stand by me.

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"There is one thing I could never give you, my heart will never be your home."



Chapter Fifteen – Stand by Me.


Satoru despertou com uma sensação de torpor, como se estivesse emergindo de um sono profundo. Os olhos piscaram lentamente enquanto se ajustavam à luz do ambiente hospitalar. Ao focalizar a visão, notou a figura familiar de Suguru Geto sentada ao seu lado.

— Finalmente decidiu voltar, hein? — brincou Suguru, tentando aliviar a tensão.

Satoru esfregou a testa, tentando dissipar a confusão que ainda pairava sobre sua mente. — O que aconteceu? Onde estou?

— Relaxa, você está no hospital. Levou alguns tiros, mas os médicos garantiram que vai ficar bem. — Geto explicou, mantendo uma expressão séria.

Satoru processou a informação, lembrando-se do ataque repentino na rua. A lembrança trouxe consigo uma onda de desconforto, mas ele manteve a compostura.

— Estou aqui há quanto tempo?

— Quartoze ou quinze horas. Você teve que fazer uma cirurgia de emergência. — Suguru respondeu, observando a reação de Satoru.

O platinado apoiou-se no cotovelo, avaliando seu estado. A dor era uma presença constante, mas ele já estava acostumado com esses desconfortos.

— Onde está a Saori? — indagou, buscando a presença da jovem em seus pensamentos confusos.

Suguru hesitou por um momento antes de responder. — E-ela ainda não sabe.

Satoru sentiu uma ponta de desapontamento cravar-se em seu peito. Ele ansiava pela presença reconfortante de Saori. Ele não sabia se era apenas coisa da sua mente confusa pelo incidente, mas ele podia jurar que ouvira a voz da mais nova enquanto estava ali adormecido. Ou então, apenas havia sonhado com sua presença.

O platinado tentou se recompor, concentrando-se na figura de seu amigo ao seu lado. — Preciso falar com ela, Suguru. Eu não posso... Eu não quero que ela descubra assim. Acha que poderia ajudar a organizar isso?

O moreno assentiu, compreendendo a preocupação de Gojo. — Claro, vou cuidar disso para você. Ela precisa saber, mas podemos encontrar a melhor maneira de contar. Descanse agora.

Enquanto Suguru saía para providenciar a comunicação com Saori, o detetive ficou sozinho com seus pensamentos.

O tempo no hospital se estendeu como uma jornada solitária para Satoru. Ele recordou os momentos compartilhados com sua aluna em sua pequena viagem, as risadas, os olhares intensos e até mesmo a atmosfera leve que parecia pairar sobre eles naquele final de semana especial.

Enquanto a ansiedade crescia, Suguru retornou ao quarto, seu rosto revelando uma expressão séria. — Consegui falar com ela. Ela está a caminho do hospital.

Os olhos de Satoru se iluminaram com uma mistura de emoções. Ele não sabia ao certo o que esperar, mas a simples ideia de vê-la trouxe um alívio temporário. — Obrigado, Suguru. Eu realmente não sei como isso vai...

Antes que pudesse terminar a frase, a porta se abriu suavemente, revelando Saori no limiar. Isso foi mais rápido do que eu esperava. Ela parou, os olhares deles se conectaram, e um silêncio pesado tomou conta do quarto.

Ela estava lá, parada na entrada, com os olhos castanhos densos fixos nos dele. Sua expressão, embora familiar, carregava nuances que não passaram despercebidas. Havia algo mais, algo que escapava de seu controle habitual.

𝕮𝖎𝖌𝖆𝖗𝖗𝖊𝖙𝖊 𝕯𝖆𝖞𝖉𝖗𝖊𝖆𝖒𝖘 • Satoru Gojo.Onde histórias criam vida. Descubra agora