Twenty-Seven

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Olá Fanfickeiras!😊

Esse capitulo volta a ser narrado por Jungkook.

🍓

Em dois anos, muitas coisas podem acontecer na vida de uma pessoa. Você pode ganhar na loteria, conhecer seu verdadeiro amor, ou até mesmo ser atropelado por um ônibus. Em minha vida não foi diferente, muitas coisas aconteceram no período de quase dois anos. Para mim não foi fácil deixar tudo para trás assim tão de repente, minha família, Jimin, Yejun e ter de ir embora carregando apenas uma mochila, alguns Wons no bolso e um coração cheio de magoas.

Em meio a toda essa confusão, Hoseok foi meu porto seguro, o amigo que me estendeu a mão quando meu mundo desmoronou. Durante duas semanas, eu chorei por todas as noites sempre que minha mãe me ligava e me pedia para voltar, mas eu não podia encarar meu pai, não quando eu quase o matei.

E quando recebi a ligação de Jimin pouco tempo depois de ir embora, eu só quis abraçá-lo, desmoronar sobre seu peito e deixar que seus carinhos me reconfortassem. Mas não lhe era justo, não depois de já não compartilharmos uma relação amorosa. Então me mantive firme, assim como fingi me manter durante dois meses vivendo com Hoseok.

Não queria que ele me visse fraquejar, não queria que meus problemas o afetassem.

Depois de três meses morando com Hobe, eu finalmente decidi que era hora de me levantar, varrer todas aquelas magoas para debaixo do tapete e recomeçar uma nova vida.

Assinei o contrato com a produtora de Namjoon-Ssi e mudei para um pequeno apartamento próximo a empresa. Passei quase dois anos trabalhando duro para voltando a compondo, gravando, ensaiando e finalmente conseguir lançar meu álbum e debutar pela RKive.

Finalmente minha teoria do caos havia se findado e só então eu poderia fechar aquele outro ano com boas notícias. De todos os telefonemas que recebi me parabenizando pelas músicas lançadas, somente um me fez desmoronar. Eu uma noite de sábado, dois meses após minha estreia, eu recebi a ligação de minha mãe, mas ao ouvir um grande silêncio quando atendi sua chamada, percebi que algo estava errado. Logo depois a voz tremula de meu pai emanou.

— Me perdoe filho. — Pediu baixo.

Quando se está em uma luta corporal e lhe dão um soco no estômago, o ar em seus pulmões é expulsado de forma grotesca, lhe causando uma tontura. Esta sensação foi a mesma que me atingiu quando eu ouvi as palavras de pai. Minhas pernas vacilaram e eu fui obrigado a sentar no chão de minha casa.

— Appa ... — Suspirei aliviado.

— Eu sinto muito filho. Sinto por ter dito aquelas coisas ruins para você. Sinto por ter magoado você, filho. — Seus soluços ecoavam alto através da ligação. — Eu só queria que você fosse feliz filho e fui eu quem lhe impediu isto. Me perdoe, me perdoe por ter falhado com meu papel de pai.

Minhas mãos tremeram e eu desliguei rapidamente a chamada. Talvez eu realmente estivesse ficando louco, mas eu não podia evitar, não sou capaz de contar quantas vezes sonhei com aquela ligação de meu pai, quantas vezes me perguntei se um dia ele me perdoaria, e agora estou aqui, sentado em um taxi pedindo para o motorista dirigir o mais rápido possível até a casa de meus pais no meio da noite.

— O que eu estou fazendo, eu desliguei o celular na cara de meu pai, e se ele

estiver infartando nesse exato momento?

— Está falando comigo filho? — O taxista me Perguntou.

— Óh não senhor!! Me perdoe, estava pensando alto demais.

— Você me parece nervoso filho.

— E estou. Eu estou voltando para casa depois de quase dois anos senhor! — Ele estacionou o carro em frente a minha casa.

Deixa eu cuidar de você, hyung.Onde histórias criam vida. Descubra agora