𝕮𝖎𝖌𝖆𝖗𝖗𝖊𝖙𝖊 𝕯𝖆𝖞𝖉𝖗𝖊𝖆𝖒𝖘 • Satoru Gojo.

ready to run.

"This time I'm ready to run, wherever you're is the place I belong."

Chapter Twenty-Six – Ready to Run.

Saori não tinha uma noite de sono tão pacífica há muito tempo. Depois de uma longa sequência de eventos tumultuados, finalmente sentia uma sensação de segurança. Satoru, sempre atencioso e cuidadoso, fez questão de tratar todos os seus ferimentos da melhor maneira possível. Ele limpou e enfaixou cada corte, aplicou pomadas nas contusões, e assegurou-se de que ela estivesse confortável antes de chamar o médico da família Gojo para uma visita.

Apesar da dor persistente que parecia pulsar em cada célula de seu corpo, Saori estava imensamente feliz. Feliz por estar nos braços do homem que amava, por sentir o calor e a força protetora de seu abraço. O perfume familiar de Satoru a envolvia, proporcionando-lhe um conforto que nenhuma outra coisa poderia oferecer. Com a cabeça repousada suavemente em seu peito, podia ouvir o batimento constante do coração dele, uma melodia tranquilizadora que a conduziu a um sono profundo e reparador.

Cada respiração, cada leve movimento dele, era um lembrete silencioso de que ela estava segura e amada. Naquele momento de quietude e proximidade, todos os medos e dores pareceram desvanecer-se, deixando apenas a sensação de paz e gratidão. Saori adormeceu com um sorriso nos lábios, grata por aquele raro momento de tranquilidade e pela presença inabalável de Satoru ao seu lado.

Saori despertou na manhã seguinte com um agradável cheiro de torradas e café fresco invadindo o quarto. O aroma acolhedor a envolveu como um abraço caloroso, tornando a transição do sono para a vigília mais suave e agradável. Por um breve momento, ela se permitiu ficar deitada, os olhos ainda fechados, imaginando que estava em um sonho doce, onde a realidade dura e os problemas recentes não tinham lugar.

No entanto, esse devaneio logo foi interrompido de forma abrupta, mas carinhosa. Itadori, com sua energia contagiante, entrou correndo no quarto e, sem qualquer hesitação, pulou em cima dela com um entusiasmo que só ele possuía. O impacto foi suave, mas suficiente para trazê-la de volta à realidade.

Saori abriu os olhos e riu, vendo o rosto sorridente de Itadori tão próximo do seu. A alegria e a vivacidade do jovem eram inconfundíveis, e naquele momento, ela percebeu que tudo aquilo era real. O calor humano, o riso, o cheiro do café e das torradas – cada detalhe fazia parte de uma vida que ela sempre sonhou e que finalmente, pudera ter.

Enquanto se levantava, com Itadori ainda falando animadamente ao seu lado, sentiu uma onda de gratidão. A dureza dos dias anteriores parecia mais distante, e, cercada pelo amor e pela camaradagem de seus amigos, encontrou forças renovadas para enfrentar qualquer coisa que viesse a seguir.

— Miyazaki-chan, você não tem ideia de como eu senti sua falta! — choramingava o jovem de cabelo rosa, os olhos brilhando de emoção. — Eu não aguentava mais a bad horrível que o Gojo-sensei tava por sua cau—

Antes que pudesse terminar a frase, um pano de prato voou em sua direção, acertando-o em cheio no rosto. Yuji ficou momentaneamente atordoado, piscando em surpresa ao tirar o pano da cara. Da cozinha, Satoru Gojo observava a cena com uma expressão claramente irritada.

— Se não tem nada de útil pra falar, por que não cala a boquinha, Yuji-kun? — disse Satoru, sorrindo de maneira ameaçadora. Seu tom era aparentemente leve, mas carregava uma advertência implícita que fez Yuji engolir em seco. O sorriso de Satoru, embora aparentemente amistoso, era tão cortante quanto uma lâmina.