seus alunos, professores e amigos.
Considere este caso suspenso até segunda ordem.
Dispensados.
Nos levantamos, estávamos todos emocionados.
Conseguimos!

A melhor aluna de Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora