Cap 25

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Semanas depois

Mallory

O dia estava muito corrido hoje, já era o quinto paciente que tratei só desde o momento que cheguei.

Eu preciso mesmo de férias

Sentei-me na cadeira recuperando meu fôlego da correria quando bateram na porta e eu suspirei.

E lá vou eu

Permite que entrasse e era um senhor com um menino de mais ou menos nove anos de idade.

Não foi preciso falar para se sentarem porque assim que entraram o fizeram.

—Meu filho vem aparecendo umas manchas brancas no braço que não sei identificar o que é.

Me coloquei de pé, peguei luvas e coloquei-as, e me aproximei do menino para examina-lo.

Peguei seu braço e de facto estava coberto de manchas brancas, mas acho que já sei o que é.

—O seu filho tem pano branco. É uma doença causada pelo fungo malassezia furfur que provoca as manchas que ele tem no braço.— falei assim que voltei a sentar-me.

—Tem cura?

—Sim tem! É preciso aplicações de cremes como clotrimazol e miconazol e pode encontrá-los na farmácia daqui do hospital.— informei enquanto escrevia no papel o nome dos medicamentos.

—Obrigado, vamos filho.— pegou o menino no colo e saiu enquanto o menino se despedia de mim e eu despedia de volta.

Estava com sede e como não tinha trazido minha garrafa de água decidi sair para ir comprar uma.

Já já eu volto

(...)

Assim que voltei para o hospital, com a minha garrafa em mãos, Marcos veio até mim.

—Onde você estava?

—Só fui comprar uma garrafa de água.— falei mostrando a garrafinha.—Por que? Tive um paciente?

—Não mas o chefe está chamando você.— meu corpo arrepiou.

—O-o chefe? Mas ele nunca me chama..— murmurei achando estranho.

—Eu também estranhei, por isso assim que o chefe mandou eu chamar-te  fui te procurar.

—Me deseja sorte.

—Boa sorte, Mallory.— falou com a mão no meu ombro como sinal de conforto, e segui o caminho para a sala dele.

O que será que ele quer? Será que eu fiz alguma coisa de mal? Será que é para alguma coisa boa?

Assim que cheguei respirei fundo e bati na porta.

Quando ouvi um "entre" deixei a garrafinha já vazia na lata de lixo e entrei fechando a porta atrás de mim.

—O-o senhor mandou chamar?— perguntei mesmo já sabendo a resposta e a porra de nervosismo me consumindo justo agora não ajudou.

—Sim mandei. Hoje chegou um paciente alegando que uma médica o agrediu. Ele deu características que conduziam a você e quando mostrei sua foto, ele falou que era você.

O tempo parou ao meu redor e eu congelei junto com ele.

Não pode ser, será que é o paciente da outra vez? É claro que é quem mais seria?

—Eu...— no mesmo instante a porta foi aberta e quando virei, o paciente que eu agredi entrou e ficou uns passos a distância de mim.

Não pode ser

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