Feliz Aniversário, Diego..

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Eu já estava ficando cansado de tanto gritar para o Amaury me tirar daqui. Eu realmente fiquei sem entender oque estava acontecendo.

D- Mauryzinho, me tira daqui, vai.. eu tô ficando sufocado já.

Peço manhoso.

D- Seja lá oque você esteja fazendo, eu vou colaborar com você. Só me tira daqui, por favor.

POV Amaury

O meu coração estava partido em fazer isso com o Diego. Coitado, deve estar achando que é alguma coisa ruim.

Ouço meu celular tocar em meu bolso. Pego vendo que é o tio Ademir me ligando.

📱A- Oi tio.
D- ADEMIR, SOCORRO!

Ouço a risada do meu tio no outro lado da ligação, me fazendo rir também. Esse Diego é uma graça até quando não quer.

📱Ad- Solta esse coitado, pelo amor de Deus.
📱A- Já podemos ir?
📱Ad- Sim. Já está tudo pronto!
📱A- Ainda bem! Jaja estaremos aí.
📱Ad- Estamos esperando.

Agora vinha a parte mais difícil, que é óbvio, que ia sobrar para mim; Soltar o Diego.

Desliguei a ligação com o Tio Ademir, e quando fui colocar o celular no bolso, me bateu um desespero ao não sentir a chave que eu tenho certeza que eu deixei aqui.

A- Aí, meu Deus! Não, não não não não.
A- Eu não acredito! Eu tenho certeza que eu deixei essa chave aqui no meu bolso.

D- Amaury, o que aconteceu?
Ouço o Diego perguntar.
A- Calma aí Diego, agora não!
D- Ah, ótimo! Eu que tô preso aqui e você quem fica com raiva. Perfeito! O meu dia tá perfeito.

Na cozinha, olho por cima das coisas e pelo chão. Procuro no balcão, e nada. Sinto minha respiração tranquilizar quando vejo a chave em cima de uma das mesas.

A- Deus é bom demais.

Pego aliviado, e vou até a porta do banheiro.

A- Diego?
D- Fala Amaury, fala.

Abro a porta do banheiro devagar e vejo ele quietinho encostado na parede. Meu quase medo sumiu e foi substituído por um coração apertado com tamanha fofura. Foi impossível não sorrir ao ver o Diego bicudinho, visivelmente cansado e estressado.

A- Di, pode sair.

Com raiva, ele olhou e se aproximou de mim.
D- Eu nunca mais na minha vida confio em ti.
Diego me empurrou e passou pela porta. Eu sorri.

A- Foi por um motivo, ruivinho marrento.
Respondo baixinho ao ver ele sair da lanchonete todo emburrado.

A- Cacete, eu tenho que ir junto!

Pego as minhas coisas rápido, apago todas as luzes, tranco tudo e saio correndo tentando acompanhar o Diego. No caminho de casa, eu liguei pra avisar que já estávamos chegando.

Quando consegui acompanhar o Diego, seguimos juntos e calados. Ele não estava de bom humor pra falar comigo e eu não queria forçar um diálogo com ele antes dele entender meus motivos. Deixa que com ele eu me entendo depois.

Narração.

F- Olha! Lá estão eles!
T- Estão chegando!

Flor e Thatiana anunciam ao ver os dois pela janela. Apagaram as luzes e foram cada um para os seus devidos lugares.

Era a hora da surpresa.

Ao escutarem os dois passando pelo portão, ficaram em completo silêncio. Amaury abre a porta vendo o semblante confuso do Diego.

D- Por que tá tudo escu...

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