A força tarefa

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Cinco dias havia se passado.
Assim que saí da enfermaria, aparatei no Ministério como combinado. Minerva havia me dado licença.
Harry já esperava por mim lá.
-Vamos!
-Como você está se sentindo, Aurora?
-Não importa. Vamos!
Passamos por vários corredores já conhecidos por
mim.
Alguns ex colegas de trabalho passavam por mim me cumprimentando, mas não obtiveram resposta.
-Aurora, estão te cumprimentando...-Falou Harry andando a minha frente.
-Percebi.
Meu rosto não mudava. Eu estava concentrada.
Concentrada em ter meu homem de volta e acabar com aqueles irmãos.
Entramos em uma sala grande. Ronny estava lá junto com vários outros Aurores.
-Pessoal, como vocês sabem essa é Aurora
Andrews. Aurora, essa é a força tarefa que montamos.
Os melhores Aurores estão nessa sala.
Assenti olhando todos eles.
-O que vamos fazer? -Perguntei

-Espera-Um Auror falou- Ela é uma civil, vocês vão deixar ela participar disso?
Me aproximei dele até quase nossos corpos se tocarem.
-Eu acho que você não ouviu meu nome direito...
Eu lutei contra Voldemort e seus fieis seguidores, pessoas como você, eu comia de café da manhã.
A sala estava em silêncio.
O Ministro entrou dando uma gargalhada.
-Estou vendo que já se enturmaram.- Ele ficou sério novamente-Vamos ao trabalho!
Estenderam um mapa da Europa na grande mesa.
-Eles deixaram rastros...-Falou Harry- Foram vistos em um Pub na Alemanha. Nem sinal de Snape.
-E como sabemos para onde foram?
-Primeiro temos que saber porque foram lá.

Pub Müller, Berlin, Alemanha •

Era um Pub bruxo badalado.
Cheio de bruxos que gostavam de causar problemas. Fumaça de cigarro e copos de bebidas enchiam o local.
Harry havia tirado o óculos, escondido a cicatriz e deixara seu cabelo loiro com um encanto.
Eu vestia um vestido preto decotado, meus cabelos estavam pretos e na altura da orelha.
Chegamos perto do balcão e o barman veio em nossa direção.
-O que posso fazer por vocês?
-Queremos informações.
-Britânicos?!
-Isso, Britânicos!-Falei sem paciência - Precisamos de algumas informações. - Coloquei um saco cheio de dinheiro no balcão - E então? Vai nos ajudar?
Ele apontou com a cabeça para uma porta ao fundo do bar.
Entramos, estávamos em uma pequena e vazia cozinha.
Três seguranças apareceram atrás de nós e apontaram as varinhas.

-Calma- Falou Harry- Não queremos causar nenhuma confusão e nenhum problema para vocês.
Estamos apenas atrás de uma informação.
-Quem são vocês?
-Somos do Ministério da Inglaterra. Vocês não vão querer causar um conflito diplomático.
-O que querem?
Lentamente mostrei a eles uma foto dos Irmãos
Carrows e uma foto do Snape.
-Viu algum deles por aqui?
Com um sinal de cabeça do barman, os seguranças abaixaram as varinhas.
-Esses dois- Apontou para a foto dos irmãos- Eles estão prestando serviços para os outros. Os vi aqui uma semana atrás.
-Que tipo de serviço?
-Assassinato, sequestro, roubo...
-E esse?- Apontei para a foto de Severus- Vocês o viram?
-Não.
-Sabem para onde eles foram?
-Não sabemos.
-Eles vieram aqui encontrar alguém interessado nos serviços deles?

-Felix Fischer, chefe da Mafia alemã.
-Como encontramos ele?
-Vocês não o encontram. Ele encontra vocês!
-Como podemos ser encontrados?
-Aquele menino da ponta do bar, ele é a chave.
Voltamos ao bar. Eu e Harry sentamos ao lado do menino.
-Queremos falar com seu chefe- Harry disse sem o olhar.
O menino riu.
-Não sei do que está falando- Ele disse sem nos olhar.
Fui ao lado dele o deixando entre mim e Harry.
Por baixo do balcão o mostrei um outro saco com dinheiro.
-Chame a merda do seu chefe agora!
Ele se retirou.
Comecei a ficar nervosa.
Depois do que pareceu uma eternidade, o garoto voltou.
Amanhã, onze da manhã no Alter Gasthof.

-Onde é isso?
Ele me olhou, riu e se retirou.
Chamei o barman.
-O que é Alter Gasthof?
Ele levantou a sobrancelha. Bufei e passei a ele alguns galeões.
-É um restaurante trouxa no centro da cidade.
-Obrigada- Falei cinicamente
Mandávamos todas as informações para a base da operação.
•Centro de Berlin•
Chegamos ao restaurante. Estávamos novamente disfarçados.
Lá estava lotado de alemães e turistas de todos os países. O restaurante era grande e sofisticado.
Em uma mesa afastada estava um alemão sentado com roupas chiques e caras e dois seguranças em pé ao seu lado.
-Acho que é ele- Sussurrei para Harry.

