Cap 9

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Mallory

Estava no uber indo para o hospital.

Eu sei, eu tenho meu carro mas eu simplesmente esqueci que tinha pedido ele.

Saí de casa e pedi um uber, só lembrei que pedi ele quando ele chegou. Então para não parecer que fiz ele vir em vão, decidi vir com ele.

Em relação a minha casa digamos que arrumei pelo menos dez por cento, não fiz muita coisa eu sei, mas é melhor do que nada.

Queria contratar alguém para arrumar mas não me sinto confortável com pessoas na minha casa enquanto não estou.

Depois de uma hora cheguei e paguei ao uber que logo foi embora, saí e fui para a entrada do hospital.

Logo que entrei fui direto para minha sala, guardei minha bolsa e vesti minha bata.

Não demorou muito para eu ouvir uma batida na porta e permitir a pessoa entrar.

Um homem e uma menina de mais ou menos doze anos entraram.

Parece que todos os pacientes que vem até minha sala são homens eu em.

Disse para se sentarem mas apenas a menina fez isso, o homem continuou de pé.

Sentei-me na minha cadeira enquanto olhava para a menina e para o homem.

Vendo que ele não falaria nada perguntei.

—Algum problema com a criança?

—Pelo que eu saiba a médica aqui é você não?— ele perguntou com sarcasmo.

Já tô vendo que terei trabalho

—Mas não sou eu quem trouxe a criança, então quem deve me dizer se tem algum problema ou não com ela é você.

Ele me encarrou sério

Bufei irritada e olhei para criança suavizando minha expressão.

—O que você sente?

—Sinto como se tivesse alguma coisa picando meu peito por dentro.

Assenti e me levantei indo até ela e escutando seus batimentos cardíacos através do meu estetoscópio.

—Quando respiras sentes dor?— perguntei assim que percebi ela respirar como se doesse.

—Sim

Depois de examina-la continuei de pé mas agora ao lado dela.

—Ela vai precisar fazer um raio-X para saber o que se passa.

—Já disse que a médica aqui é você, então faça você.

Eu não faria só de raiva, mas a menina pode morrer por causa disso

—Vamos para a sala de raio-X.— eu disse e a menina ficou de pé e eu estava prestes a sair quando vi que o homem estava imóvel mexendo no celular.

Deus me dê paciência porque a que não tenho está se esgotando

—O senhor vai ficar aí parado enquanto eu vou observar a menina?

Ele me olhou como quem dissesse "o que você acha"?

Eu revirei os olhos e peguei na mão da menina e nos dirigimos para a sala de raio-X.

Chegamos e eu indiquei que a menina ficasse de pé atrás da máquina.

—Eu vou precisar tirar a blusa?

—Não, não precisa.— respondi e ela ficou aliviada.

Estranhei a sua pergunta mas não dei importância.

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