A melhor aluna de Severus Snape

Condecoração

Chegara o dia da condecoração.
Snape estava ansioso, fazia alguns meses que não via Aurora e com toda a certeza veria a aluna naquele dia.
Nas visitas de Potter, tomara coragem e perguntara sobre a amiga.
Potter sempre muito discreto dizia que ela estava na casa dos avós se recuperando dos traumas da guerra, o que era verdade, mas ele nunca entrava em detalhes.
Snape olhava o próprio reflexo no espelho. Ele odiava cada cicatriz do seu corpo, mas a Marca Negra era a mais enojada por ele.
Se apressou em colocar a roupa para não ver mais seu corpo nu.
Severus se odiava ainda mais pelo que havia feito com Aurora, pensou em um milhão de formas de se desculpar, mas no final ele sempre achava que ela nunca o perdoaria.
Ele havia falado bem menos a Lily e ela não o perdoou.
Se nem ele se permitia uma chance, como esperar que outra pessoa o fizesse?
Vestiu suas roupas habituais, assim que estava fora dos portões de Hogwarts, aparatou até a entrada para visitantes do Ministério.
O evento aconteceria em uma das grandes e bem iluminadas salas que contava com um grande número de cadeiras e um grande palco.
Naquele dia, quem receberia as medalhas seriam ele, Minerva, Potter, Granger, Aurora e Weasley.
O evento se repetiria várias vezes para outras pessoas serem homenageadas também.
Os convidados estavam chegando e Severus
estava impaciente.
Os avós de Aurora já haviam chego, mas nenhum sinal da aluna.
Anthony cumprimentou o professor com um aceno de cabeça sendo correspondido do mesmo jeito.
O Ministro chegou e seus funcionários estavam posicionando as medalhas e os pergaminhos no púlpito.
Garçons com taças de Champanhe e coquetéis
caminhavam pelo local.
Um quarteto de cordas tocava músicas clássicas em volume ambiente.
Vários jornalistas entrevistavam a todos que viam pela frente, Severus estava em um canto sozinho com a cara amarrada para não ser incomodado, mesmo assim havia se esgueirado de quatro jornalistas.
Seu coração deu um pulo ao ver Aurora.
Ela vestia um vestido longo branco e azul-marinho, um colar verde e os cabelos soltos ondulados.
Ela parou assim que o viu. Queria pular em seus braços e dizer o quão feliz estava por ele estar vivo, mas ele não a suportava.
Ela então apenas paralisou e ficou o olhando, tão longe e tão perto. Tão possível e tão impossível.
Sentiu os braços de Fred a enlaçarem.
-Vamos...- Falou perto de sua orelha.
Snape viu Fred tirar a ruiva de seu transe,
quebrando o contato visual.
Eles estavam todos no palco, ouvindo o Ministro contar brevemente o papel de cada um na guerra. Os avós de Aurora estavam emocionados assim como todos os Weasleys.
O próprio Ministro deu a medalha a cada um dos alunos.
-Hermione Granger entregará
professora de sua casa, Minerva McGonagall
a medalha
A aluna assim fez e Snape pode ouvir Hermione
agradecer a professora.
-Chamo a Senhorita Aurora Andrews para entregar a medalha ao professor de sua casa, Severus Snape.
A menina tinha uma expressão surpresa, mas tratou de disfarçar.
Ela se aproximou de Snape. O professor sentiu um arrepio por todo corpo. Ela havia salvo sua vida e estava lá certificando que ele fosse reconhecido por tudo o que fizera de bom.
Uma vez com a medalha no pescoço o professor se perdeu nos olhos verdes de sua aluna. Como ela era linda!
"Me desculpe". Aurora deu um pulo de susto quando ouviu a voz de Severus em sua mente.
Ela corou, sorriu levemente e se afastou.

——-

O evento estava finalmente chegando ao fim.
Todos os jornalistas já tirara as inacabáveis fotos e concluíram suas entrevistas.
Harry e Ron estavam um tanto bêbados. Estava em um canto com Fred.
-Você está bem?
-Estou...-Suspirei
-É por causa dele, não é ?
-Você sabe que sim...
-Senhorita Andrews?- Interrompeu um senhor bem arrumado.
-Sim...
-Prazer, meu nome é Sr Johnson, sou diretor da editora Magic Writing.
-O prazer é todo meu, senhor. Esse é meu amigo
Fred Weasley. Vocês publicam o Profeta Diário, não é?!
-Nós publicamos livros e vários jornais e um deles também é o Profeta Diário... Eu ouvi que o Ministério está interessado em comprar as poções que você inventou durante a guerra.
-Sim, senhor. Estamos negociando com o Ministro.
-Você gostaria de escrever um livro?
-Um livro?
-Sim! Você é uma revelação no ramo de poções, se escrevesse tudo o que fez na guerra e como salvou seus amigos com suas poções, venderia muitos livros! Aqui está o meu cartão, se tiver algum intere...
-Tenho interesse, senhor!