Cap 24

158 17 47
                                    

Mallory

—O seu filho tem murcomicose.

—Murco...micose?

—Sim, é causado pelo fungo rhizopus spp, que pode ser encontrado naturalmente na vegetação, solos, frutas e produtos em decomposição.

—Tem cura?

—Sim! Ele pode tomar medicamentos como anfotericina B ou posaconazol que poderá encontrar aqui mesmo na farmácia do hospital.— enquanto eu explicava anotava tudo em um papel e depois de terminar, entreguei-a.

—Obrigada doutora.— levantou-se e segurou no braço do menino.

—De nada, volte sempre.— falei e a senhora me olhou com uma expressão esquisita e só me apercebi agora do que eu realmente disse.

—Não nesse sentido...— ela e o menino saíram rapidamente e eu me senti envergonhada.

Depois dessa até eu quero sair daqui

(...)

—O tratamento já está sendo feito?

—Sim! Já está atacando as células doentes e destruindo a própria medula.

—Muito bem, daqui a pouco já poderemos fazer o transplante.

Estava na sala de cirurgia observando a paciente desacordada, por conta da anestesia, enquanto o tratamento estava sendo feito.

Sua medula óssea estava danificada por isso precisa de uma nova.

—O tratamento já está feito.

—Ótimo.— me aproximei da paciente e inseri a seringa para que recebesse a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue.

As células da nova medula circularam e irão se alojar na medula óssea, onde se desenvolveram.

—As células já estão fazendo efeito, por isso, já já ela estará bem.— informei e os médicos assentiram, cansados.

Eu também estava, essa cirurgia durou duas horas.

Voltei para minha sala e assim que me sentei retirei as luvas e máscara.

Olhei para minha mesa e uma coisa me chamou atenção.

Havia um bilhete alí

Peguei-o e comecei a lê-lo

"Você acha que vivendo com seu namoradinho poderá escapar de mim? Sinto em lhe informar que nem com ele você está a salvo, querida."

Meu sangue gelou e os batimentos cardíacos do meu coração aumentaram.

Ele sabe do Kendall? Sabe que estou morando com ele? Ai meu deus

Guardei o bilhete na minha bolsa para não o perder, ainda perplexa.

Contarei a Kendall quando voltar para casa.

Uma coisa dessas não pode ser guardada e prometi nunca lhe esconder mais nada sobre o stalker.

(...)

—Então a sua filha tem tosse, febre, emagrecimento e diarreia?

—Sim doutora. Tem ideia do que possa ser?

—Já tratei de um caso assim por isso sim, tenho ideia do que possa ser.

—E?

—Sida, a sua filha tem sida.— falei, a senhora arregalando os olhos e a menina apenas observando.

Paixão Obscura Onde histórias criam vida. Descubra agora