Eye For An Eye - Beauany

028

- Josh Beauchamp

Dia seguinte...

— Dá pra calar a porra da boca, Urrea? Minha cabeça vai estourar desse jeito. — Bufo.

Estamos indo ao shopping para almoçar, o que eu não achava necessário, já que havia restaurantes perto da casa da Any. Noah não para de tagarelar a música que passa baixinho no som do carro, Lamar dá risada juntamente de Any e Scott dirige. Any está no banco de trás, sentada no meio, entre eu e Lamar, Noah está no banco do carona.

— Credo, por que tanto mau humor? É nosso último dia aqui, cara. — Noah diz, logo voltando a cantar.

— Ele tem razão. — Any me olha.

— Eu estou com fome e ainda acordei cedo, não tem como ficar de bom humor, principalmente com essa besta achando que é o Justin Bieber cantando.
Digo, passando os dedos ao redor da minha cabeça. Any ri do que eu disse e bate levemente seu ombro no meu.

— Olhe para mim. — A cacheada pede.

Respiro fundo e olho para ela. Any abre um sorriso largo para mim e eu não entendo, mas logo ela passa seus dedos entre meus fios de cabelo, os bagunçando ainda mais.

— Sério isso? — Seguro sua mão. — Não gosto que peguem em meu cabelo, lembra?
O som do carro é aumentado, por mais que estivéssemos conversando baixo.

— Lembro, mas eu não ligo. — Responde.

Any aproxima seu rosto do meu e morde levemente meu queixo, subindo até minha boca, puxando meu lábio inferior. E como um passe de mágica, ela consegue melhorar meu humor. Mas isso não quer dizer que totalmente.

Por um momento esqueço que não estamos sozinhos ali. Mas não ligo.

— Engraçadinha.
Respiro os olhos e ela começa a cantarolar a música junto dos meninos.
— Que ótimo! — Balanço a cabeça negativamente.

Minha atenção fica totalmente na morena ao meu lado, se mexendo no banco e cantando em um tom baixo uma música de um cantor qualquer. É impossível não olhar para ela, é como um feitiço, não consigo olhar para mais nada ou ninguém além dela.

[...]

Finalmente chegamos no bendito desse shopping, não aguentava mais tanto barulho naquele carro.

Any nos levou ao seu restaurante favorito desse shopping, como a mesma disse. Estávamos famintos e não demorou muito para o nosso pedido chegar. Realmente o que me faltava era comida, até me senti mais tranquilo depois de comer.

Hoje mesmo nós voltamos para Los Angeles, não sei como as coisas irão ficar e nem quero pensar muito nisso, só quero aproveitar mais um pouco.

É meio estranho pensar que eu quero aproveitar e ficar com a Any nesse tempo que temos, né? É, é estranho.
Eu não sou disso, de sair para almoçar com garotas ou ficar meio que obcecados por elas. Não sei se gosto dessa minha versão, está claro que não gosto, mas vou deixar ela aqui só por hoje, amanhã tudo acaba. Espero.

— Eu quero uma casquinha. Em Los Angeles não tem dessas.
Any me tira dos meus pensamentos ao me puxar para comprar sua tal casquinha que eu descubro ser sorvete.