Cap 26

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Estava na sala assistindo a algum programa enquanto tomava sorvete.

Quando acordei hoje de manhã não encontrei Kendall mas não me dei ao trabalho de procurá-lo porque sei que ele saiu cedo.

Eu sabia que ele tinha voltado ontem porque enquanto eu dormia, mas estava 10% acordada , ele entrou no meu quarto, falou que já tinha voltado, me deu um beijo na bochecha e saiu.

—Vai ficar o dia todo nesse sofá?— me virei e vi Kendall se aproximando de mim e beijando minha testa.

—Fazendo isso fica parecendo que somos um casal.

—Não somos porque você não quer mas se dependesse de mim...— o encarei com os olhos semicerrados.—Não respondeu minha pergunta.— falou mudando de assunto.

—Parece que sim, não tenho nada para fazer mesmo.— falei dando de ombros e voltei minha atenção para a TV.—A propósito, para onde você foi ontem?

—Perguntando assim fica parecendo que somos um casal.— brincou me fazendo revirar os olhos.—Fui resolver umas coisas, nada de mais.

—Hm sei.

—Que bom que sabes. Estou na cozinha se precisares de mim.— falou se retirando e eu voltei minha atenção para o pote de sorvete quase no fim.

Mais tarde vou buscar mais.

(...)

Perdi a conta de quantos programas e séries assisti e quando estava prestes a levantar, um noticiário passou me fazendo manter a bunda colada no sofá.

—Ontem, um assassinato ocorreu no hospital health core e a vítima foi um senhor idoso mas de aparência jovem, numa das salas do hospital.— meus olhos arregalaram pelo nome do hospital e quase saltaram do meu rosto quando mostrou a foto da vítima.

Era o meu ex chefe.

—E o assassino deixou um recado.— a repórter falou.—"Que isso seja um aviso para cada pessoa que está ao redor da minha garota, e se fizer ela chorar ou algo do tipo, dá próxima não terei piedade".

Eu estava chocada que mal pisquei os olhos

Meu ex chefe foi assassinado...e o assassino ainda deixou um recado?

Será que foi o....não pode ser ele. Mas será?

Me levantei rápido e fui até a cozinha onde encontrei Kendall tomando o pequeno almoço que não tomou por ter saído cedo.

—Que foi?

—Acabei de ver um noticiário dizendo que meu ex chefe morreu e o assassino ainda deixou um recado.— falei e ele me encarrou confuso.

—Sério? Que pena.— falou como se não fosse nada e tomou um gole do seu café.

—Foi você não foi?— perguntei logo chegando ao ponto.

—Eu? Não, imagina.— falou e eu senti sarcasmo na sua voz.

—Por que o matou? Como vai ficar o hospital agora sem um chefe? Como vão ficar os outros médicos?

—Isso não é problema meu.— falou e eu o encarei séria.—Queria que eu fizesse o que? Ele fez você chorar, ele mas aquele outro filho da puta do paciente. Ninguém te machuca e sai impune. Foi até pouco o que eu fiz.— falou comendo uma torrada e eu coloquei a mão no rosto sem saber o que fazer.

—Você matou o paciente também?!

—Ninguém mandou ser um estuprador de merda. Ele e o chefezinho mereceram isso.— agora sim que eu não sabia mesmo o que fazer.

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