- Any Gabrielly
Cinco anos atrás.
Por que dói tanto? Por que tem que acontecer dessa forma?
As vezes acho que isso é o preço que eu pago pela vida que eu escolhi seguir, por não obedecer meus pais e escolher ficar com um homem que no final de tudo, me fez mal. Ele dizia me amar, então por que fez o que fez comigo? Ele não esperou o meu tempo. Ele abusou de mim. Usou o meu corpo contra a minha vontade. Eu já queria acabar tudo com ele, mas me faltava coragem.
Ele tirou de mim a coisa mais preciosa, que mesmo negando, eu aprendi a amar. Ela era tudo o que eu tinha e ele a tirou de mim, tudo por vingança...
Ele tirou a minha pequena Sophia de mim, a pessoa que trouxe luz para a minha vida novamente.
Eu queria ter me vingado dele naquele momento, mas não consegui. Queria ter matado ele, mas não consegui. Eu escolhi ir embora ao invés disso.
Me sinto uma fraca, uma medrosa por não conseguir vingar a morte da minha filha, mas uma mudança talvez seja a escolha certa para que eu possa voltar mais forte.
Isso não ficaria assim...Hoje em dia.
Que dia maravilhoso, eu já acordei recebendo uma bela notícia. Primeiro que, a Mexicans, gangue super conhecida do México, está vindo para Los Angeles, e adivinha? Querem destruir todo o império das gangues mais conhecidas de Los Angeles e isso incluí a Destroyer. Eu nunca vi o líder da Mexicans, nem sei quem é, mas já ouvi falar dele e sei que ele nunca blefa, o que significa que estamos fodidos.
Não tive tempo nem de respirar direito quando o Noah entrou em minha sala juntamente da Hina, contando sobre sua super idéia para nos prepararmos.- Gabrielly, antes de surtar, me escuta! - Ele diz e eu já me encontro sem paciência, mas assinto para que ele continuasse. - Sabe a Bloods, né? - balanço a cabeça em concordância - Então, você deveria encontrar com o líder deles. É uma oportunidade única, o que mais pode dar errado? A Mexicans não virá atrás somente da gente, sem dúvidas a Bloods está incluída e por que não nos juntarmos? Sei que é loucura, somos rivais, mas...
- Mas nada, Urrea! Você enlouqueceu? - o interrompi, sem deixá-lo concluir sua fala. Essa idéia me deu dor de cabeça só em pensar.
- Não, Any, não enlouqueci. Mas, pensa comigo... - Ele insiste e volta a falar - Ambas gangues com grande conhecimento no mundo juntas por um bem maior, isso seria foda! Caralho, somos fortes, mas com a Bloods séria coisa de outro mundo. Além do mais, tenho quase certeza que eles aceitariam. Podem até hesitar, mas não poderão negar a idéia, é o melhor plano que temos e não temos tempo para pensar em mais nada. - Ele conclui, me deixando pensativa. E se ele estiver certo?
- Além disso, temos o local e plano perfeito para você encontrar com o líder da Bloods, já que ninguém sabe quem é ou nome. - Hina, que estava calada até agora, fala. Olho para ela esperando que ela conclua a ideia.
Hina descobriu uma casinha afastada da cidade, ficava na entrada de Los Angeles e pertencia a Bloods. Como ela descobriu isso? Não faço idéia. O plano era que eu invadisse esse local, já que seria a única forma de chamar a atenção do líder da Bloods e poder colocar o plano da junção das duas gangues em jogo. Nesse momento, eu estava desesperada, com dor de cabeça e aceitando o plano que os dois em minha frente propôs.
Eu não acredito que estou fazendo isso...
...
- Josh Beauchamp
Sete anos atrás.
- Pai, eu não consigo... - eu chorava com o mais velho ao meu lado, pelo simples motivo de estar segurando uma arma para atirar no meu coelho que estava doente, quase morrendo. Segundo o meu pai, seria o certo a fazer para que ele deixasse de sofrer e para que eu aprendesse a ser um homem corajoso.
- Joshua, atire! Pare de ser medroso, é só um animal e já está morrendo. ATIRE! - ele grita, fazendo eu dar um pulo pelo susto e sem querer, disparar a arma pelo impulso do meu corpo com o dedo no gatilho.
A arma cai de minha mão, em seguida, o meu corpo. Caio sentado no chão, olhando para o coelho em minha frente, tendo meu rosto já seco, sem registros de lágrimas. Minha mente parecia estar em pausa, eu não sentia nada naquele momento, apenas procurava por ar, eu queria respirar melhor.
- Você fez o certo, agora levante-se desse chão e suba para o seu quarto. Não sei a quem puxou a ser tão medroso desse jeito, nem mesmo sua mãe era assim como você. - ele saí, me deixando ali. Suas palavras não faziam sentido em minha mente, mas eu sabia que ele havia falo algo.
Ele sempre fala que minha mãe era corajosa, mas não é como eu soubesse muito sobre ela. Meu pai vivia viajando e eu ficava com a babá na maioria do tempo. Ele não se importava, se diz pai para me ensinar a fazer esse tipo de coisa que acabei de fazer, mas, já chega. Eu cansei disso. Cansei de ser o garoto que chora por não ter cuidado ou carinho.
Ron não é um bom pai, ele sempre demonstrou me usar como armamento para me ensinar a fazer coisas erradas. É isso que ele quer? Então ele terá.Hoje em dia.
Caralho, que dia corrido. Todos os dias eu falo isso, mas é porque todos os dias fica mais intenso. Além da carga que chegou hoje, tive que ir até Nova Iorque tratar de algumas cobranças, coisa rápida, mas que me fez perder o resto de paciência que ainda tenho e agora estou jogado em minha poltrona depois de um treino com todo o pessoal. Estava bem relaxado, isso mesmo, estava, porque Krystian e Sabina entraram na minha sala sem bater na porra da porta.
- Kyle, temos uma emergência! - Krystian diz, me fazendo olhar para ele preocupado. Era só o que me faltava depois de um dia desses. Ia falar, mas ele continuou - A casa de vigilância da Bloods que fica na entrada de Los Angeles foi invadida. Perdi todo o acesso as câmeras do lugar, foi algum tipo de programa que desativou e está sendo bloqueado. É uma pessoa especialista e que sabe com o que está mexendo.
Que caralho! - Bufo e bato na mesa - Não faz idéia de quem pode ser? - ele nega com a cabeça - Eu vou lá. - Digo já me levantando e Sabina para em minha frente.
- Assim? Sem preparação alguma e sozinho? - ela arquea a sobrancelha e eu fecho brevemente os olhos. - Ok, não vou mais falar nada. Só toma cuidado, tá? Pode ser algum espertinho querendo chamar sua atenção.
- Não vou sozinho, Hidalgo. Vou levar alguns capangas comigo, mas irei entrar sozinho. Só preciso que vocês fiquem em contato comigo, e você - aponto para Krystian - trate de restaurar as câmeras e vá me dando coordenadas. - ele assente.
Pego minha arma na mesa, munição e coloco em minha cintura, logo saindo do meu escritório acompanhado dos dois. Eu só espero que não seja nada demais, não quero ter que matar mais um hoje.
....
Espero que tenham gostado, vocês nem imaginam o que vem por aí...
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Obrigada e até logo!
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Eye For An Eye - Beauany
FanfictionDuas máfias rivais que terão que se juntar para derrotar uma máfia maior e mais poderosa, tendo que deixar todo o ódio de lado para trabalharem juntos. Será que algo é capaz de quebrar a barreira deixando o amor aquecer esses corações frios? • Any G...