Dia seguinte, de manhã, 7:59
A- Aí meu Deus!
Reclamo baixinho virando pela milésima vez. Essa noite eu dormi péssimo e pelo visto, não foi só eu. Diego passou o noite tossindo.
A- Diego, tá tudo bem?
Pergunto virando pra ele. Nem precisava de uma resposta, vi na cara dele que não estava, mas mesmo assim, ele respondeu, balançando a cabeça negativamente.A- Oh meu Deus.. o que foi?
Pergunto preocupado, saindo da minha cama e ainda até a dele, sentando ao seu lado. Quando tentou me responder foi interrompido pela tosse outra vez.A- Calma, não se esforça. Tá gripado?
D- Não.. Só a minha garganta está doendo.
A- Cê já tomou algum remédio?
D- Eu não tomo remédio.
A- Como não?
D- Ué, só não tomo.
A- Tipo, nunca?
Ele afirma que não, balançando a cabeça. Percebi que ele estava soando mesmo não estando calor lá fora. Encostei minha mão na testa e no pescoço dele e senti sua pele quente.A- Eu acho que você está com febre.
D- Não estou não.
A- Está sim, Di! Ô, já que você não toma remédio, eu vou fazer um chá pra você, tá bom? Acredito que pelo menos a tosse e a dor na garganta passe um pouco.
D- Maury não precisa.
A- Fica aqui quietinho que eu já volto.Acaricio a mão dele rapidamente e me afasto saindo do quarto. Desci para a cozinha e estranhei o Ademir já estar lá.
Ad- Bom dia Amaury.
A- Bon dia Tio, o que faz acordado essa hora?
Ad- Já se passaram das sete..
A- Sério? Nossa! Eu nem vi no celular.
Ad- E você? Sempre acorda atrasado quando é para trabalhar, e hoje que eu te dei folga você acordou mais cedo. Não entendi.
A- É, eu poderia estar dormindo, mas o seu afilhado não deixou muito não.
Ad- Medo de perguntar o por quê.
A- Não é nada disso. O Di tá lá em cima, com febre. Passou a noite toda tossindo sem parar.
Ad- Ih meu Deus, ele gripou foi?
A- Diz ele que não. Que é só uma dor de garganta. Mas ô, acho que não é gripe mesmo não, ele tá com uma tosse bem seca.
Ad- Deixa eu ir lá ver ele.
A- Vai, vai lá que eu vou fazer um chá pra ele.
Ad- Ótimo!
POV DiegoEu não aguentava mais tossir. Não dormi nada de noite, fiquei mal literalmente do nada. Pela madrugada, ainda fiquei tentando não tossir tanto pra não incomodar o Amaury, oque não adiantou nada já que eu incomodei e ainda ganhei uma terrível dor de garganta.
Quando ele acordou, disse que eu estava com febre e gentilmente se ofereceu para fazer um chá pra mim. Achei tão fofo o cuidado comigo, que quando ele saiu do quarto, eu sorri.
Enquanto ele não voltava com o meu chá, eu continuei sentado na cama coberto dos pés ao pescoço. Ouvi passos vindo do corredor, achei que fosse o Amaury, mas não era não.
Ad- Oi.. eu posso entrar?
Ademir pergunta pela pouca abertura da porta
D- Claro, a casa é sua.Ad-Amaury me disse que estava mal, oque foi?
D- É só uma tosse e uma dor de garganta.
Ad- Não parece muito bem.
D- Mas vou fi-car.
Comecei a tossir na última palavra e só parei quando ele se aproximou, encostando no meu pescoço.
Ad- Tá com febre mesmo, Diego.
D- Mais que mania vocês tem de descobrir que a pessoa tá doente encostando nela. Já ouviram falar em termômetro?
Ad- Você tem que ir no médico.
D- Mas de jeito nenhum!
Ad- Diego!
D- Ademir, eu vou ficar bem!
Ad- Tem certeza?
D- O vasinho ruim não vai quebrar.
Ad- Não fala assim.
D- Se eu não melhorar, eu vou, okay?
Ad- Ok! Eu vou pra lanchonete mas Diego, qualquer coisa, se sentir que está piorando, não deixa de me ligar. Entendeu?
D- Entendi padrinho, pode deixar.
Ad- Amo quando me chama de padrinho.
D- Esse escapou.
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Sem Prada, Sem Nada!
FanfictionApós perder temporariamente a herança bilionária do pai, que é dono de uma das maiores marcas do mundo, a Prada, Diego é obrigado a voltar para o Brasil por um ano, para fazer oque nunca fez na vida: Trabalhar. Condição que o pai, Mario Prada, deu a...