Eye For An Eye - Beauany

017

- Josh Beauchamp

Continuação do capítulo anterior...

Eles pararam de andar pelo galpão, pois agora estava um silêncio no lugar. Sabina me olha com um olhar perdido como se quisesse saber o que faríamos e eu realmente não sei. Somos poucos e eles são muitos, mas teríamos que encarar até que os outros chegassem. Respiro fundo e coloco minha arma na cintura, logo me levantando.

— Josh... — Sabina sussurra e balança a cabeça em negação ao me ver levantar.

Saio de trás das caixas e sou seguido por meus homens, assim como Sabina. Várias armas são apontadas para nós. Havia muitos homens ali, muitos mesmo. Quem eu chuto ser o líder da Mexicans estava parado no meio de todos, mais a frente. Seu olhar logo para sob mim.

— Então você é o famoso Kyle, líder da Bloods? Uma das maiores gangues desse lugarzinho? — Ele diz com um sorriso melancólico no rosto. — Não achei que fosse alguém tão novo. — Dá um passo a frente.

— É, é. 'Pra que esse teatro todo? Tenho certeza que não veio aqui para falar sobre a minha fama ou idade. — Digo. Sua risada irônica invade o local.

— Sem pressa, sem pressa. Preciso conhecer o líder da ganguezinha que vou destruir. Aliás, não é só com vocês que vim acabar, tem uma outra gangue em Los Angeles que quero conhecer, a Destroyer.

Meus capangas apontam as armas para eles e o homem em minha se aproxima mais de mim, ficando cara a cara comigo.

— Seria ótimo ter vocês juntos, assim acabaria com isso de uma vez. Mas, soube que o líder da Destroyer é seu inimigo também, né? — Pergunta.

— Acho que você não está muito informado, pelo visto. — Solto uma risada baixa. — O quê? Seus homens não são bons o bastante para pesquisar nossas vidas? — Irônico. Arqueio as sobrancelhas.

Ele fica sério e posso ver sua mão ir de encontro ao seu bolso.

— Bom... Eu estava tentando ser justo e esperar que o restante da sua gangue aparecesse, mas já que estamos aqui, não quero perder tempo. — Ele diz e faz um sinal com a cabeça.

Seu pessoal vem de encontro a nós e rapidamente, saco minha arma. Alguns tiros são em nossa direção, mas conseguimos desviarFico atrás de uma lata e tento atirar dali, derrubando um dos caras. Sinto um braço forte abraçar meu pescoço por trás e acabo deixando minha arma cair pelo impacto. Tento deferir socos no cara atrás de mim, mas era meio impossível. Uma arma é apontada para a minha cabeça e destravada, me fazendo ficar parado. Prendo a respiração ao ouvir um disparo e logo meu corpo ser soltado. Eu não sinto nada. Olho para trás, e vejo a pessoa responsável por me ajudar.

— Achei que precisasse de uma mãozinha. Demoramos? — Ela diz e pisca um dos olhos.

Era a Any. Ela chegou junto do seu pessoal e do meu, trazendo um grande reforço. Não tive tempo de agradecer, pois aparecia cada vez mais homens ali e eu me juntei ao pessoal para ajudá-los.

Por sorte, nossos treinamentos foram muito bons. Estamos em ótima forma e conseguindo dar conta do recado.

— Droga! — Minha arma fica sem munição e logo olho para os lados.

— Pega aí! — Noah joga uma pistola para mim e eu agradeço com um aceno na cabeça.

Procuro pelo tal líder da Mexicans — o qual não sei o nome — e o encontro junto da Sabina. Os dois trocavam tiros sem parar, mas nenhum os atingia. Olho ao redor e vejo vários homens caídos, mas nenhum era o nosso pessoal. Suspiro aliviado porque havíamos conseguido. O único vivo ali era o líder deles.

Eu sentia algo estranho, mesmo que aliviado por termos conseguido, tinha algo diferente em meu corpo. Minha mente está longe, talvez pelos diversos tiros que aconteceu nesse lugar. Me aproximo dos outros e vejo Any assumir o comando em relação ao líder da Mexicans. Ele estava desarmado e contra ao chão, tossindo muito. Provavelmente pelos socos que levou.

— Achou mesmo que podia chegar e levar tudo nosso? Seria fácil demais, não? — Ela sorri.

— Então você... Você é a líder da Destroyer? Nunca achei que seria uma mulher. Muy hermosa. — Ri. Ele responde com dificuldade, talvez pelos golpes que levou.

— Já ouvi muito disso e confesso que cansei. Quanta bobagem em achar que uma mulher não pode assumir isso aqui. — Aponta para o lugar.

Any coloca suas pernas entre o corpo do homem jogado ao chão e com a ponta do salto de sua bota, pressiona contra sua barriga, podendo ouvir um gemido de dor do cara.

— Achei que você colocasse medo em todos, mas pelo visto, só veio do México para cavar a própria cova. — Any diz, sorrindo.

— Espero que saiba o que está fazendo. Todos moriréis (Todos vocês morrerão). Irão vir atrás de vocês... — Ele diz.

Any volta a rir e o pessoal ao redor acha graça também. Ela se abaixa ao seu lado e aproxima sua boca de seu ouvido.

— Eu não tenho medo. — Sussurra — Te vejo no inferno.

A mulher volta a ficar de pé e dispara vários tiros, um atrás do outro na cabeça do cara, espalhando sangue por todo lugar.

— Todos estão bem? — Ela pergunta. Todos vão até a morena para abraça-lá.

Olho para o chão vendo o sangue do cara, mas na verdade, o sangue não vem dele. Vem de mim.

Levo minha mão até minha barriga e vejo a mesma sujar. Minhas pernas ficam fracas, minha visão embasada e eu não consigo mais sustentar o peso do meu corpo, o que me leva a cair no chão.

— Josh? Meu Deus, Josh! Você levou um tiro! — É a voz de Sabina e logo a da Sina que se aproxima de mim.

Depois disso, não escuto muito coisa, apenas murmuros e vozes altas.

— O coloquem no carro, rápido! — Alguém diz —
Vocês, fiquem aqui e cuidem dessa bagunça. Vamos!

Não consigo indentificar essa última voz, não sei de quem é e nem consigo manter meus olhos abertos.

— Tenta ficar acordado, Beauchamp.

Novamente não sei quem falou comigo, mas tento fazer o que foi pedido. Sinto meu corpo ser carregado e logo o som do carro sendo ligado.

É tudo o que escuto.

Continua...

...

Não direi nada, apenas quero saber de vocês:
O que estão achando?

Capítulo pequeno novamente porque estou fazendo a continuação em partes. É isso!

Vejo vocês no próximo ;)