Ódio ou... Amor?

•Fumiko•

Apenas o som das correntes eram ouvidas naquele quarto vazio e escuro. Eu me debatia contra elas, tentando me soltar de algum jeito.
Eu parei de lutar quando ouvi a risada baixa de Orochimaru, o que me fez respirar fundo para olhar para ele.

Orochimaru- Que tola...

S/n- Não tinha um lugar mais confortável? Com uma cama, talvez?

Eu o olho com raiva nos olhos, em tom sarcástico.

Orochimaru- Eu tenho, mas acho que você não merece.

Ele murmura sorrindo, começando a andar de um lado para o outro na sala.

S/n- O que vai fazer comigo?

Orochimaru- Não me leve a mal, querida. Você não tem nada de mais especial que eu queira, a não ser, minha Bijuu. Se você não a tivesse, não estaria nessa situação.

S/n- Está me culpando? Eu não pedi pra ter essa Bijuu, foram meus pais que a selaram em mim.

Orochimaru- Não, eu não te culpo. Mas não muda o fato de que você a tem. O que eu quero é simples. Eu vou extrair a Bijuu de você e depois, eu te liberto. Ou devo dizer, talvez eu liberte.

S/n- Por quê talvez? Eu não tenho mais nada além da Bijuu, não é?

Orochimaru- Se você for forte o bastante, você sobreviverá à extração. Caso contrário, você morrerá no processo.

S/n- Como é que é?!

Eu falo em um tom exaltado, claramente surpresa e hesitante.

S/n- Você não pode fazer isso! Eu não posso pagar as consequências por algo que eu não tenho culpa!!

Orochimaru- É só um palpite. Tem chances de você sobreviver, mas também tem chances que você não tem.

Porra, aonde eu fui me meter??
Eu deveria definitivamente ter escutado Itachi.

Eu respiro fundo, me segurando para não cair no choro pelo desespero.

S/n- Por favor, não tem outro jeito? Outra... maneira?

Orochimaru parece olhar para mim por um instante, como se estivesse pensando e analisando o turbilhão de sentimentos que passava por mim agora.

Orochimaru- Tem, claro.

Eu me deixo soltar um suspiro de alívio.

Orochimaru- Eu poderia possuir seu corpo. O que acha?

E novamente, minhas respiração prende na garganta. Eu engulo em seco, balançando a cabeça, tentando pensar em uma alternativa para sair daquela situação.

S/n- Não... eu não posso fazer isso. Não posso fazer nada do que está me pedindo. Eu te peço, por favor...

Orochimaru- Deixa eu te explicar algo, queridinha...

Ele fala com a voz baixa, se aproximando de mim, antes de agarrar meu queixo, levantando meu rosto trêmulo para o olhar nos olhos.

Orochimaru- Eu não me importo com o que você pode ou não fazer. Eu não me importo com suas súplicas, eu não me importo com seu medo e desespero, eu não me importo com você. A única coisa que me importa, é recuperar o que é meu. E se for preciso que você morra pra isso, eu vou fazer isso sem pensar duas vezes. Então pare de implorar pela sua vida. Eu nunca tive misericórdia e nunca vou ter de quem pega o que é meu.