-Vamos!
O alemão sentado tinha um sorriso no rosto o que fazia a situação ainda mais estranha e perigosa.
-O que duas crianças como vocês estão querendo?
-Queremos saber como contactar os Irmãos
Carrows.
Ele pareceu surpreso.
-E por que eu ajudaria vocês?
-Por que temos dinheiro.
Ele acenou para um dos homens em pé. Esse se aproximou e eu entreguei a sacola com dinheiro.
-É por recomendação. Posso marcar um encontro.
-Ótimo. Pode ser aqui mesmo.
-Não, minha querida. -Ele riu- Não é você quem decide.

Era fim da tarde e não tivemos nenhuma informação. Andava de um lado pro outro no quarto de hotel.
-Aurora, por Merlin, para quieta.
Ouvimos um barulho. Seguramos as varinhas.
Vinha da porta.
Nos aproximamos lentamente.
Harry ia abrir quando eu estendi a mão e fiz sinal
para ele esperar.
Por baixo da porta, vimos deslizar um pedaço de papel.
noite"
"Lago Müggelsee em Treptow-Köpenick, oito da
Assim que eu peguei o papel, Harry abriu bruscamente a porta mas lá não havia ninguém.
•Lago Müggelsee, Treptow-Köpenick•
O lago estava escuro, ainda não congelara mas estava prestes a congelar.
O único barulho era do vento balançando os galhos secos.
Nos abraçamos e nos escondemos por baixo da capa de invisibilidade, perto de uma das árvores. Os irmãos aparataram quase que na nossa frente.
Harry segurou meu braço para que eu não acabasse com eles.
Ficamos em silêncio por duas horas enquanto eles nos esperavam.
-Eles não vêm-Falou Alecto.-Vamos embora!
-Aquele Felix Fischer nos paga!
E aparataram.
Seguimos seus rastros e aparatamos.
Estávamos no meio do nada. Tudo escuro.
-Onde estamos?-Sussurrei para Harry ainda em baixo da capa.
Ele consultou uma bússola mágica com o logo do
Ministério.
-Firenze, Itália.
-Isso explica o campo aberto.
Mais a frente os vimos entrar em um grande e isolado galpão.
Uma luz acendeu.
Fomos mais perto e olhamos por uma das janelas.
O galpão estava vazio. Não dava para ver muita coisa. A luz apenas iluminava Amycus mexendo em algumas varinhas e ferramentas de tortura.

Demos a volta. O Galpão tinha duas portas, uma na frente e outra nos fundos perto onde Amycus estava.
Havia quatro janelas sujas e opacas de cada lado.
Colado ao chão, havia um túnel de saída de ar. Ele tinha uma, não muito grande, grade que dava acesso ao seu interior.
-Isso só pode dar lá dentro!
-Eu distraio um e você entra lá.
Harry foi até um canto mais isolado enquanto eu tentava abrir a grade do túnel.
Ele conjurou duas garrafas de vidro e quebrou uma na outra. Logo em seguida se escondeu na capa.
-Deixa que eu checo- Falou a irmã e ouvimos seus passos.
Faltava pouco para a grade abrir. Alecto saiu pela porta do fundo assim que eu consegui entrar pela grade.
Soltei o ar dos pulmões e rezei pela segurança de
Harry.
Fui engatinhando o mais silenciosamente possível até o final daquilo. Era sujo e empoeirado.
Finalmente vi uma luz.
Chegando mais perto, vi a grade.

Finalmente tive uma visão do lado de dentro.
Amycus continuava no mesmo lugar, felizmente de costas para a entrada do túnel.
A minha frente, no meio do galpão, Severus estava amarrado, ensanguentado e de olhos fechados.
"Não!" Pensei enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto.
As limpei e me recompus.
Alecto não havia voltado ainda o que significava que Harry havia dado um jeito nela. Aquela desgraçada!
Silenciosamente abri a grade.
Severus acordou e me olhou. Seus olhos se arregalaram.
"Aurora! Cuidado!" Era sua voz em minha cabeça.
Como havia sentido a falta dele.
Sua voz estava fraca e parecia que ele entrava e saía da minha cabeça. Ele estava fraco!
Tirei completamente a grade e apoiei na parede.
Rastejei para sair de onde estava. Uma vez lá dentro, fui andando lentamente até Amycus.
Ele percebeu minha presença se virou

rapidamente.
-Expelliarmus!-O desarmei.
Ele riu.

-Olha só quem veio fazer uma visita. Você se acha muito esperta não é ?! Pensa que vai conseguir me matar? Minha irmã está voltando e ela acabará com esse seu corpinho, sua vadia!
Ele me examinou de cima a baixo.
-Sabe o que é, Amycus... Você mexeu com a vadia errada, seu bosta. Avada Kedavra!

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⏰ Última atualização: Nov 05 ⏰

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