Quando eu me vi na situação cheio de farinha de trigo, com o Diego todo sujo em baixo de mim, com o sofá e o tapete caro da Flor coberto de branco, eu não sabia que eu ria ou se eu chorava, mas foi só olhar pra cara do Diego que eu decidi. Começamos a rir alto, mas de nervoso.
D- Cara, a Flor vai matar a gente.
Ele diz me tirando de cima dele.A- Será que dá pra limpar antes dela chegar?
Ele levanta também.
D- Você duvida? Olha ao seu redor.
A casa estava coberta de farinha de trigo por todos os lados. Eu olhei para a cara do Diego preocupado, e ri mais ainda.D- Por que não fugimos de casa?
A- Olha oque fizemos.. Aliás, você né?
D- Eu? Você quem começou a gritar comigo.
A- Não vamos discutir quem tá certo e quem tá errado agora, né?
D- Até porque você está errado.Ele me responde passando a mão por todo o corpo sujo dele. Olhei aquela cena e sorri.
A- Até que cê tá uma delicinha assim.. Se jogar açúcar e leite em você eu te como todinho.
Diego, calado, me julgou com o olhar.
D- Sério, como eu me apaixonei por você?
A- Me listou dezenas de qualidades hoje mais cedo, já esqueceu? Se quiser eu te lembro.
D- Não é necessário.Começou a caminhar até a cozinha, deixando farinha por onde passava. Fui atrás.
A- Era uma vez, um bolo..
D- Eu disse que ia dar errado.
A- Se não fosse as suas palhaçadas, né?
D- Não foi palhaçada, eu avisei que não sabia cozinhar.
A- Não vamos começar com essa discussão de novo. Vamos colocar esse bolo no forno e limpar essa bagunça logo.
D- Você ainda tem esperança de salvar esse bolo? Pelo amor de Deus! Olha como isso tá feio.
A- Nem tudo que é feio é ruim.
D- Misericórdia.
A- Me ajuda aqui, vai.Tirei o excesso de farinha da forma, coloquei a massa e levei ao forno. Enquanto isso, Diego foi lavando as coisas que tínhamos sujado e eu fui tentando limpar a casa com um pano molhado. Depois de alguns minutos, terminamos. Até que deu certo.
A- Até que enfim, terminamos!
Nos jogamos no sofá, cansados.
D- Terminamos o que? Ainda tem o recheio.Nos olhamos aflitos. Pra que eu fui inventar de fazer esse bolo?
POV Diego
Depois de todo o tempo que demoramos para limparmos essa casa, Amaury e eu ainda inventamos de fazer recheio pra um bolo que nem sabíamos se ia prestar. E aqui estamos nós, na cozinha, outra vez.
A- Vamos tentar não sujar nada dessas vez.
D- Tá bom, vamos fazer tudo certinho agora.
A- Ok! Prefere fazer chocolate normal ou derreter em barra?
D- Em barra é mais prático né?
A- É.. então vamos fazer esse mesmo.
D- Tá, e como faz?
A- Só corta que eu coloco pra derreter.
D- Pega aí!Amaury foi até o armário que estava a barra de chocolate. Para pega-la, inclinou o corpo empinando a bunda em minha direção, e que bela bunda o Amaury tinha.
D- Gostoso..
Ele levanta com o chocolate na mão e me olha.
A- O que disse?
D- Você é um tremendo gostoso! Homão da porra, sabe? Aí, é tão bom poder falar isso pra você depois de tantos dias só pensando. Caraca, você é perfeito! Tem algum defeito?Pela primeira vez, eu vi ele sorrir tímido.
A- Eu tenho vários defeitos, como todo mundo.
D- Eu não consigo achar um. Sério! Eu conheci gente pra caralho, Amaury, mas em toda a minha vida eu nunca conheci alguém como você. Você é leve, sabe? De energia, de tudo. É tão bom ficar ao seu lado.
A- Eu amo ficar com você.
D- Espero que seja pra sempre.
A- Se Deus permitir, vai ser, pra sempre.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sem Prada, Sem Nada!
Fiksi PenggemarApós perder temporariamente a herança bilionária do pai, que é dono de uma das maiores marcas do mundo, a Prada, Diego é obrigado a voltar para o Brasil por um ano, para fazer oque nunca fez na vida: Trabalhar. Condição que o pai, Mario Prada, deu a...