Semanas depois
Estava sentada na janela do meu quarto observando o sol brilhante nascer e me recordei dos momentos em que estive junto dele. Meu coração bateu em ritmo acelerado quando lembrei de suas feições, seu rosto suave, seus cabelos loiros, seus olhos azuis como o céu, jurava poder sentir sua presença aqui.
A brisa da manhã tocou minha pele e me recordei de todas as suas idiotices que no fundo, bem no fundo mesmo, eu amava.
Devo admitir, acho que estou com saudades.
Depois so sol estar 100% no céu, saí da janela e fui ao banheiro lavar os dentes e o rosto.
Terminado, fui rastejando os pés até a cozinha para o pequeno almoço.
Esses dias estão passando tão lentos, ainda estamos na segunda semana. Desse jeito Kendall só volta ano que vem.
(...)
—E chegamos ao fim.— ouvi a voz da TV dizer e soltei um suspiro pela sessão de ioga ter terminado.
Passei as últimas horas na sala de academia e também fazendo ioga.
Tem sido a minha rotina e ajuda-me a relaxar ser precisar de muito esforço.
Levantei-me levando o tapete comigo e guardando-o no fundo do quarto quando vi a caixa que deixei a uns meses atrás, quando fui demitida.
Como será que estão as coisas no hospital? Como Marcos está?
São perguntas que para eu saber a resposta, terei que quebrar um braço ou estar muito doente, ou simplesmente poderia ir lá, um dia.
Fui para a cozinha para comer qualquer coisa e peguei a maçã que estava na cesta da fruta, lavei-a e enquanto me dirigia a sala ouvi meu celular tocar e tirei-o do bolso da calça, franzido o cenho por ver um número desconhecido mas decidi atender, talvez fosse algo importante.
—Alô?— perguntei mas apenas ouvia uma respiração pesada do outro lado da linha.—Alô? Quem é?— nada, a respiração ficava cada vez mais pesada e meus ossos tremiam de medo. —Olha se não falar nada, eu irei desligar.— avisei mas o silêncio, tirando a respiração pesada que começava a soar a um rosnado, pairava no ar e desliguei.
Que porra?
Sentei-me no sofá ligando a TV e meu celular voltou a tocar, sendo o número desconhecido outra vez.
—Se você não parar eu irei chamar a polícia!— atendi ameaçado mas uma risada robótica preencheu o ar e meus ossos tremeram.
Quando não se ouviu nada a não ser sua risada assustadora, desliguei e larguei o celular na mesinha a minha frente.
É óbvio que essa não é sua voz original, ele ou ela modificou-a para não ser reconhecido.
Eu preciso informar ao Kendall, aí aproveito e informo sobre o ocorrido da carta.
Peguei meu celular procurando seu número nos contactos e quando o encontrei, cliquei o número começando a chamar.
É pouco provável que ele atenda por conta do fuso horário, mas não custa nada tentar a sorte.
—Alô?— meu corpo arrepiou apenas por ouvir sua voz do outro lado da linha e por um segundo me esqueci do motivo de ter ligado.
—Kendall? Eu preciso falar com você.
—Monstrinha? É muito importante? Eu estou um pouco ocupado agora.— estava prestes a responder quando ouvi uma voz feminina no fundo e foi quando minha ficha caiu.
Ah, essa é a ocupação
—Mas eu posso te ligar mais tarde e...— encerrei a chamada antes dele terminar de falar e joguei meu celular ao lado de mim, no sofá, e foi muita sorte ele não ter quebrado.
O que se passa comigo? Por que que eu estou tão...chateada? Nós não temos nada, não há motivos para eu estar zangada.
Quer saber? Foda-se!
Ele tem direito de ficar com quem lhe der na teia, afinal ele não tem dona ou esposa, é livre para fazer o que bem entender.
Eu só não queria estar com... ciúmes disso tudo.
(...)
Meus socos no saco de box estavam mais fortes do que normalmente são.
Queria descarregar essa sensação em alguma coisa e aqui está o alvo.
Queria não me sentir assim, nem há motivos para tal.
Mas infelizmente estou, infelizmente estou com esse sentimento que não vai embora de jeito nenhum e não sei o que fazer para tirá-lo de dentro de mim. Não sei o que fazer para expulsá-lo.
Dei um último soco ainda mais forte e me desiquilibrei caindo no chão, fazendo com que eu ficasse ainda mais irritada.
—Que porra!!— rosnei de raiva e me levantei saindo dalí a passos largos e indo para meu quarto.
Eu preciso de um banho, talvez isso me relaxe.
Entrei no banheiro, deixando cair a roupa aos meus pés e entrando de baixo do chuveiro, sentindo meu corpo relaxar pela água morna que caía sobre mim.
Preferia que o número desconhecido me ligasse ao sentir esse sentimento.
Depois do banho tomado, fui para a cozinha jantar porque já estava na hora.
—Ah! Senhorita Mallory.— Angela, uma das funcionárias, se aproximou assim que me sentei.
—Sim?
—Biondo me pediu para me certificar de que a senhorita ainda aqui estava.
—Por que?
—Ele disse que o senhor Kendall ligou para eles para perguntar se estava tudo bem porque ele não conseguia falar contigo.
—Ah! Está tudo bem sim, apenas fiquei sem bateria.— menti.
—Que bom, vou informar a eles.— falou se retirando e eu voltei minha atenção para a mesa.
Eu tinha deixado meu celular no silencioso, porque sabia que em algum momento ele ligaria mas eu não queria e nem quero atendê-lo.
O número desconhecido não voltou a ligar e eu agradeci por isso.
É um problema a menos
(...)
Ajudei Angela a tirar a louça e ela se encarregou de lavar e eu fui para o meu quarto, deitei-me na cama buscando o sono quando meu celular começou a tocar e eu tirei-o da mesinha de cabeceira olhando para a tela do celular.
Kendall, como eu já imaginava.
Desliguei e coloquei o celular no silencioso outra vez e já estava sentindo meus olhos pesarem de sono.
Ele que fique com a sua ocupação e me deixe em paz
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Eita que o clima pesou hein👀😬
Hoje é só um capítulo porque o 36 ainda não está pronto😔
Quem era o número desconhecido que ligou para a Mallory?👀
Kekel kekel, o que você aprontou hein?
Até ao próximo capítulo
Obrigada pelos 918 votos, amo vocês 💗❤️
Beijos na bunda 💋
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Paixão Obscura
FanfictionMallory uma mulher de 20 anos que tem sua vida virada do avesso assim que começou a receber mensagens de um desconhecido. Quem é ele? Como encontrou ela? O que ele quer?Nada e ninguém sabe. ⚠️Aviso isto é um dark romance⚠️ NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES, HIS...