Mallory
Estava andando numa velocidade muito elevada porque estava atrasada.
Não sei porquê mas meu alarme não tocou, ou se tocou eu não ouvi.
Tive que fazer tudo as pressas e com isso veio mini acidentes.
Como por exemplo escorregar e cair da banheira, me cortar com a faca, bater o mindinho do pé e o pior de todos foi o elevador não estar a funcionar, ou seja, tive que descer quatorze andares.
Então estou andando nessa velocidade para não me atrasar mais. E espero não ser parada por polícias.
Depois de alguns minutos cheguei e fui deixar o carro no estacionamento.
Entrei e queria ir direto para minha sala e sentar-me um pouco mas acho que isso não será possível pela maneira que Marcos vem até mim.
—Você está atrasada.
—Se você não falasse eu nem perceberia.— eu disse e ele revirou os olhos.
—Tens um paciente, melhor dizendo, uma mulher em trabalho de parto.
—E vocês ficaram a minha espera para isso?
—Não né, já tem outras médicas ajudando mas precisamos de mais e você é a única disponível.
—Vocês precisam organizar melhor isso, já pensou se eu tivesse doente ou partido uma perna?
—Mas não aconteceu nenhum dos dois então vamos.
—Eu preciso de minha bata.— eu disse percebendo que não estava com ela.
—Não temos tempo, e tem outra bata na sala de parto.— eu revirei os olhos e fomos para a sala de parto.
(...)
—Senhora eu preciso que faça mais força.
—Eu estou tentando.— ela disse ofegante e cansada.
Já estamos aqui a uns dez minutos e nada dessa criança nascer.
—Será que devemos fazer cesárea?— uma médica que estava ajudando perguntou.
—Boa ideia, preparem tudo o que é preciso faremos o parto cesárea.— eu disse e as outras começaram a mexer-se.
Dei um sedativo a ela e comecei a trabalhar.
(...)
Eu estava concentrada cortando a pele e as camadas porque um mínimo erro e já era.
Já estava cortando a quinta camada quando tive acesso ao útero. Realizei a incisão e consegui retirar o bebé.
Fiquei preocupada quando não ouvi nenhum barulho, nem um choro sequer. Olhei para as outras e elas também me olharam e se entre-olharam.
Mas a preocupação se afastou quando o bebé começou a chorar e um sorriso nasceu no meu rosto por debaixo da máscara.
—Levem-no até o berçário, dêm um banho nele e coloquei-o na incubadora.— entreguei o bebé a duas delas, elas assentiram e foram.
Assim que o bebé foi retirado, retirei a placenta e fiz uma sutura em cada camada aberta.
Gostaria de dar a boa notícia a mãe mas ainda dormia por causa do sedativo.
—Levem a paciente para um outro quarto e dexei-na descansar.— eu disse e elas assentiram.
Ainda bem que essa cirurgia correu bem, eu estou exausta.
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Paixão Obscura
FanfictionMallory uma mulher de 20 anos que tem sua vida virada do avesso assim que começou a receber mensagens de um desconhecido. Quem é ele? Como encontrou ela? O que ele quer?Nada e ninguém sabe. ⚠️Aviso isto é um dark romance⚠️ NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES, HIS...