Tempos Modernos

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Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade, pra dizer mais Sim do que Não

Hoje o tempo voa amor

Escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir
Que não há tempo que volte, amor

A- VAMOS VIVER TUDO OQUE HÁ PRA VIVER
D- VAMOS NOS PERMITIR

Dizem, por aí, que quando a bebida em excesso entra, o seu verdadeiro Eu costuma aparecer.

No meio de uma festa, com incontáveis pessoas, a verdade era uma só : Ninguém estava sóbrio, mas todos estavam em uma energia só. Loucura.

- HOJE O TEMPO VOA AMOR

Sintonizados, Diego e Amaury cantavam um para o outro. Pulando juntos, bebendo, dançando, sorrindo.

Se divertiam no meio daquela multidão, como se estivessem longe de casa, no meio de desconhecidos, apenas eles, um com o outro, um pelo outro.

- HOJE O TEMPO VOA AMOR

Pra lá de quatro da manhã, os dois terminaram de esvaziar a quarta garrafa de vodka de sabor juntos. Amaury notou que Diego estava com o olhar baixo. Se o ruivo já sorria atoa normalmente, bêbado então..

A- Meu amor, você está bem? - Diego o olhou com uma cara de quem não tinha entendido nada, e nem era possível já que o som estava até mais alto do que o permitido. O mais velho se aproximou, fazendo a mesma pergunta, agora no ouvido do ruivo - Diego, você está bem? Seus olhos estão pequenos.

D- Sim, você é um gostoso amor. - Respondeu a primeira coisa que veio em sua cabeça, já que novamente, não entendeu a pergunta.

A- O que tem a ver, Di? - Sem uma resposta, Amaury foi puxado para mais perto quando Diego encostou suas bocas e iniciou um beijo apressado.

O preto também estava mais pra lá do que pra cá, mas quando percebeu que seu noivo estava pior do que ele, começou a ver as coisas com mais clareza.

A- Anjo, vou ir pegar água pra você.
D- Não quero água, quero outra garrafa de vodka.
A- Água, Diego.
D- Não pode misturar água com álcool, maluco.
A- Bebe só a água, ué.
D- Eu não, bebe você.

Ameaçou sair e deixar Amaury para trás.
A- Fica aqui vai, eu pego pra você.
D- Eu vou ir pegar uma garrafa.
A- Eu pego pra você, fica aqui, cê tá cambaleando.

Diego sorriu parado, e Amaury saiu, indo pegar a vodka para o menor. No caminho para o bar, viu de tudo mais caótico que poderia ver nessa festa. Até o tal do Túlio, que poucas horas atrás era apenas um empresário engomado e engravatado, rebolando todo errado com uma calça apertada, ao som de Anitta.

- Drip Drip' and make it wet 
Last time, i left you hangin'
I know you can't forget

A- Oh, my god! Don't think too hard about it! (Não pense muito sobre isso) - Sorria com a música, voltando para o Diego com sua garrafa na mão.

A- Ué, cadê o Diego? - Perguntou para o Bruno que estava com eles a festa inteira.

B- Serve aquele? - Apontou para o palco. Amaury custou a acreditar quando viu Diego e Larissa dançando uma coreografia um tanto estranha juntos.

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